Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Biocombustíveis

A Coalização Pan-Americana de Biocombustíveis (CPBIO) e o IICA destacam potencial da Argentina para a descarbonização do transporte aéreo

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Durante o chamado “Aviation Day”, organizado em Buenos Aires pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, siglas em inglês) e o Conselho Internacional de Aeroportos para a América Latina e o Caribe (ACI-LAC), que reuniu mais de 450 participantes.

Los especialistas afirmaron que para alcanzar este objetivo, la producción de combustibles sostenibles para aviación deberá pasar de los 300.000 metros cúbicos actuales a por lo menos 370 millones de toneladas métricas en 2050, obtenidas de materias primas sostenibles. 

Buenos Aires, 26 de setembro de 2024 (IICA) – Especialistas e representantes do setor dos biocombustíveis enfatizaram o grande potencial da Argentina para contribuir com os objetivos globais de descarbonização do transporte aéreo, em um evento que contou com a presença do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA) e a Coalização Pan-Americana de Biocombustíveis (CPBIO).

Durante o chamado “Aviation Day”, organizado em Buenos Aires pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, siglas em inglês) e o Conselho Internacional de Aeroportos para a América Latina e o Caribe (ACI-LAC), o setor da aviação revelou que a meta para 2050 é uma redução da intensidade de carbono do combustível de cerca de 80% em comparação com a média atual de combustíveis fósseis. 

Para alcançar este objetivo, asseguraram, a produção de combustíveis de aviação sustentável (SAF, em inglês) deverá passar dos 300.000 metros cúbicos atuais para pelo menos 370 milhões de toneladas métricas em 2050, obtidas a partir de matérias primas sustentáveis.  Se deverão incubar e desenvolver, também, outros processos e vias de produção de SAF que ainda não estão disponíveis, principalmente no caso de matérias primas avançadas. 

O evento reuniu mais de 450 participantes de todo o setor da aviação, o setor turístico, outras partes interessadas da cadeia de valor, junto com autoridades nacionais e provinciais, reguladores, organizações internacionais, fornecedores, representantes do corpo diplomático e meios de comunicação.

Estabelecer políticas comuns

Agustin Torroba, especialista do IICA e Secretário Executivo da Coalização Pan-Americana de Biocombustíveis (CPBIO), enfatizou que “para desenvolver um mercado massivo de SAF é essencial estabelecer e harmonizar padrões de sustentabilidade em escala mundial, bem como desenvolver políticas comuns no nível regional e nacional para impulsionar a produção e o consumo”.  
 
“O desenvolvimento de normativas e políticas públicas nacionais e regionais coordenadas será crítico para o surgimento da indústria dos SAF”, adicionou Torroba.  Segundo os especialistas, a Argentina é um dos países com maiores vantagens comparativas para produzir SAF. 
 
“O SAF é uma enorme oportunidade: temos biomassa de sobra, temos o valor agregado de produzir etanol com o milho mais sustentável do mundo (a pegada de carbono de 58% é mais baixa que a média mundial) e acumulamos conhecimentos em plantas com tecnologia de ponta”, assegurou pela sua parte Patrick Adam, Diretor Executivo da Câmara de Bioetanol de Milho (Biomaíz)
 
Jorge Feijóo, Presidente do Centro Açucareiro Argentino, destacou que “na luta por reduzir emissões, a indústria do açúcar produz etanol (50% da mistura com gasolina), e, por outro lado, gera energia a partir da biomassa: toda a inventividade do setor de açúcar produz a energia que consumem a partir do bagaço, e alguns já vendem energia ao sistema interconectado”.
 
Na mesma linha, Victor Castro, Diretor Executivo da Câmara Argentina de Biocombustíveis, sinalizou que a indústria de crushing da soja estava acostumada a vender proteínas e agora vende ativos ambientais. 

“Estamos produzindo combustíveis com base de carbono biogênico, para logo ser hidrogenado e transformado em um hidrocarboneto a partir do carbono que vêm da agricultura, a base de água pluvial e energia solar, em vez de tirar os fósseis da terra”, detalhou Castro.

Gustavo Idigoras, Presidente da Câmara da Indústria de Óleo da República Argentina e o Centro Exportador de Cereais (CIARA-CEC), assegurou que faz tempo se vêm trabalhando com as cadeias de açúcar, milho e soja “com um olhar estratégico de ser fornecedores confiáveis no mundo para este novo mercado que se pode ir desenvolvendo. Na Argentina, e no nosso setor em particular, temos desenvolvido a capacidade de sobreviver ante qualquer tipo de mudanças, locais e internacionais”.

“É natural trabalhar juntos para aprender as lições que temos sofrido nas últimas décadas, com esses mercados ultra regulados, cambiantes e politicamente muito sensíveis, mas também ser economicamente viáveis e reconhecidos e verificáveis do ponto de vista da sustentabilidade”, declarou Idígoras.

“O Aviation Day mostrou um panorama positivo sobre as cadeias de valor da cana de açúcar, a soja e o milho na Argentina para estudar as possibilidade de desenvolvimento do setor massivo de combustíveis sustentáveis de aviação”, disse, como conclusão, Torroba.

A Coalização Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos tem gerado mensagens de consenso sobre a importância do SAF e como desenvolvê-lo, que se podem acessar aqui: 

https://cpbiocombustibles.com/2024/08/26/2da-declaracion-de-cpbio-mensajes-sobre-la-importancia-de-los-combustibles-sostenibles-de-aviacion-csa-para-descarbonizar-el-transporte-aereo/

Mais informação:

Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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