O novo convênio entre as duas instituições, com a duração de quatro anos, foi assinado na Décima Segunda Assembleia Ordinária Anual da CIAO
Buenos Aires, 8 de novembro de 2021 (IICA). O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) continuará trabalhando para o fortalecimento da agricultura orgânica, setor que ganhou visibilidade no continente durante a pandemia da Covid-19 a partir do interesse crescente de produtores e consumidores.
O Instituto assinou um convênio com a Comissão Interamericana de Agricultura Orgânica (CIAO), o qual permitirá a continuidade das ações conjuntas e a estrutura jurídica para o cumprimento dos objetivos no período 2021-2025. Assim, as duas instituições continuarão executando tarefas de cooperação técnica em favor do desenvolvimento e da regulamentação da agricultura orgânica nos países membros.
A CIAO foi criada em 2008 pelos Ministros da Agricultura das Américas, por intermédio do IICA, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento da atividade orgânica nos países do hemisfério e facilitar o comércio dos seus produtos.
Algumas das suas funções são registrar e auditar produtores, processadores, comercializadores, fabricantes de insumos e agências fiscalizadoras e certificadoras; cuidar das estatísticas da atividade; e propor modificações às normas de produção orgânica.
O novo convênio entre as duas instituições, com a duração de quatro anos, foi assinado na Décima Segunda Assembleia Ordinária Anual da CIAO. O encontro foi virtual e teve o apoio dos principais organismos internacionais da agricultura orgânica e das autoridades competentes de controle e fomento de 17 países da CIAO: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Também participaram autoridades da Espanha e Portugal, na condição de Membros Observadores.
“No contexto atual da pandemia, os consumidores estão exigindo, além de mais produtos saudáveis, nutritivos e inócuos, uma produção ambientalmente sustentável, e a agricultura orgânica oferece exatamente isso”, disse Rommel Betancourt, Presidente da CIAO, na abertura da assembleia.
“A CIAO conseguiu tirar proveito dos desafios da pandemia, o que nos permitiu trabalhar com toda a comunidade nos nossos países, realizando cursos e capacitações que alcançaram 100 mil pessoas nas redes sociais”, acrescentou.
Da abertura também participaram Enrique Manzo Fajardo, Vice-Ministro de Desenvolvimento Produtivo Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária do Equador, e Bettina Aguilera Paniagua, Vice-Ministra da Agricultura do Paraguai.
Manzo Fajardo observou que a produção orgânica atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pois impacta positivamente a economia dos países e o seu meio ambiente, enquanto Aguilera Paniagua destacou a necessidade de se elaborar um plano de desenvolvimento de longo prazo que tenha efeitos positivos sobre produtores e consumidores.
No encerramento, o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, observou que, na pandemia, a agricultura orgânica cobrou uma papel mais ativo da consciência dos consumidores, o que se refletiu no aumento de quase 20% de crescimento na região só em 2020.
“Por isso, nós nos sentimos orgulhosos do papel da CIAO no fortalecimento da institucionalidade em um tema tão importante para o futuro dos nossos países”, disse Otero.
“A agricultura orgânica”, acrescentou, tem demonstrado os benefícios e as contribuições desses sistemas de produção como parte da solução dos principais desafios propostos pelo cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.
O Diretor Geral do IICA destacou a relevância das contribuições da CIAO no nível hemisférico no âmbito do programa “Solos Vivos das Américas”, implementado pelo IICA com a Universidade de Ohio e o professor Rattan Lal, considerado a maior autoridade mundial em ciências do solo.
Otero reafirmou, ao concluir, o compromisso do IICA de continuar trabalhando com a CIAO pelo crescimento da agricultura orgânica tanto na produção como na promoção do comércio local, regional e internacional dos seus produtos.
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