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Em parceria com o Centro Ana Frank, o IICA participa de um projeto para favorecer a inclusão educacional em áreas rurais da Argentina

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A iniciativa visa incentivar a permanência dos alunos no ensino médio e facilitar a inclusão social da população adolescente na pós-pandemia, buscando promover integralmente os direitos dos jovens mais prejudicados pelos desafios da educação virtual.

Los destinatarios son quienes, por falta de recursos tecnológicos o problemas de conectividad, han tenido escaso o nulo vínculo con su escuela durante largo tiempo y corren serio riesgo de ser excluidos del sistema.

São José/Buenos Aires, 25 de maio de 2021 (IICA). Favorecer a inclusão educacional com ênfase nas áreas rurais, empoderar os adolescentes e combater as consequências do abandono escolar e o agravamento das desigualdades geradas pela pandemia são os principais objetivos de um projeto que está sendo desenvolvido na Argentina pelo Centro Ana Frank, a Fundação Mundo Sano, o Governo da província de Chaco e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

A iniciativa visa incentivar a permanência dos alunos no ensino médio e facilitar a inclusão social da população adolescente na pós-pandemia, buscando promover integralmente os direitos dos jovens mais prejudicados pelos desafios da educação virtual.

Os destinatários são os que, por falta de recursos tecnológicos ou problemas de conectividade, tiveram um vínculo escasso ou nulo com a sua escola por muito tempo e correm sérios riscos de ser excluídos do sistema.

“O valor do projeto é empoderar os adolescentes e os incentivar a recuperar companheiros que haviam abandonado a escola. Trata-se de que os jovens procurem, um a um, aqueles que, por razões econômicas, culturais, de distância ou por falta de conectividade, haviam abandonado os estudos”, explicou Héctor Shalom, Diretor do Centro Ana Frank na Argentina.

“Sabemos — acrescentou — que os fatores relacionados à alimentação e ao trabalho são fundamentais para a continuidade escolar. Nesse sentido, o acordo com o IICA nos permite, junto aos ganhos no conhecimento e no estudo, agregar o valor da promoção do desenvolvimento de experiências agrícolas em uma zona da Argentina onde vive a população mais castigada sob o ponto de vista social”.

A maioria dos alunos que serão beneficiados pelo projeto vive nas zonas rurais de Chaco, província do norte da Argentina.

“Muitas das quase 30 escolas participantes estão localizadas em zonas rurais da província de Chaco. O IICA trabalha especialmente com elas, enfatizando os processos de conscientização sobre a relação entre a inclusão educacional e as dinâmicas próprias da ruralidade”, disse, por sua vez, Caio Rocha, Representante do Instituto na Argentina e Coordenador da Região Sul.

“Colaboramos no projeto de atividades que aproximam a visão produtiva e a educacional em escolas agrotécnicas ou com ênfase rural. A linha que divide o rural do urbano está cada vez mais difusa, e devemos pensar em termos de um contínuo territorial”, acrescentou Rocha.

Na primeira etapa do projeto, intitulado “Inclusão social e convivência contra toda forma de violência e discriminação”, foram realizadas jornadas de capacitação com supervisores, diretores e docentes de escolas de ensino médio da província de Chaco, no norte da Argentina.

Nos encontros foi feito um diagnóstico da situação nos estabelecimentos educacionais e oferecidas ferramentas para a abordagem de diversos problemas dos adolescentes e para facilitar o acompanhamento do processo de empoderamento juvenil. Em uma segunda etapa está prevista a realização de jornadas com alunos e alunas com foco na continuidade da educação, apesar dos obstáculos impostos pela pandemia.

Assume-se que as restrições às atividades e à circulação têm aumentado a dificuldade de sustentar as jornadas escolares e os níveis de risco e de deserção escolar de maneira significativa. Consequentemente, será um grande desafio desenvolver planos e projetos sustentáveis de inclusão social na pós-pandemia.

Além dos dispositivos implementados pelo Estado para mitigar o impacto econômico da pandemia, esse projeto representa uma estratégia ativa de inclusão educacional e socioafetiva para que os adolescentes que estão no limite encontrem uma rede de sustentação e a possibilidade de acreditar em um futuro melhor.

O conceito de “educação entre pares” tem um lugar destacado na estratégia de empoderamento juvenil da iniciativa. Trata-se de uma prática pedagógica de aprendizado entre iguais em que o eixo está no apoio emocional que os alunos oferecem entre si, além de no uso de uma linguagem semelhante e comum, bem como na empatia e na compreensão das vivências do outro.

Dessa maneira, pela educação entre pares, coloca-se os mesmos adolescentes como parte do problema, mas fundamentalmente como uma parte imprescindível da solução.

A recuperação de alunos que abandonaram o sistema escolar ou que estão em situação de risco é um capítulo essencial do projeto. Os alunos são sensibilizados sobre as implicações do abandono escolar e convocados a elaborar projetos e estratégias de recuperação. Então, são capacitados na criação de argumentos e estratégias de motivação para gerar encontros com aqueles que ficaram fora do sistema. Em grupos de dois ou três, vão à casa de cada aluno que abandonou ou que está afastado e oferecem interesse pessoal em sua situação, apoio com os materiais e suporte no estudo.

Também como parte do programa são realizadas visitas virtuais ao Museu Ana Frank. Trata-se de uma visita adaptada às atuais circunstâncias que possibilita a aproximação com os temas tratados no museu.

O Centro Ana Frank da Argentina (CAFA) representa a Anne Frank House, dos Países Baixos, na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Ele desenvolve programas educacionais orientados para o empoderamento de adolescentes e jovens com o objetivo de criar condições de inclusão e convivência na diversidade a partir da história de Ana Frank como figura de identificação positiva. 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

 

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