Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Agricultura

Secretário de Agricultura da Argentina e Diretor Geral do IICA descreveram para funcionários da União Europeia o potencial da bioeconomia para a América Latina

Tiempo de lectura: 3 mins.

Participaram do encontro o Adido Agrícola da Argentina na UE, Gastón Funes, e o Responsável por Negócios, Atilio Berardi, além de membros de diversas delegações que cumprem funções na sede da associação econômica e política dos países europeus.

El Director General del IICA, Manuel Otero; el Secretario de Agricultura, Ganadería y Pesca de Argentina, Fernando Vilella; y el Director en funciones de la Comisión Europea (Dirección General de Agricultura y Desarrollo Rural), Luis Carazo Jiménez, durante el seminario sobre la contribución de la bioeconomía al desarrollo sostenible, realizado en la Embajada de Argentina ante la Unión Europea, en Bruselas, Bélgica.

Bruxelas, Bélgica, 24 de janeiro de 2024 (IICA) — A bioeconomia tem a capacidade de gerar empregos de qualidade, aumentar a produtividade e se constituir em parte integrante do desenvolvimento territorial da Argentina e de outros países da região, tudo isso em um entorno de sustentabilidade, afirmou o novo Secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca do país, Fernando Vilella.
 
Juntamente com o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, Vilella expôs sobre a contribuição da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável em um seminário realizado na Embaixada da Argentina para a União Europeia (UE), em Bruxelas, Bélgica.
 
O evento serviu para apresentar a funcionários da UE os projetos que estão sendo desenvolvidos em temas de bioeconomia e agricultura sustentável na Argentina e em outros países latino-americanos.
 
As apresentações de Vilella e Otero manifestaram o potencial da bioeconomia para promover a competitividade, a sustentabilidade e a inclusão dos sistemas agroalimentares das Américas, além de diversificar sua matriz de exportações, em harmonia com o cuidado para com o ambiente.
 
Nesse sentido, Vilella definiu a bioeconomia como o aproveitamento da biomassa para a geração de produtos e insumos, em um contexto de economia circular e de redução dos impactos ambientais e sociais da produção.
 
Participaram do encontro o Adido Agrícola da Argentina na UE, Gastón Funes, e o Responsável por Negócios, Atilio Berardi, além de membros de diversas delegações que cumprem funções na sede da associação econômica e política dos países europeus.
 
Vilella divulgou a sua decisão de que a pasta que encabeça tenha seu nome alterado e nesse sentido explicou: “Pensamos que é oportuno transformar o que era tradicionalmente a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca em uma Secretaria de Bioeconomia. Isso está relacionado a um longo processo que começou na década de 1990, com a incorporação de tecnologias e processos que nos levaram até esse ponto”.
 
Nesse sentido, disse que a essência da bioeconomia é fornecer soluções ao sistema produtivo, ao mesmo tempo em que cuida da população que produz e do ambiente em que essa produção é gerada.
 
“Temos — continuou — abundantes recursos naturais e diversos climas que nos permitem produções de biomassa de múltiplas características e que podem ser a base de sistemas virtuosos com agregação de valor. Temos, também, uma comunidade científica e tecnológica capacitada que tem demonstrado ao longo do tempo a sua capacidade de inserção na transformação produtiva”.

Vilella consideró que la transformación de biomasas en distintos productos, como bioenergías, combinada con una ganadería pastoril de bajo impacto ambiental es parte de la solución a la crisis climática y ofrece a la Argentina una gran oportunidad para el desarrollo sostenible y la inserción en mercados exigentes desde el punto de vista ambiental. 

Vilella considerou que a transformação de biomassas em diversos produtos, como bioenergias, em combinação com uma pecuária pastoril de baixo impacto ambiental faz parte da solução à crise climática e oferece à Argentina uma grande oportunidade para o desenvolvimento sustentável e a inserção em mercados exigentes sob o ponto de vista ambiental. 
 
O funcionário forneceu dados científicos concretos que revelam a baixa pegada de carbono que cultivos como o milho (com o qual se produz etanol), a soja (utilizada para biodiesel) e o trigo têm na Argentina em comparação com a produção da Europa. Esses dados foram medidos de acordo com os padrões do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança do Clima (IPCC).
 
“Queremos alcançar uma intensificação sustentável. Pretendemos demonstrar isso com certificações e contar com a rastreabilidade de todos os produtos, de forma a construir uma marca país. Precisamos, entretanto, da eliminação de barreiras comerciais. Estamos sempre propondo uma liberdade de mercado que nos permita ter acesso à maior parte possível do mundo com produtos ambientalmente amigáveis.”
 
Processo em curso
 
Por sua vez, Manuel Otero assegurou que os países latino-americanos já dispõem de uma grande quantidade de desenvolvimentos em bioeconomia, especialmente nos campos da biotecnologia, biorrefinarias, biocombustíveis e bioinsumos.

“A bioeconomia — afirmou — é um processo em curso na nossa região. E a política pública deve gerar as condições para que isso se multiplique, escale e acelere. O objetivo é transformar a agricultura, dar uma nova cara a nosso setor e mostrá-lo ao restante do mundo. Como dizia Fernando Vilella, somos parte da solução e avalistas não apenas da segurança alimentar, mas também da estabilidade ambiental”.
 
Otero considerou que as novas indústrias de produtos e serviços biológicos que a bioeconomia oferece promovem não só o aumento da produção e a eficiência no uso dos recursos biológicos, mas também fomentam o desenvolvimento dos territórios rurais, onde está a biomassa, e contribuem com os objetivos globais de redução das emissões de gases de efeito estufa.

El Agregado Agrícola de Argentina ante la UE, Gastón Funes; el Director General del IICA, Manuel Otero, y el Secretario de Agricultura, Ganadería y Pesca de Argentina, Fernando Vilella.

O Diretor Geral do IICA explicou que os desenvolvimentos tecnológicos e os negócios da bioeconomia ocorreram na região sem que os países necessariamente contassem com estratégias ou institucionalidade para a sua promoção. Apenas muito recentemente a Argentina e outros países — como a Costa Rica, a Colômbia e o Brasil — iniciaram a elaboração e a implementação de políticas públicas.
 
“No IICA — destacou — estamos convencidos de que devemos aumentar os esforços direcionados à construção de uma institucionalidade que acelere os investimentos”.
 
Em Bruxelas, Otero planeja se reunir com o Diretor da UE para as Américas, Rupert Schlegelmich; com o Diretor Geral Adjunto de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, Pierre Bascou; e com a Diretora de Diplomacia Verde e Multilateralismo da Direção Geral de Meio Ambiente, Astrid Schomaker.
Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

Compartilhar

Notícias relacionadas

Lima, Perú

December 13, 2024

Funcionários de países membros da CAN fortalecem capacidades relacionadas ao comércio agroalimentar com apoio do IICA

A atividade, realizada na Sede da Secretaria Geral da Comunidade Andina de Nações, em Lima, teve como objetivo analisar os principais mecanismos e instrumentos que favorecem o comércio internacional agroalimentar e a integração econômica regional na CAN, como um meio para alcançar uma participação mais efetiva em foros internacionais e ações conjuntas para fortalecer os sistemas agroalimentares e facilitar o acesso a mercados regionais e internacionais.

Tiempo de lectura: 3mins

San José, Costa Rica

December 10, 2024

A produção global de biocombustíveis líquidos cresceu 50% em uma década, liderada pelos EUA e pelo Brasil e tendo a Argentina e o Canadá como outros grandes atores, revela nova edição do Atlas do IICA

A nova edição do Atlas centra-se em biocombustíveis como bioetanol, biodiesel e combustíveis sustentáveis de aviação, a partir de fontes bibliográficas complementadas com dados estatísticos sobre matérias-primas, tendências de produção e políticas regulatórias.

Tiempo de lectura: 3mins

San José, Costa Rica

December 11, 2024

Alunos de Limón, Costa Rica, ganham segunda edição do Desafio Minecraft Education para a Agricultura organizado pela Microsoft e pelo IICA

No desafio, os alunos receberam no vídeo game Minecraft um desenho inicial, caracterizado por um mundo com problemas de seca, erosão de solos, deslizamentos, contaminação de água, escassez de árvores e animais, entre outras situações devastadoras.

Tiempo de lectura: 3mins