Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Recursos Naturais

Oficina reúne parceiros para discutir a implementação do Inventário Florestal Nacional

Tiempo de lectura: 3 mins.

Com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) reuniu, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, 40 representantes de órgãos e instituições federais, de organismos internacionais e pesquisadores da área florestal para avaliar a implementação do Inventário Florestal Nacional (IFN).

Foto: Leon Quartim

 

Com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) reuniu, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, 40 representantes de órgãos e instituições federais, de organismos internacionais e pesquisadores da área florestal para avaliar a implementação do Inventário Florestal Nacional (IFN).

Promovida pelo SFB, a Oficina de Construção da Estratégia do IFN teve como objetivo recolher contribuições para as demandas por dados e informações florestais das instituições convidadas, discutir novos formatos para apresentação de resultados e novas perspectivas para o segundo ciclo de coleta de dados.

O encontro, realizado no escritório do IICA em Brasília, contou na abertura com a presença da coordenadora técnica do IICA, Cristina Costa, do representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Jorge Mezza, e do diretor de Regularização Ambiental do SFB, Marcus Vinicius da Silva Alves.

Na abertura, Cristina Costa citou alguns desafios para consolidar o inventário em todos os biomas, entre eles: avançar na cobertura integral dos biomas e investir em capacitação, logística e questões climáticas considerando as particularidades de cada bioma, integrar tecnologia para reduzir tempo, custo e aumentar a precisão. “Quando falamos de Brasil, e ainda mais de florestas e biomas, os desafios são enormes. O país tem dimensões continentais, e para a preservação dos nossos biomas, o IFN é a nossa base para entender o estado atual das florestas e o seu papel como reguladoras climáticas, sumidouros de carbono e abrigo de uma infinidade de espécies”, avaliou.

Ela também destacou a importância do engajamento das comunidades locais para o avanço dos trabalhos do IFN. “Envolver as populações que vivem no entorno das florestas não só contribui para a precisão dos dados, como fortalece a importância do IFN na ponta. Os moradores locais conhecem a floresta e podem ser nossos aliados, ajudando a monitorar e preservar os recursos naturais. Para estas comunidades, o IFN é mais do que um conjunto de dados. É uma ferramenta para garantir que as florestas que eles chamam de lar continuem a existir e a prosperar”, ressaltou.

O evento faz parte do esforço do SFB para ampliar o diálogo com gestores e especialistas, que fazem uso dos dados e resultados produzidos pelo IFN, integrar ações com instituições parceiras e receber contribuições para a construção da estratégia de implementação do IFN para os próximos anos.

O diretor-geral substituto do SFB, Marcus Vinicius Alves, destacou que a agenda ambiental deixou de ser limitada a um setor e está presente em todas as questões, como economia, desenvolvimento industrial e segurança energética. “O Inventário Florestal Nacional é uma ferramenta fundamental para que um país florestal como é o Brasil avance em várias das suas políticas e se desenvolva de forma sustentável”, afirmou.

O representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, que participou da abertura da oficina, lembrou que a revisão do IFN pode auxiliar nas políticas de combate à fome, já que a biodiversidade dos sistemas agroflorestais permite uma alimentação mais saudável. “O Inventário Florestal Nacional pode dar informações úteis no esforço de definir a contribuição das florestas para a segurança alimentar e nutricional”, destacou.

Meza também ressaltou a importância das regiões no IFN: “A disponibilidade de recursos cada vez menor no mundo todo faz com que tenhamos que redefinir o desenho do inventário florestal. Temos que pensar em um inventário quase permanente, com medidas em escala nacional, mas uma ferramenta que dialogue com as municipalidades e os estados, de maneira que quando tiverem uma informação, ela seja absorvida”.

Participaram da oficina representantes da Embrapa, do IBGE, da Funai, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, da FAO, da Universidade Federal de Blumenau (FURB), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e dos ministérios dos Povos Indígenas e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Serviço Florestal dos Estados Unidos (United States Forest Service)

 

Resultados

O Inventário Florestal Nacional (IFN) é um instrumento de planejamento que fornece informações sobre as florestas naturais e plantadas, sua composição, extensão e distribuição espacial, seus estoques, sua diversidade e sua dinâmica em todo o território nacional. Estas informações são utilizadas para a tomada de decisões pelo setor público, para garantir a produção sustentável dos recursos madeireiros e não madeireiros, com a garantia da manutenção da biodiversidade das espécies florestais, além de servir como fonte de informação para gestores do setor produtivo florestal.

Com extensão continental e berço da biodiversidade, o IFN já inventariou, desde 2007, 57,7% do território nacional em 19 unidades da Federação com coleta de dados em campo concluída e outros 8 em andamento. Já foram registrados 100% do bioma Pampa, 86% do bioma Cerrado, 66% do bioma Mata Atlântica, 46 % do bioma Caatinga e 40% do bioma Amazônia.

O Inventário Florestal Nacional do Brasil é coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente, que foi criado pela Lei 11.284 de 03/03/2006, ao qual compete o estabelecimento e coordenação do Sistema Nacional de Informações Florestais.

Compartilhar

Notícias relacionadas

San José, Costa Rica

setembro 10, 2025

Erick Geovany Ac Tot, empreendedor de cacau que impulsiona os cultivos de qualidade e o resgate de árvores ancestrais na Guatemala, é reconhecido pelo IICA como Líder da Ruralidade

Erick Geovany Ac Tot, um destacado empreendedor de cacau na Guatemala que trabalha há anos ajudando organizações de pequenos produtores, fomentando os cultivos de qualidade e resgatando árvores ancestrais, além de trabalhar como degustador, foi reconhecido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) como um Líder da Ruralidade das Américas.  

Tiempo de lectura: 3mins

Durante el llamado Diálogo Regional sobre Innovaciones para la Adaptación Climática de pequeños productores del Corredor Seco Centroamericano, los participantes discutieron temas clave como ganadería resiliente, agroforestería, innovación productiva y medidas de adaptación frente a sequías, inundaciones y otros eventos climáticos.

San Salvador

setembro 9, 2025

Em El Salvador, líderes da ruralidade das Américas compartilharam experiências e debateram com jovens e especialistas sobre como fortalecer a produtividade no Corredor Seco Centro-Americano

Macarena Valdés e Marco Aceituno, do Chile; Elvia Monzón, Gustavo Rivas e Erick Ac, da Guatemala; Katy Moncada e Eodora Méndez, de Honduras; e Odette Varela e Salomón Zelada, de El Salvador, foram os líderes que participaram da reunião.

Tiempo de lectura: 3mins

Campinas - SP

setembro 4, 2025

Agtechs de São Paulo e de Minas Gerais representarão o país na Semana da Agricultura Digital organizada pelo IICA na Costa Rica

Tiempo de lectura: 3mins