Suazo, que preside o Comitê Executivo do IICA e é a primeira mulher a liderar a Secretaria de Agricultura e Pecuária em Honduras, foi uma das oradoras no painel “Inovação para integrar e tornar a agricultura nas CND transversal — Lições da África, Ásia e América Latina”.
Washington, 15 de maio de 2023 (IICA) — A Secretária de Agricultura e Pecuária de Honduras, Laura Suazo, participou de uma importante Cúpula Global organizada pelos Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos — país organizador da COP28 — em busca de apoio para as políticas nacionais de mitigação e adaptação à mudança do clima, que afeta severamente os pequenos produtores do país centro-americano.
“Honduras dispõe de uma estrutura jurídica muito desenvolvida, no âmbito da mudança do clima, mas carece de financiamento para implementá-la”, destacou Suazo na Cúpula da AIM for Climate (Agriculture Innovation Mission for Climate), que ocorreu em Washington e reuniu formuladores de políticas públicas, líderes da indústria, produtores, representantes da sociedade civil, cientistas e pesquisadores de todo o mundo.
Durante o encontro, que durou três dias e contou com a participação do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e de outros organismos internacionais, foram divulgados dados que revelam que os investimentos em inovação nos sistemas agroalimentares e na agricultura climaticamente inteligente estão aumentando de forma consistente em todo o mundo, graças aos esforços conjuntos dos setores público e privado.
Suazo, que preside o Comitê Executivo do IICA e é a primeira mulher a liderar a Secretaria de Agricultura e Pecuária em Honduras, foi uma das oradoras no painel “Inovação para integrar e tornar a agricultura nas CND transversal — Lições da África, Ásia e América Latina”. As CND são as contribuições que cada país se comprometeu a fazer para a mitigação e a adaptação à mudança do clima, no âmbito do Acordo de Paris, adotado em 2015.
Também participaram do evento o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero; a Assistente do Administrador do Escritório de Resiliência e Segurança Alimentar da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Dina Espósito; a Comissária da União Africana, Josefa Sacko; e o Diretor do Escritório de Política Energética e Ambiental do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Bill Hohenstein.
Além disso, Suazo compartilhou com Marie-Claude Bibeau, Ministra da Agricultura e Agroindústria do Canadá, e Isobel Coleman, Vice-Administradora da USAID, um painel chamado “Inovação para um impacto inclusivo: Colocando as mulheres no coração dos nossos investimentos em sistemas alimentares”.
“Honduras não pode se depreender da realidade que temos no país, onde há um cenário social dramático. O evento é oportuno para confirmar a importância de se ter uma política de estado clara e precisa em termos de segurança alimentar, bem como para agregar valor e melhorar os aspectos da comercialização, a partir de uma perspectiva que priorize a geração de melhores oportunidades para os pequenos produtores que estão sendo afetados por eventos extremos devido à mudança do clima”, disse Suazo.
Educação agrícola
Suazo também utilizou a sua presença na Cúpula da AIM for Climate, em Washington, para discutir a implementação de um projeto de educação agrícola em Honduras com Michael Kremer, Professor de Economia da Universidade de Harvard e Nobel de Economia em 2019, além de Embaixador da Boa Vontade do IICA em Assuntos de Desenvolvimento Sustentável.
Kremer é um dos fundadores da Precisão para o Desenvolvimento (PxD, sigla em inglês), organização que leva serviços agrícolas digitais a pequenos produtores, a fim de que possam obter melhores rendimentos e um aumento de receitas.
A Secretaria considerou que as transformações em agricultura passam, em boa medida, por questões culturais.
“Para fazer mudanças na agricultura — disse — devemos mudar a cultura, pois a mudança do clima não é só uma questão de temperatura, mas também de decisões que todos tomamos baseados em tradições, normas, valores e necessidades econômicas. A cultura influencia as práticas dos agricultores, as agendas das empresas e as preferências dos consumidores”.
Em Washington, Suazo afirmou que Honduras fez importantes avanços na estrutura normativa para enfrentar a mudança do clima, e hoje tem grandes desafios quanto à coordenação e ao ordenamento do trabalho em mitigação e adaptação.
Acrescentou que é urgente definir indicadores que meçam o impacto das políticas e ações aplicadas.
“Não podemos continuar a participar de conferências e negociações internacionais, se não formos capazes de medir o impacto, em termos de produção, daquilo que estamos fazendo em colaboração com o IICA e outros organismos internacionais que contribuem conosco”, concluiu.
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