O projeto busca reduzir 5,18 milhões de toneladas de CO₂ equivalente mediante a restauração de 12.500 hectares de áreas degradadas, promovendo sistemas agroflorestais com cacau (SAF-Cacau) que combinam árvores nativas e espécies de valor econômico.
Belém do Pará, Brasil 10 de novembro de 2025 (IICA) — O Governo do Brasil, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e sua Comissão Executiva do Plano de Cultivo do Cacau (CEPLAC), em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), implementará o projeto “Mitigação e adaptação à mudança do clima mediante sistemas agroflorestais na produção de cacau nos biomas Amazônia e Mata Atlântica”, com financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF).
A iniciativa, que mobilizará um investimento total de US$30,9 milhões — dos quais US$23,1 milhões provêm do GCF e US$7,8 milhões são cofinanciados pelo MAPA/CEPLAC e IICA —, beneficiará diretamente mais de 69.000 produtores familiares e, de forma indireta, quase 400.000 pessoas em 26 municípios dos estados da Bahia e do Pará, no Norte e Nordeste do Brasil.
O projeto busca reduzir 5,18 milhões de toneladas de CO₂ equivalente mediante a restauração de 12.500 hectares de áreas degradadas, promovendo sistemas agroflorestais com cacau (SAF-Cacau) que combinam árvores nativas e espécies de valor econômico. Essa estratégia inovadora permitirá aumentar a resiliência climática, recuperar solos degradados, conservar a biodiversidade e melhorar as receitas das famílias produtoras.
A parceria estratégica entre o IICA e a CEPLAC constitui o eixo central do projeto, unindo a experiência técnica da CEPLAC em melhoria genética, pesquisa e extensão rural com a capacidade do IICA para gerir a cooperação internacional e promover soluções inovadoras para a agricultura sustentável.
Juntas, as instituições promoverão um novo modelo de desenvolvimento baseado no conhecimento científico, na inovação tecnológica e na inclusão social.
Entre as principais ações, destacam-se a modernização de laboratórios e viveiros, o uso de tecnologias digitais de assistência técnica (ATER Digital), a capacitação de agricultores e técnicos e o acesso a créditos verdes por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).Além disso, o projeto fomentará a pesquisa aplicada e a criação de um sistema inteligente de monitoramento, que integrará informações produtivas, ambientais e sociais para orientar políticas públicas e investimentos futuros.
Segundo o Representante do IICA no Brasil, Gabriel Delgado, “essa parceria com a CEPLAC e o apoio do Fundo Verde para o Clima permitem transformar o cacau brasileiro em um exemplo de inovação e sustentabilidade, fortalecendo a agricultura familiar e protegendo os ecossistemas mais biodiversos do país”.
O projeto será executado em quatro anos e faz parte dos esforços do Brasil para cumprir suas metas climáticas, inclusive a restauração de 30 milhões de hectares de terras degradadas e a redução de emissões em 59% até 2035.
Com esse novo impulso, o cacau brasileiro se consolidará como um modelo de produção sustentável, inclusiva e inovadora, contribuindo para uma economia rural baixa em carbono e resiliente à mudança do clima.
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