Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Desenvolvimento rural

Mandioca fortificada do Brasil em Países da América Latina e Caribe

Tiempo de lectura: 3 mins.

IICA está em diálogo com Embrapa sobre a possibilidade de transferência de espécies brasileiras com mais nutrientes para outros países.

Brasília, 8 de julho de 2019 (IICA) – Especialistas do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e do Programa Cooperativo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Agrícola para os Trópicos Sul-americanos (PROCITROPICOS) estiveram neste mês de julho no Estado da Bahia na unidade de Mandioca e Fruticultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para conhecer as variedades de mandioca desenvolvidas no local.  

Fachada da Embrapa Mandioca em Cruz das Almas (BA).

“Temos no Brasil materiais de mandioca que são superiores aos que existem nas fazendas, principalmente na América Latina e no Caribe, e que estão aqui na Embrapa. Essas mandiocas amarelas e rosas são biofortificadas, ou seja, elas têm maior quantidade de nutrientes do que, normalmente, têm as variedades comuns. Os mais importantes são o betacaroteno, como tem na cenoura, presente nas amarelas, e licopeno, que tem nas mandiocas rosas”, explica Jamil Macedo, Secretário Executivo do Programa Cooperativo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Agrícola para os Trópicos Sul-americanos (PROCITROPICOS).

A pedido da sede central do IICA, a representação brasileira está verificando como viabilizar a transferência deste alimento para outros países das Américas que necessitam de reforço na alimentação, em especial no fornecimento de alimentos nas escolas.

O Brasil é signatário do Tratado Internacional de Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e Agricultura (TIRFAA), vinculado à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o qual consta uma lista de materiais que tem o intercâmbio facilitado e a mandioca é um deles. Este intercâmbio se dará por meio de um Acordo de Transferência de Materiais (ATM), no qual se estabelecem quais materiais poderão ser exportados. De acordo com os especialistas do IICA, a Embrapa se colocou de forma favorável à concretização do acordo.

Ainda precisam ser definidos quais países membros do IICA e quais instituições, a eles vinculados, terão interesse em receber a mandioca fortificada de origem brasileira para reforçarem sua oferta de alimentos saudáveis

“São materiais que poderiam ser utilizados com muito sucesso na alimentação em geral, mas, principalmente na alimentação escolar, por exemplo, porque têm componentes importantes para a saúde, principalmente para crianças”, acrescentou Macedo.

“De 2016 a 20018, a Embrapa Mandioca fez 78 missões internacionais, sendo que 45% para África e 33% nas Américas. Dessas, a cultura da mandioca representa 54% dessas missões”, destacou o Ponto Focal de Projetos para a Regional Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) do IICA, Christian Fischer.

Feira de Santana

Ainda na missão ao estado baiano, os especialistas foram recebidos por autoridades locais e pelo prefeito do município de Feira de Santana, Colbert Martins Filho. A cidade fica próximo à unidade de Cruz das Almas, da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Na reunião, foi manifestado o interesse da Embrapa em fazer algum plano de trabalho com o governo municipal em temas prioritários como pecuária de corte e de leite, irrigação, caprinocultura, piscicultura, assistência técnica ao produtor e crédito.

O IICA se colocou à disposição para oferecer uma cooperação técnica na futura ação local que será coordenada pela Embrapa.

Mais informações: 

Christian Fischer, Ponto Focal de Projetos para a Regional Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) do IICA

christian.fischer@iica.int

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