A Corporação Legado de Conhecimento, o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e a organização WWF organizaram, junto ao IICA, o painel chamado “Repensando o financiamento da bioeconomia”, onde se destacou a importância de proteger e valorizar o capital natural e se discutiu o papel da bioeconomia como modelo de desenvolvimento regional.
Cali, Colômbia – 31 de outubro de 2024 (IICA) – A bioeconomia é motor para o desenvolvimento sustentável e a mitigação da mudança climática, destacaram especialistas de diferentes organizações durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) que ocorre em Cali, na Colômbia, com o lema “Paz com a Natureza”.
A Corporação Legado de Conhecimento, CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe e a organização conservacionista WWF organizaram, junto ao Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o painel chamado “Repensando o financiamento da bioeconomia”.
Durante o debate, moderado por Hugo Chavarría, Gerente de Inovação e Bioeconomia do IICA, foi destacada a importância de proteger e valorizar o capital natural e se discutiu o papel da bioeconomia como modelo de desenvolvimento regional.
Também participaram do painel José Manuel Salazar, Secretário Executivo da CEPAL; Germán Arce, Presidente da Asofiduciaria; e Tatiana Escovar Fadul, Representante da Região Andina do Global Green Growth Institute (GGGI). Os painelistas compartilharam seus conhecimentos e experiências sobre a bioeconomia e sua contribuição ao desenvolvimento sustentável.
José Manuel Salazar enfatizou a necessidade de “repensar a bioeconomia” no contexto dos desafios de crescimento da região, sinalizando que a América Latina tem uma competitividade considerável nesse campo, mas requer investimentos estratégicos para aproveitar o seu potencial.
“É necessário pensar em como transformar as economias e quando se pensa em como fazê-lo, pensamos no que nós chamamos de setores impulsores de serviços modernos exportados por internet, dispositivos médicos, economia de cuidado e uma larga lista, aí está a bioeconomia. Entender o que isso significa é o segundo desafio. O primeiro é localizá-lo no contexto da armadilha de baixo crescimento, entender que a bioeconomia é algo em que a América Latina tem uma competitividade enorme, mas é necessário investimento porque não ocorrerá espontaneamente”, assegurou.
Pela sua parte, Hugo Chavarría enfatizou a importância da articulação entre atores nacionais e internacionais, bem como o investimento privado, para financiar projetos de bioeconomia. Chavarría sugeriu algumas estratégias críticas para atrair investimentos, como o uso adequado de vocabulário financeiro, a claridade nas propostas e a evidência dos impactos econômicos, sociais e ambientais dos projetos. “Primeiro temos que falar a sua língua, seu idioma. Segundo, temos que ter evidência dos impactos econômicos, sociais e ambientais dos nosso projetos de bioeconomia”.
O evento enfatizou a relevância da bioeconomia como uma oportunidade crítica para impulsionar o desenvolvimento sustentável e mitigar a mudança climática na América Latina. A cooperação entre atores públicos, privados e internacionais, bem como uma visão estratégica do investimento, foram sublinhadas como elementos essenciais para avançar projetos de bioeconomia de sucesso. A discussão evidencia a necessidade de repensar focos e coordenar esforços para aproveitar o potencial da região da América Latina e o Caribe
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