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Guiana quer apoio do Brasil para impulsionar liderança agrícola no Caribe

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A ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, e o ministro de Agricultura da Guiana, Zulfikar Mustapha, se reuniram para iniciar uma ampla agenda de cooperação. O diretor-geral do IICA, Manuel Otero, participou do encontro.

La Ministra de Agricultura, Ganadería y Abastecimiento de Brasil, Tereza Cristina, y el Ministro de Agricultura de Guyana, Zulfikar Mustapha, se reunieron para poner en marcha una amplia agenda de cooperación. El Director General del IICA, Manuel Otero, participó del encuentro.

São José, 13 de maio de 2021 (IICA). A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, e o Ministro da Agricultura da Guiana, Zulfikar Mustapha, fizeram uma reunião, que contou com a participação do diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, na qual buscou-se dar impulso ao comércio bilateral e à produção de alimentos na Guiana para abastecer o Caribe.

Brasil e Guiana também buscam fortalecer uma ampla agenda de cooperação em diversas áreas, como comércio, infraestrutura, saúde animal e transferência de tecnologia, e espera-se que os ministros, após a primeira reunião virtual facilitada pelo IICA, acelerem as negociações com um encontro presencial provavelmente em agosto, por sugestão da ministra Tereza Cristina.

“Na pauta está a possibilidade de cooperação nas áreas de defesa agrícola, assistência técnica, pesquisa e ações para a agricultura familiar”, disse a ministra brasileira após o encontro.

O ministro Mustapha, por sua vez, manifestou interesse em aumentar a atual cota de 10.000 toneladas de exportações de arroz para o Brasil, em assinar um acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), para treinamento especializado em biotecnologia e agro-processamento, e em receber apoio nos projetos de desenvolvimento da indústria da cana-de-açúcar.

Além disso, ele indicou que o terminal marítimo da Guiana pode ser uma futura alternativa ao escoamento de produtos brasileiros para os mercados internacionais. “Queremos transformar nosso setor agrícola e precisamos do apoio de parceiros como o IICA, para a cooperação técnica, e do Brasil para realizar as transformações que buscamos. Acho que esta será a primeira de outras reuniões para lançar as bases dessa cooperação para que ela possa ser implementada “, disse Mustapha, que informou ainda que o governo da Guiana está realizando reuniões com potenciais investidores brasileiros tanto no setor agrícola como em outros setores.

O Diretor-Geral do IICA, Manuel Otero, lembrou que “o Brasil se tornou um dos países mais importantes do planeta em termos de produção e comércio agrícola e a Guiana ainda tem um longo caminho a percorrer, mas pode se tornar um importante fornecedor de alimentos, principalmente para o Caribe e depois para outros mercados”.

Mustapha indicou que a Guiana é o líder agrícola no bloco da Comunidade do Caribe (Caricom) e, portanto, um país-chave para a segurança alimentar regional. “Nosso presidente, Mohamed Irfaan Ali, lidera um grupo de trabalho com vários ministros do Caricom para implementar a agenda de segurança alimentar no Caribe”, disse ele.

En la reunión participaron los Representantes del IICA en Brasil y Guyana, Gabriel Delgado y Wilmot Garnett, y el Director de Investigación y Desarrollo de Embrapa, Guy de Capdeville, además de funcionarios de diferentes áreas de ambos países y diplomáticos.

A ministra Tereza Cristina listou entre as prioridades da cooperação com a Guiana o combate regional à mosca da carambola, o aprofundamento dos acordos de complementação econômica entre os dois países e a emissão de um certificado sanitário internacional que permitiria ao Brasil retomar as exportações de carnes ao país do Norte do Sul América.

Na área comercial, além de importar arroz, o Brasil poderia importar castanha de caju, limão, mandioca, suco de limão, suco de caju, soja e amendoim da Guiana, e exportar óleo de soja, açúcar, chocolates, outros doces e ração.

“Foi uma reunião em que o IICA voltou a exercer sua condição de instituição ponte, unindo países, contribuindo para a construção de bens públicos supranacionais, e como resultado foram identificados uma série de temas que darão origem a uma agenda de cooperação binacional”, afirmou Otero.

O diretor-geral do IICA também destacou três aspectos que unem o Brasil e a Guiana: “Uma enorme fronteira de 1.600 quilômetros, o fato de ambas, em sua escala, serem potências agrícolas, e ambas compartilharem a identidade amazônica. O papel do IICA é transformar esta reunião, por meio de seus representantes, em uma agenda de cooperação técnica para países, instituições e agricultura ”.

A reunião contou com a presença dos representantes do IICA no Brasil e da Guiana, Gabriel Delgado e Wilmot Garnett, e do Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, além de autoridades de diferentes áreas dos dois países e diplomatas. 

Mais informação:
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comunicacion.institucional@iica.int

 

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