Agilizar e unificar os esforços entre os atores do setor agroalimentar, os governos e as instituições de financiamento que operam na América Latina e no Caribe é crítico para promover o desenvolvimento da agricultura, adotar boas práticas e garantir a segurança alimentar na região, em especial diante da premente crise climática mundial.
São José, 23 de setembro, 2022 (IICA) — Agilizar e unificar os esforços entre os atores do setor agroalimentar, os governos e as instituições de financiamento que operam na América Latina e no Caribe é crítico para promover o desenvolvimento da agricultura, adotar boas práticas e garantir a segurança alimentar na região, em especial diante da premente crise climática mundial.
Assim considerou Christian Asinelli, Vice-Presidente Corporativo de Programação Estratégica do CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina, na reunião de ministros, secretários e altos funcionários de Agricultura do hemisfério organizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para discutir o papel estratégico do setor diante da mudança do clima antes da Conferência das Partes (COP27) em novembro próximo.
Por essa razão, acrescentou, esse organismo financeiro regional decidiu que 40% de suas operações tenham componentes ou sejam projetos específicos sobre questões de mudança do clima.
“Todo o trabalho que os ministros estão fazendo no IICA em questões sobre as quais poderíamos trabalhar juntos é uma notícia muito boa”, disse Asinelli.
“Podemos pensar em uma política global sobre como trabalhar, como melhorar os projetos e como gerar mais financiamento. É essencial que todos possamos gerar projetos de intervenção de impacto que melhorem a qualidade de vida dos latino-americanos e caribenhos”, acrescentou.
Em sua estratégia de financiamento para promover a transição para uma agroindústria sustentável na região, disse o Vice-Presidente do CAF, visam a consolidação de parcerias com o banco multilateral, as agências e a sociedade civil; a intensificação sustentável com ênfase em investimentos e esforços tecnológicos em todas as cadeias de valor; e enfoques setoriais coerentes entre as políticas públicas e os investimentos nos sistemas agroalimentares.
Sua agenda de trabalho inclui o desenvolvimento de linhas de crédito com bancos de desenvolvimento e outras entidades financeiras para apoiar pequenas e médias empresas (PME) do setor agropecuário, bem como a identificação de mecanismos para financiar e executar projetos com enfoque agroecológico, para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em termos de desenvolvimento ambiental e econômico.
“Essa agenda foca em quatro aspectos: agrotecnologia e digitalização, financiamento para PME do setor agropecuário, capitalização de projetos com fundos verdes e com foco na agenda climática; e atendimento à crise da insegurança alimentar e má-nutrição”, disse o funcionário do CAF.
“Estamos trabalhando na Iniciativa Latino-Americana e do Caribe do Mercado de Carbono, na qual o setor agroalimentar desempenhará um papel preponderante, pois pode passar de emissor líquido a capturador líquido, com o que poderá capitalizar essa captura no mercado de créditos de carbono” mencionou Asinelli.
Na reunião, realizada na sede central do IICA, na Costa Rica, as delegações nacionais dos países das Américas manifestaram a necessidade de acesso a recursos para reduzir a vulnerabilidade da pequena agricultura, principalmente na América Central e no Caribe, diante de eventos climáticos extremos e da mudança do clima.
“Estamos muito alinhados com as prioridades dos países, analisaremos quais são as suas necessidades e em que direção devemos seguir nos próximos anos para encontrar os espaços de financiamento e acompanhar as políticas públicas de forma que a agricultura seja uma das soluções chave do mundo perante a mudança do clima”, enfatizou o executivo do CAF.
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