Diretor Geral do IICA entre 2002 e 2010 e, depois, embaixador de seu país, Barbados, em Pequim, Brathwaite oferece um olhar essencial e ao mesmo tempo caribenho e universal sobre o auge econômico da República Popular.
São José, 17 de março de 2021 (IICA). Chelston Brathwaite foi embaixador de Barbados na China por quatro anos e transformou suas experiências em um livro que traz um olhar essencial, pelos olhos do nosso continente, da atualidade do gigante asiático e seu impacto social, econômico e político sobre o mundo do século XXI.
Trata-se de um olhar pessoal atraente, tão caribenho quanto universal, que contribui para entender o processo de transformação e de modernização de um país que, em poucas décadas, transformou-se na segunda economia mundial.
Brathwaite, que cumpriu funções como representante da nação caribenha na China entre 2014 e 2017, busca derrubar, em seu relato, os tantos mitos e mal-entendidos sobre a China no mundo ocidental.
Nesse sentido, a decisão de escrever e publicar Memórias da China se baseou na premissa de que a possibilidade de viver por quatro anos no país mais povoado da terra é um privilégio que poucas pessoas têm e que as fascinantes experiências vividas e as lições aprendidas merecem ser compartilhadas.
Uma das situações que motivaram o autor a escrever foi a comprovação de que seus compatriotas que visitavam a China por curtos períodos admitiam que partiam com uma ideia completamente diferente sobre o país asiático da que tinham ao chegar.
Antes de ser o segundo embaixador residente de Barbados na China, Brathwaite foi Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) de 2002 a 2010. Ao fim de seu mandato no organismo, foi declarado Diretor Geral Emérito por delegados de 33 países das Américas, devido a suas contribuições para a agricultura e a melhoria da vida rural no continente.
“Minha estadia na China — explica Brathwaite — não me ensinou apenas sobre a China. Também aprendi que nós, em Barbados, e provavelmente no Caribe, estamos no começo de uma longa viagem. Uma viagem para compreender o mundo do século XXI. Um mundo cada vez mais diverso e mais complexo, e no qual o desenvolvimento e a modernização não estão confinados à América do Norte e aos países da Europa ocidental, mas estão ocorrendo em muitas nações do mundo em desenvolvimento. Um mundo em que os países asiáticos, liderados pela China, estão se convertendo em atores de peso decisivo na economia, na política e nos assuntos internacionais”.
No livro, Brathwaite não assume nenhuma posição ideológica nem valoriza as vantagens ou desvantagens dos diversos sistemas de governo, mas relata o que viu, o que ouviu e o que leu em sua experiência na China. Trata-se de compartilhar uma experiência extraordinária por meio de um texto ao qual seus próprios pensamentos são lançados sobre o observado, deixando também margem à interpretação dos leitores.
No livro são relatadas visitas às diversas cidades da China — inclusive Pequim, Xangai, Hong Kong, Tianjin, Fuzhou, Xi’am e Suzhou — e um vislumbre da história e da cultura do país.
O autor descreve a sua participação em um casamento tradicional, o seu encontro com o presidente Xi Jinping, as suas visitas à Praça de Tiananmen, à Grande Muralha da China e ao famoso sítio arqueológico do Exército de Terracota.
Brathwaite ressalta a necessidade de compreender o recente processo econômico, social e político da China.
“Nesse mundo desafiador do século XXI, o êxito da China, nos últimos 35 anos, para construir uma ‘sociedade moderadamente próspera’ para a sua população e para tirar milhões de pessoas da pobreza se tornou um farol de esperança e uma fonte de inspiração”, afirma Brathwaite.
“Memórias da China” na Amazon (em inglês).
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