![](https://iica.int/wp-content/uploads/2025/02/DSC00237-1-1024x617.jpg)
São José, 11 de fevereiro de 2025 (IICA). O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e a assessora de investimentos Vista Alta Management Solutions (VAMS) explorarão ações de colaboração conjuntas para potencializar os mecanismos inovadores de capitalização do Fundo Hemisférico para a Resiliência e Sustentabilidade da Agricultura das Américas (FoHRSA).
Esse fundo foi criado a pedido dos Ministros de Agricultura das Américas em 2024 e permitirá ao IICA fornecer ajuda técnica e soluções financeiras aos países da América Latina e do Caribe (ALC) para que fortaleçam a resiliência e a sustentabilidade da sua atividade agropecuária.
O intercâmbio de ideias para aproveitar o chamado “investimento de impacto” que forneça soluções para desafios relevantes que a região enfrenta, ocorreu na visita do sócio fundador e Diretor Executivo da VAMS, Francisco Guia, à sede central do IICA em São José, Costa Rica, onde se reuniu com o Diretor Geral, Manuel Otero, e outras autoridades do organismo especializados no agro e ruralidade.
O IICA, por meio do FoHRSA, mobiliza, gerencia e executa novos recursos restituíveis e não restituíveis, em prol de fortalecer as capacidades institucionais, empresariais e técnicas requeridas nos países da região, para implementar programas e projetos que melhorem a resiliência e a capacidade de adaptação dos seus sistemas agroalimentares.
O fundo, lançado em novembro de 2024 durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP29) em Baku, Azerbaijão, como resposta à um mandato explícito da Junta Interamericana de Agricultura (JIA) do IICA, máximo órgão do governo do Instituto, têm um foco pragmático na agricultura circular e regenerativa, saúde do solo, consumo hídrico eficiente, sequestro de carbono e a transição ao uso de energias renováveis.
Durante o encontro, Guia compartilhou sua visão estratégica sobre fundos de investimentos e fundos de impacto para os sistemas agroalimentares das Américas, e se comprometeu também com colaborações sinergéticas para esta inciativa do IICA, com que já realizou outro tipo de ações desde 2021.
“Nosso trabalho é apoiar onde há necessidades e oportunidades em toda a cadeia agroalimentar. Estou feliz de colaborar com o IICA nessas inciativas; a VAMS é um veículo para poder fechar brechas que normalmente há entre o mundo financeiro, técnico e operativo. O IICA tem um valor agregado para mostrar soluções efetivas para o agro e gerar impacto, sempre e quando conseguimos o investimento necessário”, assegurou Guia.
“Depois de três anos em que trabalhamos na avaliação de oportunidades, agora vamos para uma etapa mais prática, onde toda essa experiência que acumulamos pode ser desenvolvida em apoio para os empresários que estão na ruralidade e que apoiam toda a cadeia agroalimentar. O foco são os agricultores, identificar líderes, ajudá-los a desenvolver projetos, ampliar seus investimentos, formar empresários jovens e habilidosos com ferramentas digitais, com a participação da mulher que é fundamental”, adicionou.
Pelo seu lado, o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, expressou que “no IICA temos que nos projetar além da cooperação técnica tradicional e entender que temos que ver como acessar novas fontes de financiamento, sempre pensando em melhorar a qualidade de vida dos habitantes da ruralidade, que as vezes são esquecidos”.
Como parte dessa sinergia entre ambas as entidades, durante a reunião Guia e Otero assinaram um acordo de cooperação com duração de quatro anos, que tem como objetivo principal trabalhar em conjunto para o desenvolvimento de projetos prioritários pelo impacto positivo que geram na cadeia de valor agroalimentar da região, e do potencial de desenvolvimento dos modelos de negócios resilientes e sustentáveis que formam essa cadeia, seja por ampliação de mercados existentes ou desenvolvimento de mercados novos.
Na aliança destacaram outros fins como avaliar projetos nas áreas de agricultura sustentável e que integrem conceitos de eficiência por inovação tecnológica par ao agro, bem como a gestão hídrica adequada, a saúde dos solos, o desenvolvimento agroalimentar, a geração de empregos, o gerenciamento de energia limpa, o sequestro de carbono, a nutrição e a inclusão financeira e elementos que colaborem para mitigar os efeitos da mudança climática.
O convênio envolve outras áreas de cooperação como produtividade, eficiência e sustentabilidade dos empresários da cadeia de valor agroalimentar, favorecendo a adoção tecnológica, a agroindústria, a formação técnica e a formação empresarial; o desenvolvimento de modelos de negócios que favoreçam a inclusão financeira e o bem-estar geral dos habitantes das zonas rurais da região; e o escalamento de soluções e promoção de novos investimentos para uma agricultura resiliente e sustentável nas Américas, entre outras.