Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Mudança climática

Conselho Agropecuário Centro-Americano (CAC) e IICA apresentam resultados da participação na COP28 e convocam a manter o protagonismo do setor agrícola na negociação climática global

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No seminário virtual “Principais resultados da COP28 e os vínculos com a agricultura”, comparecido por quase 150 pessoas de 26 países das Américas.

El Director de Cooperación Técnica del IICA, Muhammad Ibrahim, destacó en el evento que es trascendental consensuar una agenda para avanzar en la preparación de la próxima COP donde el tema agricultura continúe siendo central en las discusiones climáticas, sobre todo por ser un sector clave como parte de la solución para atender los problemas del cambio climático. 

São José, 12 de abril de 2024 (IICA) – A Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP) que ocorreu dezembro passado em Dubai, Emirados Árabes Unidos, serviu para amplificar a voz da agricultura no debate ambiental global, graças à importante participação dos atores dos setores público e privado, com as autoridades do setor agrícola dos países das Américas e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em um papel principal.  
 
É imprescindível, neste sentido, ampliar o papel dos atores do setor nos ambientes de discussão e tomada de decisões.
 
Essa foi a mensagem dos expositores no seminário virtual “Principais resultados da COP28 e os vínculos com a agricultura”, comparecido por quase 150 pessoas de 26 países das Américas. O evento foi organizado pelo IICA em conjunto com a Secretaria-Executiva do Conselho Agropecuário Centro-Americano (CAC).
 
Em Dubai, o IICA, com os ministérios de Agricultura dos países das Américas e outras organizações aliadas, instalou um pavilhão chamado “Casa da Agricultura Sustentável das Américas”, que foi sede de discussões de alto nível sobre o papel da agricultura regional no combate da mudança climática.
 
Assim, no maior fórum ambiental do mundo, a agricultura das Américas mostrou a sua importância como participante crítico da segurança alimentar global e exibiu os seus avanços no uso de novas práticas e na adoção de novas tecnologias, que permitem a captura de carbono e a realização de uma contribuição crucial na luta contra a mudança climática.  
 
Os palestrantes do webinar foram Muhammad Ibrahim, Diretor de Cooperação Técnica do IICA; Lucrecia Rodríguez, Secretária-Executiva do CAC; Walter Oyhantçabal, Assessor sobre mudança climática e pecuária do IICA; Marlene Mazariegos, Gerente de Sustentabilidade da Câmara do Agro da Guatemala e Kathya Fajardo, Especialista em mudança climática do IICA.
 
Dificuldade para implementar ações
 
Durante o debate se advertiu que, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, há interesses que promovem a prolongação do uso de combustíveis fósseis pelo maior tempo possível.  Também foi mencionado que, como todas as decisões na negociação climática são tomadas por consenso, nos documentos normalmente é utilizada linguagem pouco ambiciosa que dificulta a implementação de ações rápidas.
 
Foi sinalizado, também, que os planos para o setor agropecuário devem figurar nas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (CND), em 2027, nas quais os países expressam seus compromissos a respeito da mitigação e adaptação à mudança climática.
 
Também foi enfatizado que há temas que são transversais para todos os setores, como o Fundo de Perdas e Danos e a discussão da nova meta global de financiamento, que são relevantes também para a agricultura.
 
Muhammad Ibrahim sinalizou que na COP houve muitos resultados relevantes que devem ser abordados.  “Devemos consensualizar uma agenda para avançar na preparação da próxima COP e explorar onde estão as oportunidades para financiamento climático”, assegurou.
 
Lucrecia Rodríguez, do CAC, valorizou o trabalho em conjunto com o IICA.  “Agora”, disse, “devemos nos concentrar em como nos manter na agenda da agricultura ativa, começando com este caminho rumo à COP29”.
 
Marlene Mazariegos, da Câmara do Agro da Guatemala, enfatizou que o agro é o primeiro afetado pela mudança climática: “Não é o problema; é parte da solução, já que pode realizar um papel significativo na mitigação e na adaptação, por meio da adoção de práticas sustentáveis e a promoção de sistemas agroalimentares mais resilientes e de baixo carbono”.
 
Kathya Fajardo, pelo seu lado, fez referência à COP30, que ocorrerá no próximo ano no Brasil: “Será uma grande oportunidade para a região, já que vamos poder transmitir de melhor forma as realidades nos nossos países em geral e do setor agropecuário em particular, com o setor privado e os produtores como parte da discussão”.

 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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