Reafirmaram a importância da constituição de parcerias para avançar para sistemas agroalimentares mais resilientes, saudáveis, sustentáveis e equitativos, com ênfase na relevância da ciência, da tecnologia e da inovação para alcançar esses objetivos.
Cidade do México, 18 de fevereiro de 2022 (IICA) — Peritos e autoridades públicas e de organismos internacionais expuseram no foro “Transformando os sistemas agroalimentares no México — Agricultura regenerativa”, um espaço em que se criaram e propuseram ideias para a melhoria dos sistemas produtivos do país e se debateram desafios em torno da agricultura regenerativa.
No espaço, também, a empresa líder em inovação agrícola Syngenta e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) reafirmaram a importância da constituição de parcerias para avançar para sistemas agroalimentares mais resilientes, saudáveis, sustentáveis e equitativos, com ênfase na relevância da ciência, da tecnologia e da inovação para alcançar esses objetivos.
“A produção de alimentos deve caminhar lado a lado com uma agricultura intensiva em conhecimentos, climática e nutricionalmente inteligente e socialmente responsável, bem como as políticas públicas devem contribuir para empoderar os agricultores e promover a prosperidade dos territórios rurais”, disse Manuel Otero, Diretor Geral do IICA.
O médico veterinário de nacionalidade argentina ressaltou também o papel da ciência e da inovação como motores de mudança para fortalecer uma relação sinérgica com o meio ambiente e destacou a importância do trabalho coordenado entre instituições públicas e privadas para a busca de soluções aos desafios enfrentados pelo setor agroalimentar.
Javier Valdés, Diretor Geral da Syngenta para a América Latina Norte, mencionou o enorme desafio que implica produzir mais alimentos cuidando do meio ambiente e destacou o projeto “The Good Growth Plan” de agricultura sustentável para chegar a mais produtores e trabalhar com eles em uma agricultura regenerativa.
“Para alcançar uma verdadeira transformação positiva das cadeias alimentares no México, é necessário trabalhar de forma sustentável, colocando o produtor como parte fundamental, cuidando do meio ambiente e construindo parcerias estratégicas com instituições e o governo para alcançar o sucesso”, destacou.
Por sua vez, o professor Rattan Lal, Diretor do Centro de Gestão e Sequestro de Carbono da Universidade do Estado de Ohio (C-MASC), destacou que a agricultura é o motor de desenvolvimento econômico e enfatizou que, sem um cuidado dos solos, a capacidade dos países de responder às necessidades de alimentação será afetada.
“A agricultura regenerativa permitirá produzir alimentos adequados e nutritivos e restaurar ecossistemas deteriorados pela atividade humana”, disse o laureado cientista, também Embaixador da Boa Vontade do IICA.
Os princípios fundamentais da agricultura regenerativa, ressaltou Lal, estão relacionados à conservação dos recursos, à gestão integrada de nutrientes e à integração da agricultura com as florestas e a pecuária, entre outros aspectos.
Natalhie Campos, Gerente de Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia de Segurança Alimentar Mexicana (SEGALMEX), destacou a importância de avançar para a segurança alimentar e a nutrição mediante programas de apoio a pequenos produtores, bem como garantir a coleta e a distribuição eficiente de alimentos básicos, para propiciar o bem-estar das comunidades mais vulneráveis do país.
Explicou também os programas com os quais a SEGALMEX conta para esse fim, como os preços de garantia e de abastecimento rural (PAR), o Abastecimento social de leite (PASL), o Programa de aquisição de leite nacional e o Programa de abastecimento social de leite, entre outros.
“O desafio é ter uma estratégia de educação nutricional para a cadeia alimentar, transformar os alimentos e transportá-los adequadamente para apoiar as comunidades mais vulneráveis do país”, disse.
O Representante do IICA no México, Diego Montenegro, leu as conclusões do foro, entre as quais destacou a necessidade de dispor de práticas saudáveis e sustentáveis na produção de alimentos, a agricultura baseada na ciência com inclusão social, indústrias limpas, o uso da bioeconomia, a regeneração de solos, o acesso a alimentos saudáveis e nutritivos e a sustentabilidade ambiental, entre outros.
Espera-se que essas conclusões orientem a geração de novas soluções, em conjunto com peritos e produtores.
O IICA e a Syngenta têm uma parceria para executar ações focadas em aumentar a produtividade dos agricultores com um enfoque sustentável e proteger a segurança alimentar na América Latina e no Caribe. Trabalham na validação de tecnologias agrícolas de vanguarda, no desenvolvimento de cursos virtuais, na agricultura digital e de precisão e na capacitação.
Mais informações:
Diego Montenegro, Representante do IICA no México