Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Ministro da Agricultura do Uruguai, Fernando Mattos, apela em foro global para que o mundo desenvolvido compense os países da região pelas perdas geradas pela mudança do clima

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El ministro de Ganadería, Agricultura y Pesca de Uruguay, Fernando Mattos, advirtió que los países desarrollados, como máximos responsables históricos del cambio climático, deben compensar a los países en desarrollo que sufren el impacto de los fenómenos climáticos extremos.

Primera

 

Berlim, Alemanha, 23 de janeiro de 2024 (IICA) – O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Mattos, defendeu que os países desenvolvidos, como os maiores responsáveis históricos pela mudança do clima, devem compensar os países em desenvolvimento que sofrem o impacto dos fenômenos climáticos extremos.

“Pleiteamos que se deve cumprir o compromisso estabelecido há muitos anos, pelo qual os países desenvolvidos devem aportar os recursos necessários para compensar os países em desenvolvimento que sofrem os impactos da variabilidade climática em sua produção agropecuária”, disse Mattos em Berlim, onde participou com outros ministros latino-americanos do Foro Global para a Alimentação e a Agricultura (GFFA), importante conferência sobre políticas agropecuárias organizada pelo governo alemão que convocou cerca de 200 altos funcionários de todo o mundo.

“O impacto da mudança do clima também gera instabilidade sob o ponto de vista econômico, social e até político em alguns casos”, acrescentou Mattos, que valorizou a presença no Fórum do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) como articulador da voz e dos interesses da região nos cenários internacionais.

Mattos, que preside a Junta Interamericana da Agricultura (JIA), principal órgão de governo do IICA integrada pelos ministros da Agricultura das Américas, observou a importância da presença regional no encontro convocado na Alemanha.

“O papel do IICA é muito importante. É um organismo que reúne 34 países membros, de um continente muito importante para a produção mundial de alimentos. Quase um quarto dos alimentos vem de nosso continente e, portanto, é fundamental que o organismo que nos congrega possa estar presente em um foro desta transcendência”, disse.

Ambiente e produtividade

“A relevância deste foro fica clara pela presença de mais de 65 ministros da agricultura, autoridades e organismos internacionais, o que permite não somente discutir-se o papel do setor agropecuário na segurança alimentar e os temas de meio ambiente e produtividade, mas também pensar como enfrentarmos os desafios de uma produção cada vez mais sujeita aos riscos da variabilidade climática”, acrescentou Mattos.

O ministro uruguaio alertou que os recursos para a adaptação à mudança do clima do setor agrícola nos países em desenvolvimento são necessários, não somente porque o setor é avalista da segurança alimentar, mas também porque é essencial em um mundo que hoje sofre com as correntes migratórias cada vez mais fortes em todos os continentes.

“O desarraigamento da terra tem uma explicação, e é que cada vez fica mais difícil a produção em função das condições climáticas extremas. São questões não apenas de quebras produtivas, pois também existem problemas de natureza sanitária, pragas, doenças ou ervas daninhas que, em função da mudança do clima, ganham uma repercussão importante”, acrescentou Mattos.

Neste sentido, advertiu, é imprescindível dotar de recursos a ciência e a pesquisa para se obter respostas produtivas por meio de novas tecnologias que permitam enfrentar os problemas e gerar a estabilidade necessária de que os países e os produtores mais vulneráveis precisam diante da mudança do clima.

Em Berlim, Mattos também se referiu à importância do comércio internacional de alimentos fluidos e sem barreiras protecionistas para a segurança alimentar: “Outro aspecto que quisemos colocar na mesa de discussão e que muitos países pretendem evitar é o comércio livre. O protecionismo é crescente nesta realidade de instabilidade política, com guerras na Europa e no Oriente Médio, que geram dificuldades muito importantes nas cadeias de suprimentos. Portanto, a liberdade comercial está realmente ameaçada, porque cada vez mais se colocam barreiras difíceis de superar, aumentando as dificuldades para os países exportadores de alimentos”.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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