Brasília, 21 de outubro de 2025 (IICA) — Duhaje Jennings, agricultor jamaicano que ainda muito jovem apostou na apicultura e, hoje, aos 38 anos, é um dos empresários do setor mais reconhecidos de seu país e de todo o Caribe, participará da Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2025.
Jennigs viajará para Brasília, onde acontecerá o encontro, entre 3 e 5 de novembro, a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que este ano o homenageou como um dos Líderes da Ruralidade das Américas. A distinção reconhece que, com sua tarefa apaixonada, Jennings é um exemplo positivo no campo do continente, essencial para a segurança alimentar e nutricional e para a sustentabilidade ambiental do planeta.
Na conferência — organizada pelo Brasil e o IICA — os ministros e outros altos funcionários discutirão a atualidade e o futuro do setor agropecuário e da segurança alimentar nas Américas, com um lugar de destaque para as transformações que estão ocorrendo e o papel da ciência, da tecnologia e da inovação.
O IICA convidou quatro Líderes da Ruralidade das Américas de diversas regiões do continente para o encontro, para que eles falem em primeira mão sobre a realidade de suas comunidades rurais aos ministros.
Uma paixão desde a infância
Quando criança, Jennings visitava seu avô apicultor e com ele se apaixonou pelas abelhas. Aos 18 anos começou sua própria atividade, com cinco colônias de abelhas, e desde então teve um crescimento espetacular. Hoje cria cerca de mil colônias por ano para seu próprio empreendimento e seus clientes, uma vez que é dono de sua própria empresa, a Dada B’s, com a qual gera empregos e ajuda outros jamaicanos a entrar no mundo da produção apícola e agropecuária.
Jennings tem grande expectativa sobre sua participação na conferência, e um dos temas que, conforme antecipa, gostaria de propor aos ministros é a necessidade de promover a inclusão dos temas agropecuários nos planos de estudo das escolas.
“Como a segurança alimentar é uma prioridade na maioria dos países, por que não tornar obrigatório o ensino agrícola nas escolas, especialmente no ensino médio? Na Jamaica, bem como em todo o Caribe, a necessidade de melhorar a nossa agricultura é muito relevante e, assim como os estudantes precisam aprender matemática ou inglês, a agricultura também deveria ser ensinada. Acredito que é a única maneira pela qual realmente podemos começar a abordar a segurança alimentar da região”, explicou.
Embora tenham logrado grandes avanços nos últimos anos, em produtividade e resiliência, os países do Caribe continuam sendo dependentes das importações de alimentos, e o seu setor agropecuário é vulnerável a eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.
Duhaje também pensa na necessidade de ampliar as oportunidades para que agricultores do Caribe possam ampliar suas possibilidades de ter experiências em outros países das Américas por meio de programas de intercâmbio que fomentem o aprendizado.
“Seria extraordinário se 20, 50 ou 100 agricultores de cada país pudessem viajar, por exemplo, para o Brasil, que teve excelentes resultados com sua atividade agropecuária. Os viajantes poderão aprender e pensar nas oportunidades que existem para melhorar a agricultura de seu próprio país”, reflete o apicultor.
A conferência de Brasília será aberta pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Carlos Fávaro, juntamente com o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero. Durante o encontro haverá foros de discussão técnica entre os ministros e as demais delegações dos países, com a participação de empresas e organizações do setor privado.
Além disso, em Brasília acontecerá a 23ª Reunião Ordinária da Junta Interamericana de Agricultura (JIA), que se reúne a cada dois anos e é o órgão de governo máximo do IICA.
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