Os participantes destacaram que a associatividade dos produtores é fundamental para que esse tipo de produção orgânica seja competitivo.
São José, 20 de julho de 2021 (IICA) — A agricultura orgânica continuará a crescer na América Latina e no Caribe enquanto houver uma ampla distribuição das experiências bem-sucedidas que vêm sendo realizadas na região.
Trata-se de um modelo de desenvolvimento agrícola de enfoque inovador e grande potencial, pois é social, comercial e ambientalmente sustentável, além de contribuir para a inclusão de gênero e da juventude na atividade.
Essas foram algumas das conclusões deixadas pelo Foro “Cooperativismo na Produção Orgânica”, organizado pela Comissão Interamericana de Agricultura Orgânica (CIAO), no âmbito do convênio assinado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o município brasileiro de Santa Clara do Sul e a região peruana de Huancavelica.
O convênio, que reconhece a tarefa desses governos subnacionais na promoção desse tipo de agricultura, logrou importantes avanços na articulação conduzida nesse primeiro foro, em que se divulgaram experiências bem-sucedidas de outros países.
A jornada contou com a participação de autoridades da Junta Diretora da CIAO, do IICA e de representantes do município de Santa Clara do Sul e do governo regional de Huancavelica.
Graciela Lacaze, Secretaria Executiva da CIAO, enfatizou que, sem uma forte integração institucional e governamental, não haverá evolução da produção orgânica maximizada em seu potencial, e que esse é precisamente o objetivo do Convênio IICA-Santa Clara do Sul-Huancavelica.
Por sua vez, Verónica Santillán, Diretora de Orgânicos da Agrocalidad, Equador, afirmou que “o cooperativismo na produção orgânica é um grande exemplo e uma fonte de inspiração para continuar trabalhando”.
Paulo Cezar Kohlrausch, prefeito de Santa Clara do Sul, expressou que no seu município “apostamos na produção orgânica, uma vez que preserva a saúde do produtor, do ambiente e do consumidor”.
Por sua vez, Maciste Alejandro Díaz Abad, governador de Huancavelica, ressaltou que “o convênio assinado recentemente e esse evento posicionam o potencial de Huancavelica na produção orgânica”.
No foro foram apresentados casos bem-sucedidos de cooperativas da América Latina e da Espanha. Alexandra Rodríguez, da Agência de Promoção Econômica CONQUITO, do Equador, contou sobre a experiência da cooperativa que fomenta o desenvolvimento produtivo e socioeconômico do Distrito Metropolitano de Quito.
Ana Laura Sayago, da Cooperativa Coopsol, da Argentina, dissertou sobre a “agregação de valor e a inovação na cadeia apícola orgânica”. Nelson Martinez, da Cooperativa 25 de Julio, de Honduras, contou a sua experiência na produção cooperativa orgânica de café e abacate.
Karen Carillo e Joel Carillo, da empresa de pequenos produtores de café e produtores hortícolas Pacayal, de Honduras, falaram sobre inclusão de gênero e juventude.
O encerramento do painel esteve a cargo de Juan Antonio Caballero Jiménez, da cooperativa de azeite Los Pedroches, da Espanha, que falou sobre como diversificar a produção e se diferenciar no cooperativismo.
Os participantes destacaram que a associatividade dos produtores é fundamental para que esse tipo de produção orgânica seja competitivo.
O convênio assinado em março passado estabelece que o IICA, pelas suas representações na Argentina, no Brasil e no Peru, com a cooperação da Comissão Interamericana de Agricultura Orgânica (CIAO), apoiará Huancavelica e Santa Clara do Sul na identificação de experiências de casos bem-sucedidos para ser compartilhadas e coordenará e facilitará as contribuições técnicas que ambos os governos demandem para o desenvolvimento da atividade orgânica.
O município de Santa Clara do Sul implementa o programa “Santa Clara Mais Saudável” para desenvolver uma cultura de produção e consumo de alimentos saudáveis e livres de pesticidas. Por sua vez, o governo regional andino implementa o programa “Huancavelica Região Orgânica”, visando aumentar a superfície orgânica do Peru, reduzir os índices de pobreza, aumentar as receitas dos produtores e melhorar a qualidade de vida das comunidades da região.
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