Na COP16, o IICA destaca bioeconomia e soluções baseadas na natureza como pilares para a segurança alimentar e a conservação da biodiversidade
Cali, Colômbia, 24 de outubro de 2024 (IICA) – O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) participa da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), que reúne representantes de governos e organizações do mundo todo em Cali, Colômbia, em que destacou o papel central que podem ter a bioeconomia e as soluções baseadas na natureza para a segurança alimentar e a conservação ambiental.
Representantes do IICA foram parte da inauguração do encontro, que ocorre sob o lema “Paz com a Natureza” e contou com a presença do Presidente colombiano, Gustavo Petro.
A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo de tomada de decisões sobre a Convenção sobre Diversidade Biológica, que foi assinada por líderes de 150 países na Cúpula da Terra do Rio de Janeiro em 1992. Essa convenção promove o desenvolvimento sustentável por meio de uma visão que envolve os ecossistemas e as pessoas.
Breno Tiburcio, Representante do IICA na Colômbia; Muhammad Ibrahim, Diretor de Cooperação Técnica do IICA; Pedro Rocha, Especialista Internacional em Biotecnologia e Biossegurança; e Astrid Pulido, Especialista Nacional em Recursos Naturais e Mudança Climática do IICA Colômbia foram observadores na primeira sessão plenária da COP, em uma reunião presidida por Susana Muhamad, Ministra do Meio-Ambiente da Colômbia, que foi nomeada Presidente da COP16.
Tiburcio destacou o foco do IICA na integração da conservação da biodiversidade e a produção agrícola sustentável, enfatizando o papel crucial da agrobiodiversidade para a resiliência dos sistemas agroalimentares.
“O IICA promove uma abordagem de paisagem que integra a conservação da biodiversidade e a produção agrícola sustentável, enfatizando o papel da agrobiodiversidade para a resiliência e sustentabilidade dos sistemas agroalimentares. As soluções baseadas na natureza e na bioeconomia são pilares dessa estratégia, pela sua capacidade de contribuir para a conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento agrícola na América Latina e no Caribe. A participação do IICA na COP 16 se alinha com sua iniciativa Aliança Continental para a Segurança Alimentar e o Desenvolvimento Sustentável nas Américas, que impulsiona políticas e capacidades para sistemas agroalimentares resilientes, inclusivos, sustentáveis e competitivos”, declarou Tiburcio.
A COP16 é organizada pelo Ministério do Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia em colaboração com a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas. Conta com a participação de mais de 145 delegações do mundo todo, bem como de organizações internacionais como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), atores locais, grupos indígenas e o setor privado. Os principais temas tratados incluem a conservação, a restauração de ecossistemas e o financiamento para a ação ambiental.
“Temos que trabalhar de forma mancomunada sobre a base de princípios, e para isso temos que ser plenamente transparentes. Devemos deliberar de forma sincera. É normal que seja difícil acordar alguns elementos nesses processos multilaterais, mas temos que estar dispostos a chegar a fórmulas de convergência, e isso será fundamental para o sucesso dessa conferência”, assegurou Susana Muhamad, Presidente da COP e Ministra do Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia.
Pela sua parte, a Secretária Executiva do Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), Astrid Schomaker, disse que “a comunidade mundial deve aproveitar esse momento para garantir que a biodiversidade não só seja preservada, mas também seja restaurada e valorizada pelo papel crucial que realiza na sustentabilidade da vida na Terra. A COP16 é o momento de passar das palavras para os fatos. O futuro da vida no nosso planeta depende disso”.
O IICA participa na COP16 das negociações do Protocolo de Cartagena sobre Segurança da Biotecnologia e do Protocolo de Nagoya sobre Acesso aos Recursos Genéticos. Essas negociações são cruciais para definir estruturas regulamentares que promovam o uso responsável da biotecnologia e a equidade no acesso e distribuição dos benefícios dos recursos genéticos.
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