
Ribeirão Preto, Brasil, 1 de Julho de 2025 (IICA) – O Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, expressou seu pleno apoio às conclusões da Conferência Global da IFAMA, em que 600 representantes de 40 países sinalizaram que o setor agropecuário continuará sendo parte da solução para os desafios planetários, se aprofunda a sua aposta pela ciência e a tecnologia e impulsiona uma nova geração de políticas públicas.
O evento anual da Associação Internacional de Gestão de Agronegócios e Alimentos (IFAMA 2025), uma das maiores conferências globais do setor agropecuário, concluiu com a escritura e publicação de um documento que convocou a que as políticas públicas e as estratégias privadas favoreçam um maior uso de tecnologias que visam economizar recursos e impulsionar a produtividade e a conservação do meio-ambiente.
O Diretor Geral do IICA foi um dos oradores da conferência, que reuniu cientistas, políticos, representantes do setor privado, pesquisadores, profissionais e estudantes, com forte presença de organizações do Brasil, dos Estados Unidos, da Argentina e da União Europeia. O encontro ocorreu no principal centro agropecuário do Brasil, Ribeirão Preto, cidade do interior de São Paulo.
“As conclusões da conferência mundial IFAMA estão alinhadas com o discurso que o IICA tem levado a todos os fóruns regionais e internacionais: a agricultura é essencial para a prosperidade do mundo e para a paz. O setor tem um papel insubstituível não somente para a segurança alimentar, mas também para o desenvolvimento econômico e social dos países, a sustentabilidade ambiental e a segurança energética”, disse Manuel Otero.
“Muitas vezes essa realidade não se conhece”, adicionou, “e por isso a COP30, em Belém do Pará, será uma oportunidade que o setor agropecuário das Américas e do mundo não pode desaproveitar, para disseminar a sua mensagem”.
Crescimento da população
As conclusões da IFAMA 2025, elaboradas ao longo de quatro dias de discussões, foram estampadas em uma carta dirigida a André Corrêa do Lago, Presidente da COP30, e Roberto Rodrigues, Enviado Especial para o setor agropecuário do mesmo fórum global ambiental, que ocorrerá no próximo novembro no Brasil e atrairá a atenção do mundo.
O texto alertou que o mundo enfrenta a necessidade de aumentar a produção de alimentos e bioenergias para satisfazer o crescimento da população, combater a fome e preservar o meio-ambiente, razão pela qual é obrigatório otimizar o uso dos recursos.
Para conquistar esses objetivos é necessário apostar pelo crescimento horizontal da produção, por meio da restauração de áreas que hoje estão degradadas, mais também temos que aumentar a produtividade, aproveitando a inovação e as novas tecnologias.
Nesse sentido, a carta detalhou quais são as transformações e linhas de trabalho que o setor agropecuário já tem realizado e que mostrará ao mundo na COP 30.
Entre elas está o uso de sistemas de produção sustentável, que incluem a rotação de cultivos, a semeadura direta, a integração lavoura-pecuária-floresta e a economia circular. Também há avanços no uso de tecnologias aplicadas às cadeias de produção de alimentos, com elementos como a irrigação de precisão, o uso de drones e veículos não tripulados, a inteligência artificial e maquinário e equipamentos de nova geração.
Os representantes do setor agropecuário global sinalizaram, também, nas conclusões, que se deve aprofundar o uso de bioinsumos, que permitem reduzir o uso de produtos químicos, e o desenvolvimento de melhorias genéticas que favoreçam o controle de doenças e a adaptação à uma variabilidade climática considerável.
O texto final da conferência global IFAMA 2025 enfatizou a contribuição do setor agropecuário atual e futura para a transição energética, por meio de biocombustíveis líquidos ou do uso de resíduos de produção.
Finalmente, foi destacada a importância de políticas públicas que estabeleçam incentivos para a conservação ambiental, incluindo o estabelecimento de áreas protegidas nas propriedades rurais, ou que incentivem pagamentos aos produtores que realizem captura de carbono nos solos ou nos bosques.
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