Mais de 150 participantes compareceram ao evento, entre quais se destacaram funcionários, analistas, produtores e profissionais de diferentes regiões para compartilhar suas experiências mais significativas com respeito aos biocombustíveis.
Cidade da Guatemala, Guatemala, 2 de fevereiro de 2024 (IICA) – A Coalizão Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos (CPBIO) apresentou na Guatemala, ante funcionários, analistas, produtores e profissionais de diferentes regiões, as experiências mais significativas sobre biocombustíveis implementadas no continente americano.
A apresentação dos casos e experiências foi feita na Conferência “Mobilidade sustentável: as oportunidades do etanol na Guatemala”, realizada como apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Embaixada do Brasil na Guatemala, o Conselho de Grãos dos Estados Unidos, a Associação de Combustíveis Renováveis da Guatemala e a Universidad del Valle da Guatemala.
O evento foi organizado para apoiar a Guatemala, e sua nova administração liderada pelo presidente Bernardo Arévalo, frente à próxima implementação do Regulamento Geral da Lei de Álcool Carburante AG-159-2023, que fomenta a mobilidade sustentável e que prescreve a obrigação do uso mínimo de etanol de 5% em gasolinas a partir de 1 de janeiro de 2025.
Mais de 150 participantes compareceram ao evento, entre quais se destacaram funcionários, analistas, produtores e profissionais de diferentes regiões para compartilhar suas experiências mais significativas com respeito aos biocombustíveis.
Da mesa inaugural participaram Fernando Conde, em representação do IICA na Guatemala; Marri Tejada, Diretora Regional na América Latina do Conselho de Grãos dos Estados Unidos; Henrique Da Silveira Sardinha Pinto, Embaixador do Brasil na Guatemala; e Víctor Hugo Ventura, Ministro de Minas e Energia da Guatemala.
“Retomaremos as discussões, análises e mesas técnicas para estabelecer quais são os benefícios econômicos para o país e para os usuários do uso do etanol na gasolina”, disse o ministro Ventura.
Pela sua parte, Conde, em representação do IICA, destacou que “damos os parabéns à Guatemala pelos grandes avanços em matéria da normativa de etanol, que constitui um eixo importante para a transformação energética do setor de transporte. O IICA se comprometeu com o processo no país, fornecendo durante os últimos anos assessoria técnica para a elaboração de normativas e padrões técnicos. Além disso, foram dados cursos de formação e treinamentos para autoridades técnicas governamentais e decisores de políticas, contribuindo cooperação técnica útil para o país”.
Ao liderar um dos painéis do evento, Cary Sifferath, Vice-presidente do Conselho de Grãos dos Estados Unidos, forneceu um panorama global de experiências comparadas sobre etanol combustível.
“A Guatemala está vivendo um processo muito interessante, em que o país tem avançado no programa de mistura de etanol e gasolina, depois de várias décadas de contar com legislação ao respeito. Conhecer experiências internacionais de sucesso, como Vietnã, Japão, Canadá, Índia e Nigéria, algumas delas apoiadas pelo Conselho de Grãos dos EUA, sem dúvida contribuirá para que a Guatemala continue no seu caminho em prol do uso do etanol para descarbonizar o setor de transporte”, disse Sifferath.
Aída Lorenzo, gerente da Associação de Combustíveis Renováveis, sinalizou que “o etanol na gasolina trará vários benefícios para o país, começando pela nossa segurança energética, como importamos 100% da gasolina. Nos ajudaria a atingir nossos compromissos ambientais para reduzir emissões e melhorar a qualidade do ar que respiramos os guatemaltecos. Além disso, nos ajudaria a economizar divisas: pelo menos 200 milhões de dólares por ano e reativar a economia”.
No painel chamado “Contexto dos Programas de Mistura de Etanol e Gasolina nas Américas”, Agustín Torroba, especialista em Biocombustíveis e Energias Renováveis do IICA, sinalizou que “a região produz 87% do etanol mundial. Ser um importador neto de petróleo e derivados tem vantagens comparativas ao ser exportador neto de matérias primas passíveis de serem industrializadas em biocombustíveis para substituir importações de combustíveis fósseis, bem como contribui ao desenvolvimento do agro e da agroindústria e à mitigação das emissões de gases de efeito estufa”.
Finalmente, Álvaro Lorenzo, representante e gerente geral da Alcoholes Del Uruguay (ALUR), referiu que “a conferência é um encontro de alto nível que permite estudar as oportunidades, do ponto de vista técnico e científico, que facilitam na trava do aquecimento global”. Nesse sentido, sinalizou como a mistura efetiva de etanol em gasolinas no Uruguai chegou a 9,8% e tem expectativas de crescimento para descarbonizar o setor de transporte.
A Coalizão Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos (CPBIO) está conformada pelos principais grêmios empresariais e industriais das Américas dedicados à produção e ao processamento de açúcar, álcool, milho, sorgo, soja, óleo vegetal e grãos, entre outros produtos agropecuários.
Como principais objetivos deste novo órgão regional, destacamos a coordenação da elaboração, promoção e consumo sustentáveis dessas energias limpas no hemisfério todo.
A criação do grupo ocorreu em 2023 durante a Cúpula Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos, organizada em São José pelo IICA, que exerce a Secretaria Técnica da coalizão.
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