Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

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Caribe deve reduzir sua despesa milionária com a importacão de alimentos, diz diretor-geral da OECO

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O diretor-geral da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECO), Didacus Jules, assinou acordo com o IICA para promover o aumento da produção de alimentos e a segurança no fornecimento dos países da região.

São José, 20 de julho de 2018 (IICA). Aumentar a produção de alimentos no Caribe para reduzir os gastos milionários com as importações, diminuir a pobreza e melhorar a nutrição da população local são algumas das metas de Didacus Jules, na posição de diretor-geral da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECO).

O diretor-geral da OECO, Didacus Jules, considera que a segurança alimentar tem um papel relevante no combate à pobreza.

Para alcançá-las, o titular deste mecanismo de integração regional caribenho encontrou no Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) um parceiro de peso.

Jules participou da 38.ª Reunião Ordinária do Comitê Executivo do organismo promotor do desenvolvimento rural nas Américas, na Costa Rica, e assinou com seu diretor-geral, Manuel Otero,  um acordo de cooperação técnica para o fortalecimento das cadeias de valor e dos sistemas de defesa agropecuária e de segurança dos alimentos e para a utilização de biotecnologia no Caribe, entre outros temas relevantes para o setor agropecuário.

“Como Estados pequenos, tendemos a estar em desvantagem nos acordos multilaterais, mas estamos nos organizando de maneira tal que tenhamos um plano de ação para a agricultura na região. Nossa despesa com a importação de alimentos alcança quase 1 bilhão de dólares, e esse gasto tem de baixar”, afirmou Jules.

A OECO é uma organização intergovernamental dedicada à harmonização e integração econômica, a proteção dos diretos humanos e legais e o fomento de um bom governo. É composta por dez países-membros: Antígua e Barbuda, Dominica, Granada, Montserrat, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Virgens Britânicas, Anguilla e Martinica.

O diretor-geral da OECO, doutor em Educação pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, é um reconhecido defensor do potencial criativo e intelectual do Caribe. Ele enfatizou que o objetivo de reduzir a despesa com a importação de alimentos, de 1 bilhão de dólares ao ano, transcende o plano econômico.

“Não se trata unicamente de pagarmos menos, porque sabemos que a segurança alimentar tem um papel muito importante no combate à pobreza” disse Jules, ao indicar que a agricultura pode se tornar um agente gerador de empregos e de prosperidade.

Julles acrescentou que o desenvolvimento da agricultura no Caribe também traria impactos muito positivos para a saúde pública, uma vez que a comida importada está relacionada diretamente a algumas doenças crônicas. “De fato, temos uma das taxas mais elevadas de diabetes e de hipertensão arterial, e isso diz respeito diretamente a nossos hábitos alimentares”, explicou. 

Por uma agricultura mais resiliente

Jules declarou que a atividade agrícola em uma das regiões do mundo mais expostas a furacões e outros fenômenos climáticos extremos gera dificuldades e desafios para os países do Caribe. Esta realidade põe a região na primeira linha da batalha contra a mudança climática e na mitigação de seus efeitos.

“Temos muito trabalho para fazer quanto ao desenvolvimento de formas de produção mais resilientes e à introdução de novas tecnologias e de novas variedades que possam mais bem suportar os efeitos da mudança climática”, acrescentou o diretor-geral da OECO, ao referir-se a um dos temas incluídos no acordo assinado com o IICA, que promove o desenvolvimento da resiliência contra a mudança climática.

“Não vivemos em uma bolha”, disse Jules, ao responder aos céticos, que duvidam da capacidade do Caribe de produzir seus próprios alimentos. “Reconhecemos que o mundo é um lugar com muitas interdependências, de forma que não estamos dizendo que não vamos mais importar comida. O que dizemos é que cada sociedade tem uma responsabilidade a cumprir quanto à segurança alimentar, e isso significa não depender totalmente de fontes externas. Isso também significa otimizar o que a natureza lhe deu”, concluiu.

Sobre o IICA

É o organismo internacional especializado em agricultura do Sistema Interamericano. Sua  missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados-membros para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural, por meio da cooperação técnica internacional de excelência.

Mais informação:

José Alfredo Alpízar, Coordenador de Imprensa e Difusão do IICA

jose.alpizar@iica.int

 

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