Documento ainda será aprovado pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e norteará o programa de erradicação da peste suína clássica a ser lançado este ano
Brasília, 7 de agosto de 2019 (IICA). Durante dois dias, especialistas e técnicos em sanidade animal se reuniram em Brasília para analisar e validar um plano de erradicação da peste suína clássica, elaborado por um grupo de trabalho.
O Plano Estratégico foi validado por representantes dos Serviços Veterinários Estaduais e Superintendências Federais de Agricultura dos 11 estados (Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima) pertencentes à Zona Não Livre de Peste Suína Clássica e pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura.
O Ministério da Agricultura deverá lançar ainda este ano um programa de erradicação da peste suína clássica e, o grupo de trabalho foi criado com este objetivo de apoiar a pasta. O documento ainda precisa ser aprovado pela ministra Tereza Cristina.
A coordenação do grupo de trabalho ficou a cargo do auditor fiscal federal agropecuário Abel Neto e contou com representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), do Sindicato das Indústrias de Suínos do Rio Grande do Sul (Sipsrs), da Associação Brasileira de Veterinários Especialista em Suínos do Ceará (Abraves/CE), do Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Por parte do IICA, participaram a especialista em Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos, Lúcia Maia, e o especialista em gestão de projetos de cooperação técnica, João Lucas, que auxiliaram o grupo no desenvolvimento da metodologia de trabalho.
“O IICA seguirá apoiando o Ministério a partir de cooperação técnica direta e buscando o desenvolvimento de projetos para a execução das ações do plano”, explica o especialista em gestão de projetos de cooperação técnica do IICA, João Lucas.
Constituído em março deste ano, o grupo trabalhou de abril a julho na produção do plano estratégico para vigilância, controle e erradicação da peste suína clássica na zona não livre do Brasil, formada pelos estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.
A Peste Suína Clássica é uma doença não transmitida aos humanos, mas que traz grandes prejuízos econômicos para a suinocultura. Para conter os focos da doença é necessário eliminar os rebanhos atingidos.
Barreiras de fiscalização são montadas nas divisas dos estados que compõem a zona livre para impedir o ingresso de animais e produtos de risco a partir da área não livre da doença. De acordo com o Ministério, foram confirmados 1.365 casos de animais com PSC e foram destruídos 3.146 suínos desde outubro de 2018. O Ceará teve 48 focos da doença e Piauí, 16. Nos dois estados, foram em animais de criação extensiva, não tecnificada.Houve, ainda, o registro de 64 focos na área não livre, dos quais 62 foram eliminados e dois estão em fase de eliminação.
O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de suínos do mundo, ficando atrás da China, União Europeia (28 países) e dos Estados Unidos.
Com informações do MAPA.
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Assessoria de Comunicação IICA Brasil