Brasília, 5 de novembro de 2025 (IICA) – Muhammad Ibrahim, eleito Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para o período 2026-2030, prometeu trabalhar com todas as regiões do continente e focar na incorporação de ciência, tecnologia e inovação para abordar os desafios enfrentados por países e agricultores.
Ibrahim, agrônomo de nacionalidade guianense, com 35 anos de experiência em gestão internacional, foi eleito por maioria absoluta de votos pelos ministros da agricultura das Américas, reunidos em Brasília no âmbito da Junta Interamericana de Agricultura (JIA), órgão máximo de governo do IICA.
O novo Diretor Geral assumirá seu cargo em 15 de janeiro próximo e sucederá ao argentino Manuel Otero na condução do organismo hemisférico, fundado em 1942 e com sede central em São José da Costa Rica.
“Sinto-me honrado e agradecido por ter sido eleito para liderar esta grande instituição internacional. Serei um Diretor Geral para todas as regiões – Norte, Sul, Andina, América Central e Caribe – com enfoque na inclusão e na diversidade do continente”, disse Ibrahim em seu discurso de aceitação do cargo, em que reconheceu o trabalho de Otero e valorizou as qualidades do outro candidato que competiu para o cargo nesta eleição, o engenheiro agrônomo uruguaio Fernando Mattos.
Também agradeceu ao Governo brasileiro, organizador da JIA e da Conferência dos Ministros da Agricultura das Américas 2025, junto com o IICA.
O futuro Diretor Geral explicou que trabalhará para potencializar as complementaridades entre os países das Américas, que apresentam perfis produtivos heterogêneos, e considerou que o IICA tem grandes desafios pela frente.
Ibrahim é engenheiro agrônomo com ampla trajetória em gestão internacional, tendo dedicado 35 anos à construção de redes para aumentar a produtividade e a resiliência do setor agrícola nas Américas. Tem experiência no estabelecimento de parcerias, mobilização de recursos financeiros, trabalho com tomadores de decisão e estabelecimento de contatos importantes no continente americano.
Sua formação inclui o mestrado em ciências agrícolas e recursos naturais com ênfase em nutrição animal no Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE) na Costa Rica, onde foi Diretor Geral, e o doutorado em ciências agrícolas e ambientais com especialização em pecuária e nutrição animal pela Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, uma das universidades mais prestigiosas do mundo em ciências agropecuárias.
O IICA e seus desafios
“O mundo” – disse Ibrahim em seu discurso – “passa atualmente por numerosos riscos e vive uma grande incerteza. Isso tem situado o IICA em uma encruzilhada: deve abordar os numerosos desafios e as demandas de cooperação técnica de seus países membros em um contexto de escassez de recursos”.
Sistemas agroalimentares fragmentados e inseguros, desafios para o comércio agrícola, maior demanda de alimentos, aumento dos preços, desaceleração do crescimento médio da produtividade, ameaças ambientais, vulnerabilidade aos surtos de pragas e doenças e fragilidade da agricultura familiar, que produz grande parte dos alimentos, foram alguns dos desafios que identificou.
“O IICA” – afirmou – “está bem posicionado para continuar trabalhando como a instituição de referência com seus parceiros e Estados membros na abordagem a esses desafios e na transformação da agricultura em um motor da prosperidade dos países das Américas”.
A proposta do Diretor Geral eleito é que o IICA fortaleça sua capacidade técnica em ciência, tecnologia e inovação para ampliar o uso de ferramentas modernas e tecnologias de vanguarda. “Devemos aprofundar o trabalho que vem sendo feito pelo IICA para fomentar os investimentos que levam à transformação dos sistemas agroalimentares e melhorar a viabilidade econômica e financeira das empresas agrícolas e, em particular, dos pequenos agricultores”, pontuou.
Ibrahim relatou que, nos últimos três meses, visitou muitos países do continente, reunindo-se com atores-chave do setor agropecuário, e que tomou nota das políticas implementadas e das barreiras que precisam ser superadas.
“Para o futuro” – concluiu – “me comprometo a favorecer um entorno de colaboração, associação e inovação e a consolidar as bases estabelecidas pela administração atual e pelas anteriores do IICA. Trabalhando juntos, poderemos ter um impacto duradouro em nossos sistemas agrícolas e agroalimentares”.
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