Algumas das instituições que se uniram à aliança, além do IICA, são a FAO, a Agência Espacial Europeia, a Global University Alliance, o Fórum Internacional de Bioeconomia, o Fórum Econômico Mundial e a Global Bioeconomy Alliance
Nairobi, 4 de novembro de 2024 (IICA) – Como representante da Rede Latino-Americana de Bioeconomia, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) se integrou, junto com importantes organismos mundiais em uma aliança global dos principais atores da bioeconomia mundial.
A decisão de formar essa aliança foi tomada na conclusão da Cúpula Global de Bioeconomia 2024 que ocorreu em Nairobi, Quênia, com a presença dos principais líderes, especialistas, formuladores de políticas, cientistas, empresários e outros atores críticos no campo da bioeconomia.
Assim, a decisão de juntar esforços parte da premissa de que é indispensável que as instituições e organizações que estão promovendo a bioeconomia no nível mundial, regional e nacional trabalhem em conjunto. A associação para a bioeconomia global reunirá representantes do setor público, o setor privado, o setor acadêmico, a sociedade civil e os organismos internacionais, em prol de gerar maiores relações de colaboração e sinergias que sirvam para fortalecer o papel da bioeconomia no mundo como paradigma de desenvolvimento sustentável.
Algumas das instituições que se uniram à aliança, além do IICA, são a FAO, a Agência Espacial Europeia, a Global University Alliance, o Fórum Internacional de Bioeconomia, o Fórum Econômico Mundial e a Global Bioeconomy Alliance.
A Rede Latino-Americana de Bioeconomia se posiciona dessa forma como um referente no cenário global. Por meio da rede, cuja Secretaria Técnica e Executiva é exercida pelo Programa de Inovação e Bioeconomia do IICA, mais de 60 instituições regionais e nacionais de 10 países da América Latina trabalham juntos.
Os objetivos comuns são a construção de princípios reitores para a bioeconomia; o projeto de estratégias e políticas públicas; o estabelecimento de métricas para medir a contribuição e a sustentabilidade das bioeconomias; a criação de serviços de apoio para incubação, aceleração e escalamento de bioempreendimentos; o fomento da ciência, tecnologia e inovação para a bioeconomia e posicionamento da região nos principais espaços da bioeconomia mundial.
Transição para economias verdes
“Um Planeta: Soluções Sustentáveis de Bioeconomia para os Desafios Globais”, foi o lema da Cúpula Global de Bioeconomia 2024, que convocou na capital do Quênia mais de 500 pessoas de cinco continentes, além de outras 3.000 que participaram de forma virtual.
Durante o evento foi destacada a bioeconomia como chave para a descarbonização e a transição para economias verdes, rurais e urbanas, menos dependentes dos combustíveis fósseis. Foram discutidas estratégias, também, para promover a bioeconomia como ferramenta para fortalecer os sistemas alimentares, reverter a perda da biodiversidade, enfrentar os desafios de saúde e utilizar a inovação como motor para novas oportunidades econômicas, principalmente na criação de empregos para os jovens.
A Cúpula Global de Bioeconomia foi organizada pelo Conselho Assessor Internacional em Bioeconomia Global (IACGB, em inglês), o organismo mundial mais reconhecido na matéria.
Além de apoiar na organização do evento, o IICA foi coorganizador de uma sessão plenária principal e de três workshops. O IICA (em representação da Rede Latino-Americana de Bioeconomia) também formou parte da Global Partnership Initiative, que foi lançada para a promoção da bioeconomia mundial.
“Para realmente aproveitar o potencial que a bioeconomia oferece, devemos acelerar o que estamos fazendo e incorporar alguns atores que hoje não formam parte da discussão. Deveriam estar aqui, discutindo e construindo junto a nós, os representantes dos setores financeiro e industrial. A bioeconomia deve ser um paradigma de desenvolvimento e para isso é imprescindível ter todas as peças do quebra-cabeça e também que todos juntemos forças. Porém as regiões, países e territórios do mundo temos diferentes bioeconomias, a grande maioria dos nossos desafios e oportunidades são compartilhados. Temos a obrigação de trabalhar juntos e em sinergia”, disse em Nairobi Hugo Chavarría, Gerente de Inovação e Bioeconomia do IICA e Secretário Executivo da Rede Latino-Americana de Bioeconomia.
Nos diferentes workshops foram discutidos desde o papel da bioeconomia na agenda mundial até os principais desafios dos bioempreendimentos, com foco na falta de formação adequada para os agricultores, a dificuldade de aplicar o conhecimento disponível e a necessidade de desenvolver tecnologias adaptadas às realidades locais, principalmente no uso sustentável da biodiversidade.
Também houve debates sobre o potencial da bioeconomia para aumentar a eficiência e sustentabilidade na produção e uso de biomassa e a importância da cooperação público-privada.
O IICA enfatizou o potencial da bioeconomia para transformar a agricultura, os sistemas agroalimentares e os territórios rurais.
“Graças aos resultados que estamos vendo e às discussões que tivemos nos últimos anos, hoje a bioeconomia está no centro da discussão de muitas das nossas reuniões e propostas regionais”, concluiu Chavarría. “Por exemplo, a bioeconomia tem sido parte das propostas que nossos criadores de políticas têm levado à Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU e às reuniões de ministros de agricultura, meio-ambiente e ciência e tecnologia.
A bioeconomia é parte também das propostas de cooperação que estamos criando com a Alemanha, os Estados Unidos, entre outros. E é sem dúvida central na COP 26 de Biodiversidade em Cali, na Colômbia. A única opção é trabalhar juntos e em sinergia. Essa é a aposta do IICA e da Rede Latino-Americana de Bioeconomia”.
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