O Diretor-Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, reuniu-se com altas autoridades do Governo do Brasil para promover novos projetos. Foi recebido pelos Ministros do Desenvolvimento Regional e da Cidadania e pelo Secretário Executivo da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Brasília, 26 de fevereiro (IICA). O Diretor-Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, reuniu-se em Brasília com altos funcionários do novo Governo do Brasil, com os quais tratou da implementação no país de novos projetos inovadores e destacou as capacidades técnicas do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural.
Em uma ampla agenda na capital brasileira, Otero conversou com o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, sobre a expansão da cooperação do IICA na segurança de barragens de propriedade estatal, um tema atualmente sensível na agenda brasileira.
O Ministério do Desenvolvimento Regional e o IICA lançaram, recentemente, o Plano de Ações Estratégicas para a Reabilitação de Barragens na União (Planerb), que incluiu estudos durante dois anos em que foram percorridos 35 mil quilômetros para avaliar 139 barragens em 14 estados brasileiros, gerando relevantes resultados.
“O Planerb foi lançado em um momento muito importante, contendo um diagnóstico preciso, especialmente no que diz respeito às mudanças necessárias na classificação de risco das barragens. Precisamos dar mais passos nesse tema, principalmente na capacitação, e a parceria com o IICA nos ajudará muito”, disse o ministro Canuto.
Otero também se reuniu com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, com quem discutiu a participação do IICA em programas de fortalecimento da nutrição infantil no meio rural e em outros projetos relacionados à segurança alimentar.
O Diretor-Geral do IICA visitou ainda o Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Marcos Montes. Com o MAPA, o IICA possui seis projetos de cooperação técnica relacionados a temas como defesa agrícola, fortalecimento e competitividade do agronegócio e estímulo à agricultura familiar. Otero também foi recebido pelo Embaixador Orlando Leite Ribeiro, secretário de Relações Internacionais do MAPA.
“A visita teve o objetivo de conhecer os novos gestores do MAPA e mostrar a intenção de aperfeiçoar projetos em andamento, além de estabelecer novos acordos em outras áreas, como pesca e meteorologia”, disse Otero. “Temos com este Ministério projetos na área de cooperativismo, defesa agrícola, modernização, que estão muito avançados. E gostaríamos de falar sobre novas oportunidades e desafios conjuntos. Nosso objetivo é fazer as melhores contribuições, sempre visando o desenvolvimento rural do Brasil”, acrescentou.
Entre as propostas em discussão está o reforço aos serviços sanitários de países vizinhos ao Brasil para prevenir problemas como a mosca da carambola, por exemplo.
Marcos Montes destacou a importância histórica do IICA e ressaltou que o MAPA pretende ampliar suas alianças com o Instituto. “O IICA já é reconhecidamente um Instituto que presta um serviço social duplamente relevante, que tem grandes parcerias com o Ministério da Agricultura e nós queremos perpetuar isso, evidentemente, de acordo com a filosofia que a ministra (da Agricultura) Tereza Cristina está implementado aqui”, disse Montes.
Otero também se encontrou com o presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas, com quem assinou um protocolo de entendimentos que permitirá que ações de apoio à produção agropecuária, segurança alimentar e promoção socioeconômica de produtores rurais.
O tema da grave situação política, econômica e social da Venezuela também esteve na agenda de reuniões de Otero no Brasil, nas quais o IICA reforçou sua posição de contribuir decisivamente para a reconstrução das cadeias agroalimentares do país caribenho, uma necessidade e uma demanda maciça da população venezuelana.
“O IICA é um organismo técnico e não político, mas não pode permanecer indiferente à situação preocupante da Venezuela, onde a população sofre com a escassez de alimentos e onde praticamente tudo o que é consumido é importado porque os produtores foram expropriados ou sofrem penosas condições para produzir, o que se reflete nos dados de produção, que registram perdas muito fortes”, concluiu Otero.
Mais informação:
Carolina Fleury – Assessora de Comunicação do IICA Brasil.
carolina.fleury@iica.int
