Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Recursos Naturais

Oficina reúne parceiros para discutir a implementação do Inventário Florestal Nacional

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Com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) reuniu, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, 40 representantes de órgãos e instituições federais, de organismos internacionais e pesquisadores da área florestal para avaliar a implementação do Inventário Florestal Nacional (IFN).

Foto: Leon Quartim

 

Com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) reuniu, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, 40 representantes de órgãos e instituições federais, de organismos internacionais e pesquisadores da área florestal para avaliar a implementação do Inventário Florestal Nacional (IFN).

Promovida pelo SFB, a Oficina de Construção da Estratégia do IFN teve como objetivo recolher contribuições para as demandas por dados e informações florestais das instituições convidadas, discutir novos formatos para apresentação de resultados e novas perspectivas para o segundo ciclo de coleta de dados.

O encontro, realizado no escritório do IICA em Brasília, contou na abertura com a presença da coordenadora técnica do IICA, Cristina Costa, do representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Jorge Mezza, e do diretor de Regularização Ambiental do SFB, Marcus Vinicius da Silva Alves.

Na abertura, Cristina Costa citou alguns desafios para consolidar o inventário em todos os biomas, entre eles: avançar na cobertura integral dos biomas e investir em capacitação, logística e questões climáticas considerando as particularidades de cada bioma, integrar tecnologia para reduzir tempo, custo e aumentar a precisão. “Quando falamos de Brasil, e ainda mais de florestas e biomas, os desafios são enormes. O país tem dimensões continentais, e para a preservação dos nossos biomas, o IFN é a nossa base para entender o estado atual das florestas e o seu papel como reguladoras climáticas, sumidouros de carbono e abrigo de uma infinidade de espécies”, avaliou.

Ela também destacou a importância do engajamento das comunidades locais para o avanço dos trabalhos do IFN. “Envolver as populações que vivem no entorno das florestas não só contribui para a precisão dos dados, como fortalece a importância do IFN na ponta. Os moradores locais conhecem a floresta e podem ser nossos aliados, ajudando a monitorar e preservar os recursos naturais. Para estas comunidades, o IFN é mais do que um conjunto de dados. É uma ferramenta para garantir que as florestas que eles chamam de lar continuem a existir e a prosperar”, ressaltou.

O evento faz parte do esforço do SFB para ampliar o diálogo com gestores e especialistas, que fazem uso dos dados e resultados produzidos pelo IFN, integrar ações com instituições parceiras e receber contribuições para a construção da estratégia de implementação do IFN para os próximos anos.

O diretor-geral substituto do SFB, Marcus Vinicius Alves, destacou que a agenda ambiental deixou de ser limitada a um setor e está presente em todas as questões, como economia, desenvolvimento industrial e segurança energética. “O Inventário Florestal Nacional é uma ferramenta fundamental para que um país florestal como é o Brasil avance em várias das suas políticas e se desenvolva de forma sustentável”, afirmou.

O representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, que participou da abertura da oficina, lembrou que a revisão do IFN pode auxiliar nas políticas de combate à fome, já que a biodiversidade dos sistemas agroflorestais permite uma alimentação mais saudável. “O Inventário Florestal Nacional pode dar informações úteis no esforço de definir a contribuição das florestas para a segurança alimentar e nutricional”, destacou.

Meza também ressaltou a importância das regiões no IFN: “A disponibilidade de recursos cada vez menor no mundo todo faz com que tenhamos que redefinir o desenho do inventário florestal. Temos que pensar em um inventário quase permanente, com medidas em escala nacional, mas uma ferramenta que dialogue com as municipalidades e os estados, de maneira que quando tiverem uma informação, ela seja absorvida”.

Participaram da oficina representantes da Embrapa, do IBGE, da Funai, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, da FAO, da Universidade Federal de Blumenau (FURB), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e dos ministérios dos Povos Indígenas e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Serviço Florestal dos Estados Unidos (United States Forest Service)

 

Resultados

O Inventário Florestal Nacional (IFN) é um instrumento de planejamento que fornece informações sobre as florestas naturais e plantadas, sua composição, extensão e distribuição espacial, seus estoques, sua diversidade e sua dinâmica em todo o território nacional. Estas informações são utilizadas para a tomada de decisões pelo setor público, para garantir a produção sustentável dos recursos madeireiros e não madeireiros, com a garantia da manutenção da biodiversidade das espécies florestais, além de servir como fonte de informação para gestores do setor produtivo florestal.

Com extensão continental e berço da biodiversidade, o IFN já inventariou, desde 2007, 57,7% do território nacional em 19 unidades da Federação com coleta de dados em campo concluída e outros 8 em andamento. Já foram registrados 100% do bioma Pampa, 86% do bioma Cerrado, 66% do bioma Mata Atlântica, 46 % do bioma Caatinga e 40% do bioma Amazônia.

O Inventário Florestal Nacional do Brasil é coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente, que foi criado pela Lei 11.284 de 03/03/2006, ao qual compete o estabelecimento e coordenação do Sistema Nacional de Informações Florestais.

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