O IICA, o Fundo de Biodiversidade do Caribe (CBF), o IAMovement e a Universidade da Flórida são parceiros na busca de soluções de base para o desafio da mudança climática em comunidades insulares vulneráveis.
Território Kalinago, Dominica, 8 de junho de 2021 (IICA). – O projeto Adaptação Baseada nos Ecossistemas (EbA) do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e do Fundo de Biodiversidade do Caribe (CBF) alcançaram um marco histórico com a primeira exportação do capim vetiver de Dominica para Antígua e Barbuda.
O projeto Fortalecendo a Resiliência Climática Costeira e Marinha por meio da Adaptação Baseada nos Ecossistemas Costeiros e Terrestres e do Engajamento Comunitário apoia a adaptação à mudança climática e o alívio da pobreza em Antígua e Barbuda, Dominica, Santa Lúcia e Trinidad e Tobago. É custeado pelo mecanismo EbA do CBF, financiado pelo Governo da Alemanha, via Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), com recursos da Iniciativa Climática Internacional (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha.
O vetiver é visto como uma solução de engenharia verde para as mudanças climáticas. É típico de Dominica, e com ele os agricultores mantêm cercas vivas em seus campos, nas suas comunidades e ao redor das suas casas para controlar o fluxo da água e a erosão do solo. Um desses agricultores, Anthony Lucien, do Território Kalinago, vê o vetiver como uma parte inseparável da agricultura e da cultura kalinago.
“Precisamos manter a nossa cultura viva e, como agricultor, estou fazendo a minha parte no cultivo das matérias-primas que o meu avô, o meu pai e pessoas da minha comunidade ainda usam para tecer cestas, tapetes e fazer outros artesanatos”, disse Lucien.
Escolhido para fornecer as mudas do vetiver a Antígua e Barbuda, ele se orgulha de fazer parte deste momento histórico e do marco alcançado pelo projeto.
Antígua e Barbuda não têm fontes significativas de vetiver, donde a necessidade de serem supridas a partir de Dominica. Com o projeto, as Delegações do IICA e as Unidades de Proteção Vegetal dos Ministérios da Agricultura de Antígua e Barbuda e Dominica coordenaram um processo para fazer uma avaliação de risco de pragas, uma novidade na região.
Kent Coipel, do IICA-Dominica, coordenou o processo de identificação e preparação do capim para exportação. O projeto forneceu a Lucien os produtos químicos aprovados e as roupas de segurança para o tratamento em campo das plantas e o tratamento pós-colheita das touceiras e mudas, o que acontecia pela primeira vez em Dominica.
Em Dominica, o projeto EbA está sendo implementado nas áreas rurais de Petite Soufrière e do Território Kalinago, onde as populações dependem de ecossistemas costeiros, marinhos e terrestres para os seus meios de subsistência. Essas comunidades e os seus ecossistemas são extremamente vulneráveis a mudanças no clima e à adaptação e, como consequência, a integração de soluções EbA de base será importante para a construção da sua resiliência ambiental, econômica e social. Isso vai ao encontro da visão de Dominica de se tornar uma nação resiliente.
Coipel reconheceu o apoio total e prático das Unidades de Quarentena, Proteção e Extensão do Ministério da Agricultura de Dominica na facilitação da avaliação de risco de pragas, na supervisão dos tratamentos em campo e pós-colheita e na limpeza dos pacotes para embarque em 1º de junho. Este é o primeiro lote de 2.180 mudas da gramínea vetiver de um total de 7.000 a serem exportados para Antígua no âmbito do projeto ‘Vetiver4lavie’ (isto é, vetiver para toda a vida). Eles serão recebidos pela Delegação do IICA e pelo Ministério da Agricultura de Antígua e Barbuda para propagação e fornecimento do capim para fins de engenharia verde do solo e de soluções de melhoria e reabilitação da terra em Landfill Cooks, bem como para treinamento de jovens no artesanato de vetiver como meios de subsistência viáveis com atividades verdes.
Mais informações:
Unidade de Gerenciamento de Projetos da EbA