Patricia Gorza, Andrea Izzo Capella e Milagros Paulón, que vivem na região dos Pampas, no centro do país, considerada uma das principais zonas produtoras de alimentos do mundo, foram reconhecidas, juntamente com José Muñoz e Alina Ruiz, que vivem e trabalham no norte da Argentina.
Buenos Aires, 19 de abril de 2023 (IICA) — Por sua valiosa contribuição para o bem-estar e o enraizamento das comunidades a que pertencem, cinco habitantes de diversas regiões da Argentina receberam o título de Líderes da Ruralidade das Américas do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do país sul-americano.
Patricia Gorza, Andrea Izzo Capella e Milagros Paulón, que vivem na região dos Pampas, no centro do país, considerada uma das principais zonas produtoras de alimentos do mundo, foram reconhecidas, juntamente com José Muñoz e Alina Ruiz, que vivem e trabalham no norte da Argentina.
Os premiados receberam seus diplomas das mãos de Juan José Bahíllo, Secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Nação, e Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, em um ato realizado na sede da Secretaria, na Cidade de Buenos Aires. Também participaram do ato o Subsecretário de Relações Internacionais e Institucionais da província de Buenos Aires, Mario Oporto; a Embaixadora da Costa Rica na Argentina, Ginette Campos Rojas; e familiares dos premiados.
Gorza é uma pecuarista do município de 9 de Julho; Izzo Capella é criadora de um centro cultural que visa empoderar as mulheres rurais de Las Flores; Paulón é uma jovem que administra uma fazenda leiteira em Brandsen; Muñoz é um educador e promotor da agricultura orgânica na província de Catamarca, e Ruiz é uma cozinheira que promove o aproveitamento e a valorização dos produtos da terra em Chaco.
O reconhecimento, que leva o título de “Alma da Ruralidade”, faz parte de uma iniciativa do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural para dar visibilidade a homens e mulheres que marcam e fazem a diferença no campo do continente americano, essencial para a segurança alimentar e nutricional e para a sustentabilidade ambiental do planeta.
O reconhecimento, além disso, tem a função de destacar a capacidade de promover exemplos positivos para as zonas rurais da região.
“Gostaria de destacar e valorizar essas histórias de compromisso e amor pela terra e pela gente do campo. É muito bom torná-las visíveis, pelo que simbolizam como modelo de vida”, disse o secretário Bahillo, anfitrião do ato.
“Os líderes da ruralidade — acrescentou — são construtores de projetos de vida e de enraizamento. Como eles, todos queremos uma ruralidade nova e melhor para os nossos jovens”.
Manuel Otero caracterizou os líderes como pessoas “comprometidas e firmes”, que têm a decisão de superar todas as dificuldades que se apresentam. “São construtores de sonhos e de pontes. É tempo de tê-los presentes e saber que a ruralidade se constrói fortalecendo o tecido social”, disse o Diretor Geral do IICA.
“Vocês — disse aos premiados — são exemplos de vida. Representam uma ruralidade digna que precisa ser mais conhecida”.
Histórias de amor à terra
Alina Ruiz (província de Chaco) nasceu e se criou nas imediações de El Impenetrable, uma das zonas mais inóspitas de Chaco, a vasta planície arborizada que a Argentina compartilha com a Bolívia e o Paraguai. Com pais e avós dedicados à agricultura, ela viajou para Buenos Aires para estudar culinária e também se capacitou no Peru e na Colômbia. Quando voltou a El Impenetrable, batizado com esse nome por sua vegetação fechada e escassez de água, montou um restaurante campestre que leva o nome de sua avó, Anna, com o conceito de quilômetro zero. Isso consiste em privilegiar a produção de cultivos e animais locais na hora de cozinhar. Além disso, oferece capacitações aos habitantes rurais, com a proposta de promover a valorização dos produtos da terra.
José Muñoz (província de Catamarca), por quase toda a sua vida, esteve ligado à educação agrotécnica, que considera uma ferramenta estratégica para fomentar o enraizamento dos jovens nas zonas rurais. Por anos foi Diretor da Escola Agrotécnica do município de Tinogasta, cidade da província de Catamarca, no noroeste da Argentina. Trata-se de uma zona árida e de solos pobres, afastada das áreas produtivas mais importantes do país, onde os cultivos crescem por irrigação artificial. Hoje, Muñoz promove a agricultura orgânica, convencido de que é uma maneira de aproveitar as práticas amigáveis com o ambiente e a utilização de insumos biológicos realizadas historicamente por muitos produtores de Catamarca.
Andrea Izzo Capella (província de Buenos Aires) é uma designer de moda de Buenos Aires que se mudou para a cidade de La Flores, no coração da região dos Pampas, zona beneficiada com um dos ambientes mais propícios do mundo para a produção agropecuária. Ali, em sua própria casa, criou o Centro Cultural e de Design Mulheres Rurais, com o qual se propôs a dar ferramentas às mulheres do campo, historicamente relegadas, para confiar em si mesmas e criar seus próprios empreendimentos produtivos.
Patricia Gorza (província de Buenos Aires) é produtora na área de 9 de Julho. Seus bisavós eram agricultores no norte da Itália e, ao chegar ao país, instalaram-se diretamente no partido de 9 de julho. Hoje, seu filho Iván continua na atividade, sendo a quinta geração de produtores agropecuários. Eles cultivam milho, soja, trigo e também criam gado bovino, considerando-se pecuaristas, que é a atividade que mais gostam. Patricia é líder do agrupamento Mulheres Rurais Argentinas, fundado em 2019 e que hoje já possui renome entre as entidades do campo.
Milagros Paulón (província de Buenos Aires) tem apenas 22 anos e administra uma propriedade familiar na localidade de Brandsen. Ela realiza pessoalmente a ordenha duas vezes por dia, de madrugada e à tarde, e, juntamente com sua mãe, produz e comercializa queijos. Faz parte da Federação de Associações dos Centros Educativos para a Produção Total (FACEPT), organização autogestionadas e cogestionada de segundo grau, integrada por associações que congregam agricultores familiares, pequenos produtores e trabalhadores rurais (CEPT 18) de Brandsen, onde ela estudou, formou-se em técnica agropecuária e hoje aplica esse conhecimento na produção.
Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int
Galeria de fotos