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O ministro da agricultura argentino, Luis Basterra, reivindicou que o mundo discuta o pagamento de serviços ambientais aos países que contribuem para a conservação

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A fala do ministro aconteceu na mesa-redonda sobre o papel dos agricultores e das comunidades rurais na sustentabilidade dos sistemas agroalimentares.

El ministro de Agricultura, Ganadería y Pesca de Argentina, Luis Basterra, consideró que la agricultura es la solución para los problemas que enfrenta la humanidad en cuanto a la sostenibilidad de los sistemas agroalimentarios.

Washington, 9 de agosto de 2021 (IICA). O Ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Luis Basterra, reivindicou que a comunidade internacional discuta a implementação do pagamento dos serviços ambientais aos países que contribuem significativamente para a conservação global da biodiversidade e para a luta contra a mudança do clima.

“O mundo teve processos de transformação muito fortes ao longo da sua história. E hoje América é possuidora, em termos qualitativos e quantitativos, de uma grande biodiversidade e de ambientes que sequestram carbono. Isso exige que o gênero humano considere com firmeza o pagamento dos serviços ecossistêmicos”, disse Basterra em uma mesa-redonda sobre o papel dos agricultores e das comunidades rurais na sustentabilidade dos sistemas agroalimentares.

O debate foi organizado pelo Conselho das Américas e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e contou com palestrantes dos setores público e privado de todo o continente.

“Quando vemos que o custo de oportunidade, sob o prisma de uma visão monetarista, tipicamente favorece o capital, a exploração do solo ou a mudança de uso de um ambiente natural para outro agropecuário, a humanidade deve identificar os instrumentos para validar o pagamento dos serviços ecossistêmicos, porque, do contrário, qualquer discussão será abstrata. Ficará no plano teórico e não terá os resultados esperados”, afirmou o ministro.

No mesmo sentido, Basterra considerou que a agricultura é a solução para os problemas enfrentados pela humanidade no tocante à sustentabilidade dos sistemas agroalimentares e reivindicou que exista “uma transição justa e equilibrada para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), imprescindíveis para a sobrevivência da espécie”.

O encontro fez parte de uma série de mesas-redondas organizadas para se discutir o futuro do modo de produção e consumo dos alimentos e a situação das comunidades rurais nas Américas. Os debates estão acontecendo no contexto da preparação para a Cúpula de Sistemas Alimentares 2021, convocada pelas Nações Unidas.

Com Basterra participaram da mesa-redonda o laureado cientista Rattam Lal, considerado a maior autoridade mundial em ciências do solo, o ministro da agricultura da Guiana, Zulfikar Mustapha, a CEO da Pepsico América Latina, Paula Santilli, o Gerente Global de Sustentabilidade e Administração de Negócios da Bayer, Klaus Kunz, e o Diretor de Assuntos Governamentais Globais da Walmart, Christian Gómez.

A apresentação e o encerramento estiveram a cargo de Eric Farnsworth, Vice-Presidente da The Americas Society/Conselho das Américas (AS/COA), e de Manuel Otero, Diretor Geral do IICA.

Basterra considerou que, na discussão global em andamento sobre o futuro dos sistemas alimentares, “está em debate o futuro do gênero humano no contexto de um mundo que está sentindo os efeitos do desenvolvimento. Não é um processo recente, pois teve início com a era industrial”.

“Um país como a Argentina”, acrescentou, “pegou com muita firmeza o conceito de sustentabilidade. Existe o compromisso, que inclui os setores privado e público, de encontrar as melhores formas de produzir e preservar os ecossistemas. Podemos dizer com orgulho que grande parte do solo é cultivada no sistema de plantio direto, capturando-se parte do carbono perdido com práticas que em outras épocas o consumiam. O plantio direto é muito utilizado no cultivo de commodities e tem contribuído para a recuperação da fertilidade dos nossos solos e para o seu uso sustentável”.

O ministro argentino destacou também a articulação entre os governos de todas as Américas para levar uma posição convergente à Cúpula de Sistemas Alimentares e agradeceu o empenho do IICA na busca desse consenso.

“A pandemia não criou o ambiente mais propício para a solidariedade. Neste contexto, América, como continente, está mostrando o exemplo a ser seguido”.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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