
Quito, 6 de maio de 2025 (IICA) – O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) participará em um projeto pioneiro, que será a porta de entrada do Equador aos mercados mundiais de carbono, por meio de uma aliança público-privada de alcanço global que procura combater a desflorestação e reduzir as emissões de gases de efeito estufa com incentivos econômicos aos países comprometidos com a conservação dos seus bosques tropicais.
Este contrato representa uma marca histórica estratégica para o Equador, já que posiciona o país como um referente de ação climática baseada na natureza. Isso abre novas oportunidades para o país da América do Sul de cooperação internacional, desenvolvimento rural sustentável, geração de empregos verdes e fortalecimento de políticas públicas orientadas para enfrentar a crise climática.
O acordo foi assinado pelo Ministério do Meio-Ambiente, Água e Transição Ecológica do Equador (MAATE), a Coalizão LEAF (Redução de Emissões Acelerando o Financiamento Florestal), a organização Emergent, agindo como intermediária, e o IICA.
A iniciativa prevê um investimento por 30 milhões de dólares em projetos REDD+, que têm como objetivo reduzir as emissões derivadas da desflorestação e degradação dos bosques. São recursos que a Coalizão LEAF entregará este ano e se aplicarão em diversos projetos entre 2025 e 2026, orientados à conservação dos ecossistemas e o fortalecimento das comunidades rurais que os protegem.
“Com a assinatura deste contrato, o Equador se consolida como um referente regional na implementação de mecanismos inovadores para enfrentar a mudança climática, de acordo com a nossa política nacional”, disse a Ministra do Meio-Ambiente do Equador, Maria Cristina Recalde, anfitriã da cerimônia em que foi assinado o acordo.
Pelo seu lado, Renzo Galgani, Representante do IICA no Equador, reafirmou o compromisso do organismo de desenvolvimento agrícola e rural do Sistema Interamericano de acompanhar tecnicamente o país andino na implementação do mecanismo de créditos de carbono e na geração de benefícios concretos para as populações que protegem os bosques.
“Somos testemunhas do lançamento de um projeto emblemático para o Equador. Pela primeira vez, de forma oficial, o país tem acesso aos mercados de carbono por meio da sua Autoridade Nacional Ambiental, o que estabelece um precedente poderoso e encorajador”, sinalizou.
“Este avanço não representa só uma oportunidade concreta de financiamento climático, mas também um compromisso direto com a proteção dos bosques, com os povos e nacionalidades indígenas e com a conservação efetiva dos nossos ecossistemas”, adicionou.
Galgani explicou que o IICA será intermediário financeiro do contrato, reafirmando sua vontade de agir como sócio estratégico do Estado equatoriano não só na assistência técnica, mas também no gerenciamento eficiente e na administração rigorosa de fundos internacionais, sempre ao serviço do desenvolvimento sustentável e resiliente do país.
O objetivo da aliança é projetar um plano de distribuição de benefícios que defina intervenções, alcance e o modelo de financiamento de projetos territoriais com atores da sociedade civil, instituições do setor público, povos e nacionalidades.

O acordo foi assinado pelo Ministério do Meio-Ambiente, Água e Transição Ecológica do Equador (MAATE), a Coalizão LEAF (Redução de Emissões Acelerando o Financiamento Florestal), a organização Emergent, agindo como intermediária, e o IICA.
Resultados verificáveis
A Coalizão LEAF é uma iniciativa global lançada em 2021 que promove o financiamento de alta qualidade para conservar os bosques tropicais e subtropicais do mundo. O seu objetivo é catalisar ações climáticas de grande escala por meio de um modelo baseado em resultados verificáveis de mitigação de emissões.
LEAF funciona sob os princípios do ART-TREES (Architecture for REDD+ Transactions), um padrão independente que assegura a integridade e transparência ambiental. Os países participantes devem demonstrar reduções reais de emissões antes de receber os pagamentos.
A Coalizão LEAF é financiada por contribuições de países doadores e empresas comprometidas com a sustentabilidade. Entre os principais países doadores estão Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e Alemanha, enquanto entre os atores corporativos se destacam empresas como Amazon, Nestlé, Airbnb, Bayer, McKinsey, Salesforce, Unilever e Delta Air Lines, entre outras, que procuram atingir suas metas de descarbonização por meio de financiamento climático confiável.
Até hoje, mais de 20 países em desenvolvimento participaram ou mostraram interesse na iniciativa, entre eles Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo, Gana, Costa Rica e Colômbia, além do Equador, o que reflete um compromisso crescente com a conservação florestal como solução climática.

A iniciativa prevê um investimento por 30 milhões de dólares em projetos REDD+, que tem como objetivo reduzir as emissões derivadas da desflorestação e degradação dos bosques.
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