A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), o trabalho conjunto de Koronivia sobre a agricultura (KJWA), o Acordo de Paris e as contribuições determinadas no âmbito nacional (CDN) oferecem a oportunidade de transformar os sistemas agroalimentares para um modelo de gestão destinado a alcançar a sua sustentabilidade e resiliência, bem como para complementar a sua contribuição para a segurança alimentar e nutricional global e o desenvolvimento dos países das Américas no contexto atual.

Pelo programa, são promovidas soluções integradas baseadas em princípios que respondam às prioridades dos Estados membros do IICA para alcançar um setor agropecuário mais sustentável, resiliente ao clima e baixo em carbono. Busca-se apoiar a implementação de ações que atendam as prioridades nacionais indicadas nas CDN, bem como ações que acarretem a inclusão mais plena da agricultura em futuras versões das CDN, para que contribuam para assegurar a realização das múltiplas metas do desenvolvimento sustentável. Desenvolve-se uma estratégia destinada a promover a vontade política para facilitar a ação técnica a partir de processos destinados a alcançar um maior acesso ao financiamento climático, bem como a fortalecer os vínculos com outros programas.

Nesse sentido, o programa se propõe gerir conhecimento e desenvolver capacidades para:

• Promover um diálogo político que posicione o setor e suas prioridades nos processos vinculados à mudança do clima e ao meio ambiente. Isso inclui a promoção da participação da agricultura na CQNUMC e os compromissos associados, bem como a provisão de espaços de consultoria para buscar elementos unificadores que ajudem a posicionar e visibilizar a região e seus interesses.
• Desenvolver estratégias e mecanismos para incentivar mudanças e dimensionar a ação climática para uma maior sustentabilidade dos sistemas agroalimentares. Isso engloba facilitar a cooperação horizontal e o intercâmbio entre países; apoiar o desenvolvimento, a implementação e o monitoramento de políticas e programas de mudança do clima; desenvolver capacidades; e promover a inovação e a digitalização para contribuir para a resposta climática e a sustentabilidade do setor.
• Implementar ações no campo para validar, pilotar ou demonstrar abordagens, práticas, ferramentas ou enfoques, assim gerando experiências concretas com potencial de dimensionamento. Isso inclui trabalhar com produtores para promover a gestão sustentável do solo e da água nas cadeias da pecuária, arroz, café etc; promover a recuperação e a regeneração agroecossistêmicas; promover práticas que contribuam para a resiliência climática e a mitigação; e fomentar a economia circular, entre outras ações.