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Ministro Saboto: São Vicente e Granadinas estão caminhando para recuperar o seu setor alimentar após a erupção vulcânica, mas precisam da ajuda externa

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“Os agricultores que estão mais perto do vulcão terão ajuda econômica até fim de ano e também em 2022. Vamos reconstruir o setor agrícola e torná-lo melhor do que era antes”, disse o Ministro Saboto Caesar ao canal de TV brasileiro AgroMais.

Saboto Caesar, ministro de Agricultura, Silvicultura, Pesca, Transformación Rural, Industria y Trabajo de an Vicente y las Granadinas

Brasília, 18 de junho de 2021 (IICA). São Vicente e Granadinas estão se recuperando do forte impacto da erupção do vulcão La Soufrière sobre o seu setor agropecuário em abril, mas ainda precisam da ajuda e da solidariedade dos países das Américas e do resto do mundo.

Foi o que disse o Ministro da Agricultura, Silvicultura, Pesca, Transformação Rural, Indústria e Trabalho do país caribenho, Saboto Caesar, em uma entrevista dada ao canal de TV brasileiro AgroMais.

“Trata-se definitivamente de um momento desafiante, com muitas mudanças para o nosso povo e para o nosso setor agrícola, que é central para o país. Um dos maiores impactos foi a queda excessiva de cinzas em áreas usadas para a produção alimentar. Algumas zonas dedicadas à agricultura tiveram perdas de 100% da sua produção de vegetais”, afirmou o Ministro.

Caesar sustentou que o trabalho do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) foi de grande importância para recrutar o apoio de organizações e governos da América Latina e do Caribe e agradeceu as demonstrações de solidariedade recebidas.

O vulcão teve a sua primeira grande erupção em 9 de abril, e depois disso houve outras 32 erupções. Cerca de 30 mil pessoas tiveram que ser evacuadas das suas casas, a maioria delas agricultores, uma vez que as terras mais próximas ao vulcão são usadas quase que integralmente para a produção agropecuária. Hoje, a situação social ainda é delicada e as autoridades estão preocupadas com a proximidade da temporada de furacões, que poderá complicar ainda mais o cenário.

Embora ultimamente não tenha havido novas erupções, o Ministro explicou que as cinzas se depositaram nas encostas das montanhas e, toda vez que chove mais forte, são arrastadas pela água para os vales e os campos cultivados, deteriorando terras que até então não tinham sido afetadas.

“No país”, explicou Caesar, “a agricultura está basicamente a cargo de pequenos produtores que trabalham em regime familiar. Temos aproximadamente 8 mil agricultores e 1.500 pescadores registrados. O nosso maior orgulho é que, mesmo tendo sido declarada a emergência em segurança alimentar, pudemos continuar produzindo quantidades suficientes de alimento para a nossa população e já retomamos a exportação para outras ilhas”.

Caesar explicou que o seu ministério enviou ao Parlamento um projeto de readequação orçamentária, para proporcionar ajuda econômica a agricultores e pescadores a fim de favorecer a sua recuperação. Além disso, o Estado comprou alimentos dos produtores que os tinham disponíveis para distribuir aos afetados pela catástrofe e está começando a distribuir sementes entre os agricultores para que possam semear as suas lavouras.

“Muitos agricultores”, reconheceu, “perderam as suas colheitas. Estamos contratando tratores para irem às diferentes comunidades e ararem a terra, a fim de que possam semear novamente. Os agricultores que estão mais perto do vulcão terão ajuda econômica até fim de ano e também em 2022. Vamos reconstruir o setor agrícola e torná-lo melhor do que era antes”.

O Ministro também reconheceu que as florestas de São Vicente e Granadinas foram afetadas e que o país está recebendo ajuda de governos e organizações internacionais para recuperá-las.

Caesar disse que, pelo impacto da queda das cinzas sobre os campos, hoje São Vicente e Granadinas estão vulneráveis em alguns cultivos importantes para a alimentação, como berinjela, alface, pepino, cenoura e tomate.

Em compensação, outros cultivos não foram afetados, a ponto de já se ter voltado a exportá-los, como gengibre, banana, coco e cúrcuma. “Vamos nos focar nos cultivos em que temos escassez”, anunciou, “e, para aumentar a produção, vamos incorporar à agricultura muitos jardins que ficam atrás das casas”.

Agro América é um programa transmitido pelo canal brasileiro de TV AgroMais, do Grupo Bandeirantes de Comunicação, cuja produção é fruto de uma parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

A transmissão apresenta a atualidade do setor agropecuário e da ruralidade nos países membros do IICA, com o objetivo de promover o intercâmbio de experiências e uma discussão sobre os desafios e as oportunidades da América Latina e do Caribe na área de desenvolvimento agropecuário e rural.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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