Isso foi demonstrado pela Iniciativa PRO Carbono da Bayer durante uma visita ao IICA para compartilhar visões sobre os esforços empenhados por ambas as entidades para contribuir com a construção de uma agricultura neutra em carbono.
São José, 7 de agosto de 2023 (IICA). Desenvolver a agricultura levando em consideração a vegetação nativa do campo, juntamente com práticas agrícolas sustentáveis, como o plantio direto, o rodízio de cultivos e cultivos de cobertura, é dar um passo em firme para a descarbonização do setor agrícola e a proteção da saúde do solo, um recurso crucial para a produção agropecuária e a segurança alimentar global.
A Bayer é um dos principais aliados da iniciativa Solos Vivos das Américas, promovida pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Centro de Gestão e Sequestro de Carbono Rattan Lal (C-MASC), da Universidade do Estado de Ohio, dirigido pelo reconhecido cientista dos Estados Unidos, Rattan Lal.
O programa Solos Vivos das Américas é baseado em diversos pilares. Um deles é a implementação de práticas de agricultura regenerativa, para promover a saúde do solo mediante ações sustentáveis de melhoria da fertilidade, aumentando sua capacidade de retenção de água e reduzindo a erosão. O segundo pilar foca na medição e captura de carbono na agricultura, buscando ajudar os produtores a compreender e medir as emissões de carbono geradas, além de fomentar métodos de redução de emissões.
Assim foi demonstrado pelo PRO Carbono, implementado pela Bayer, primeiro programa comercial em sistema integrado de práticas agronômicas de baixo carbono. A iniciativa já se estende para a Argentina e o Brasil, e envolve mais de 2.000 produtores (1.800 no Brasil e 200 na Argentina), proporcionando as ferramentas e os conhecimentos necessários aos produtores, assim promovendo a produção sustentável e reduzindo o impacto ambiental. Isso beneficia não apenas aos agricultores individualmente, mas também contribui para a preservação dos recursos naturais e a mitigação da mudança do clima em escala global.
“Temos mais de 2.000 agricultores implementando boas práticas agrícolas para a melhoria do carbono no solo, somados, são cerca de 200.000 hectares trabalhados dessa maneira. Fazemos a análise do solo, de fertilidade e de carbono e, ao final de três anos, percebemos um acúmulo de carbono no solo pela aplicação do plantio direto, do rodízio de cultivos e de práticas que levam a uma melhoria da saúde do solo”, explicou Alessandra Fajardo, Diretora de Parcerias da Cadeia de Valor Alimentar da Bayer na América Latina.
“Recolhemos amostras de solo em diferentes condições de mudança de uso da terra e de adoção de práticas de agricultura regenerativa para ver quais poderiam ser utilizadas para recuperar o carbono”, complementou Carlos Cerri, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), e que faz parte do programa em âmbito científico e de pesquisa.
Complementaridade
Desde 2020, o IICA e o C-MASC levam adiante a iniciativa Solos Vivos das Américas, a qual, além da Bayer, outras empresas têm se unido, bem como os ministérios da agricultura do Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, México, Peru e Uruguai.
“Contar com o apoio do setor privado é fundamental; ele deve participar ativamente, juntamente com os agricultores, os responsáveis por políticas públicas e a comunidade científica, para adotar práticas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, melhorar o sequestro de carbono e mitigar a mudança do clima. Os solos são parte da solução para a segurança alimentar e ambiental”, comentou o Diretor do C-MASC, Rattan Lal.
“Por isso a Bayer faz parte dessa parceria, e por isso acreditamos muito em Solos Vivos das Américas, pois cremos que essa é a solução e o caminho para uma descarbonização da agricultura”, acrescentou Alessandra Fajardo, da Bayer.
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