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A crise climática só pode ser enfrentada com parcerias amplas que coloquem a ciência e a inovação em primeiro plano, advertem o IICA e outras organizações globais em Cúpula de Washington

 

 

Primera
Durante a sessão, ficou reconhecido que países em todas as regiões enfrentam desafios para propor ou implementar as ações incluídas nas CND relacionadas à agricultura.

 

Washington, 12 de maio de 2023 (IICA) — É urgente promover um alinhamento que inclua países, organismos internacionais, o setor privado e a sociedade civil para enfrentar a crise climática pela ciência e a tecnologia e com uma atitude pragmática, propuseram de maneira consonante diversos atores de grande relevância internacional na Cúpula da AIM for Climate (Agriculture Innovation Mission for Climate).

O evento de alto nível ocorreu em três dias em Washington, com ativa participação do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A AIM for Climate é uma iniciativa criada de forma conjunta pelos governos dos Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos — que sediará a COP28 no final do ano — destinada a aumentar os investimentos em uma agricultura climaticamente inteligente e em inovação para os sistemas agroalimentares.

No encontro — que reuniu formuladores de políticas públicas, líderes da indústria, produtores, representantes da sociedade civil, cientistas e pesquisadores de todo o mundo — foram divulgados dados que revelam que o investimento em inovação e em novas tecnologias está aumentando de maneira consistente para enfrentar tanto a mudança do clima como a fome global, por meio de uma urgente adaptação da produção agroalimentar.

O Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, participou do painel “Inovação para integrar e tornar a agricultura nas CND transversal — Lições da África, Ásia e América Latina”. As CND são as contribuições que cada país se comprometeu a fazer para a mitigação e adaptação à mudança do clima, no âmbito do Acordo de Paris, adotado em 2015.

Segunda
Laura Suazo, Secretária de Agricultura e Pecuária de Honduras, com Manuel Otero, Diretor Geral do IICA.

Juntamente com Otero, participaram do painel de alto nível Laura Suazo, Secretaria de Agricultura e Pecuária de Honduras; a Assistente do Administrador do Escritório de Resiliência e Segurança Alimentar da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Dina Espósito; a Comissária da União Africana para Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Josefa Sacko; e o Diretor do Escritório de Política Energética e Ambiental do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Bill Hohenstein.

Durante a sessão, ficou reconhecido que países em todas as regiões enfrentam desafios para propor ou implementar as ações incluídas nas CND relacionadas à agricultura. Embora os governos conheçam a vulnerabilidade do setor agrícola, é imprescindível ajustar a coordenação entre os diversos setores da administração, o que requer inovação em questões tecnológicas e institucionais.

Em sua intervenção, a Secretária Suazo enfatizou que a mitigação e a adaptação à mudança do clima devem ser dois braços de um mesmo esforço. Também destacou que Honduras é um país muito vulnerável e com recursos limitados, sendo imprescindíveis esforços visando uma melhor coordenação entre as diversas áreas. Também valorizou a colaboração do IICA na aplicação de ações que favorecem a resiliência da produção agrícola.

Espósito, da USAID, colocou em primeiro plano o trabalho do IICA em prol da sustentabilidade da agricultura e do bem-estar das comunidades rurais no continente. Considerou também que, “para que as coisas ocorram”, é imprescindível que existam as condições adequadas, entre elas a existência de instrumentos para medir o impacto real dos projetos e políticas.

Tercera
Dina Espósito, Assistente do Administrador do Escritório de Resiliência e Segurança Alimentar da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID); e Josefa Sacko, Comissária da União Africana para Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul, Meio Ambiente e Sustentabilidade.

 

Sacko, representante da Comissão da União Africana, enfatizou que é o momento de agir, e que seu continente está disposto a isso, embora também precise de maior agilidade e de uma aposta no pragmatismo das negociações internacionais, como as COP da mudança do clima que acontecem todos os anos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A importância da união

Otero disse que o IICA era uma instituição que tem a ciência e a inovação em seu DNA. Acrescentou que a América é um continente decisivo para a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental do planeta, pela riqueza extraordinária de seus recursos naturais e suas terras produtivas.

“Há apenas uma semana, na sede do IICA na Costa Rica, tivemos um encontro hemisférico com diversas instituições sobre inovação, ciência e tecnologia. Conversamos com mais de 100 participantes e percebemos que todos estamos de acordo de que algo deve ser feito, mas existem dificuldades quanto à implementação”, disse Otero.

“O caminho é definir as prioridades da agenda, incorporar o setor privado, buscar novas fontes de financiamento e continuar trabalhando na vontade pública. Enfrentar a crise climática pela ciência e inovação não é algo que possa ser feito separadamente; precisamos do trabalho de todas as instituições”, acrescentou.

Otero destacou que a Cúpula organizada pela AIM for Climate serviu para o IICA estreitar suas parcerias com instituições como a USDA, a USAID e o Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares (IFPRI), bem como para trabalhar com seus Estados membros e países de outras regiões, para aprofundar os consensos e acelerar as contribuições do setor agrícola na luta contra a mudança do clima.

 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int