Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

As nações do Caribe avançam rumo ao objetivo de reduzir 25% das importações de alimentos até 2025, revelou o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, em coletiva de imprensa na sede do IICA

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O presidente da República Cooperativa de Guiana, Mohamed Irfaan Ali, disse que o seu país e o resto das nações do Caribe estão avançando de forma firme para atingir o objetivo que se propuseram de reduzir suas milionárias importações de alimentos 25% até 2025.

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São José, 3 de outubro de 2023 (IICA) – O presidente da República Cooperativa de Guiana, Mohamed Irfaan Ali, disse que o seu país e o resto das nações do Caribe estão avançando de forma firme para atingir o objetivo que se propuseram de reduzir suas milionárias importações de alimentos 25% até 2025.

“A tarefa requer esforço, compromisso, coordenação de políticas e acesso à capital para derrubar barreiras que obstaculizam o acesso a novas tecnologias e nos permitam alcançar resiliência e sustentabilidade na nossa produção de alimentos. Estamos progredindo constantemente nessa direção”, disse Ali em uma coletiva de imprensa na sede central do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), na Costa Rica.

O Chefe de Estado chegou a este país da América Central para ser um dos oradores na abertura da Conferência de Ministros da Agricultura 2023, que é organizada pelo IICA e continuará até quinta-feira 5 de outubro.  Durante o encontro em que se procuram consensos para fortalecer a produção agropecuária e a segurança alimentar regional em harmonia com o meio-ambiente, participam também o presidente do Panamá, um Laureado com o Prêmio Nobel de Economia, um Prêmio Mundial de Alimentação, ministros de uns 32 países, representantes do setor privado e líderes rurais do continente. 

Ali, que é Chefe de Governo com responsabilidade em Agricultura e Segurança Alimentar na Comunidade do Caribe (CARICOM), deu detalhes de um projeto de cooperação Sul-Sul que a Guiana tem encaminhado com o estado de Roraima, do norte do Brasil, com a intenção de estabelecer um centro regional (hub) de distribuição de alimentos, que cumprirá um papel transcendente no abastecimento da região e promoverá investimentos por centos de milhões de dólares do setor privado.  Algumas delas já estão em desenvolvimento, em setores como aquacultura e produção de laticínios e vegetais.

“Vemos o Brasil como um importante sócio para ajudar, principalmente a Roraima, e por isso começamos já uma forte cooperação entre a Guiana e esse estado, que envolve e beneficia todos os países da CARICOM”, assegurou. 

Ali também enfatizou o papel da tarefa de cooperação técnica do IICA para a segurança alimentar da Guiana e outras nações do Caribe. “O IICA colabora com recursos técnicos, importantes contribuições financeiras e ciência e tecnologia para apoiar a agricultura na região e construir resiliência e sustentabilidade”.

Nesse sentido, considerou que o organismo de desenvolvimento agrícola e bem-estar rural do Sistema Interamericano tem uma importante responsabilidade no continente, que é ser a ponte que permite fechar a brecha de desigualdade existente entre os países com acesso a tecnologias para a agricultura, recursos e capacidades humanas. 

O Chefe de Governo sinalizou também que a agricultura não é somente produção de alimentos: “Para nós é também uma atividade econômica, que deve ser capaz de ser competitiva, rentável e ter sentido para o setor privado e ser atraente para as mulheres e para os jovens. Temos que posicionar a agricultura nessa linha”, indicou.

Revelou também que a Guiana está avançando no objetivo de que 35% dos estabelecimentos agropecuários estejam encabeçados por mulheres e jovens e está realizando um forte trabalho de formação em novas tecnologias para as comunidades indígenas. “Até há poucos anos”, sinalizou, “as crianças indígenas passavam a metade do dia caçando ou pescando para conseguir comida. Agora isso está mudando”.

O presidente disse que o objetivo da Guiana é ser um país rico na produção de alimentos e que isso inclui o valor nutricional de alimentos e o cuidado do meio-ambiente na produção.

“Vamos participar”, antecipou, “em todas os debates sobre a segurança alimentar e também estaremos nas mesas onde se discuta a energia e a mudança climática. A Guiana tem a taxa mais baixa de deflorestação do mundo e contamos com bosques da superfície da Inglaterra e Escócia combinadas, que armazenam grandes quantidades de carbono.”

O Chefe de Estado da Guiana assegurou que hoje no mundo existe um grande interesse em seu país devido aos grande descobrimentos de óleo e gás que foram feitos nos últimos anos e já estão em exploração.

“Hoje estamos nos planos de todos os investidores sérios e na boca dos jornalistas e os elaboradores de políticas. Por esse interesse que existe na Guiana temos acesso aos meios e isso ajuda o nosso ecoturismo, a nossa estratégia climática e a nossa estratégia de desenvolvimento baixa em carbono. Mas a Guiana sempre cuidou dos seus bosques para o benefício de toda a humanidade, porém essa história não era contada. Hoje é o mesmo país, mas tem mais visibilidade”, concluiu. 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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