Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Desenvolvimento sustentável Recursos Naturais

O potencial sustentável do bambu

Tiempo de lectura: 3 mins.

IICA realiza Momento de Intercâmbio para apoiar o debate sobre a cadeia produtiva do bambu.

Do bambu apresenta 252 espécies nativas no Brasil e já é cultivada com fins comerciais em alguns estados, ou utilizada para recuperação de áreas degradadas.

O potencial do bambu como alternativa para contribuir com a sustentabilidade no tripé social, ambiental e do comércio mais justo foi tema de debate entre pesquisadores e produtores brasileiros e internacionais, e membros de governos estaduais e Federal e representantes do Corpo Diplomático. “Bambu – uma alternativa sustentável para as Américas” foi o tema do 21º Momento de Intercâmbio, realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em parceria com a Associação dos Produtores de Bambu (Aprobambu).

Ao dar abertura aos trabalhos. O representante do IICA no Brasil, Hernán Chiriboga, salientou que o objetivo da instituição, ao facilitar o debate que visa ao fortalecimento da cadeia produtiva do bambu, é colaborar para a sensibilização quanto ao recurso que tem grande potencial para o setor rural das Américas.

O IICA, com seus 34 escritórios tem capacidade técnica para apoiar o desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu, que é “uma alternativa de produção sustentável do ponto de vista ecológico, social e, ainda, é uma oportunidade de desenvolvimento rural desde agricultores familiares ao agronegócio”, salientou.

Guilherme Korte, presidente da Aprobambu, fez uma apresentação sobre o potencial do plantio e do aproveitamento do bambu, gramínea que apresenta 252 espécies nativas no Brasil e já é cultivada com fins comerciais em alguns estados, ou utilizada para recuperação de áreas degradadas.

Com potencial de utilização que vai desde a geração de energia (biomassa), até a construção civil, passando por mobiliário, indústria de papel ao artesanato, o bambu ainda não tem uma cadeia produtiva organizada no País. Para que tal aconteça, Korte salienta ser necessário o mapeamento das áreas de ocorrência do bambu e suas espécies; a sistematização do manejo, tratamento e plantio de cada espécie e a instituição de linhas de crédito para plantio, manejo e industrialização.

Experiência internacional
Paulina Soria, representante do Equador e coordenadora da Rede Internacional de Bambu e Ratan (Inbar), que congrega 41 países das Américas, África, Ásia e Oceania, salientou em sua apresentação o bambu como alternativa de proteção ao meio ambiente, à biodiversidade, à redução da pobreza e comércio justo.

A gramínea, que tem produção mais rápida, se comparada à madeira, tem características nos processos de plantio e utilização que permitem a execução por parte de pequenas comunidades rurais, afirmou Paulina, dando como exemplo experiências da Guatemala, Colômbia e Peru no que se refere à habitação social.

A coordenadora do Inbar diz que o bambu tem o potencial de ser “uma ponte” nos países da Américas, a partir da construção de mecanismos de produção e comércio sustentáveis. Os grandes desafios para o aproveitamento do recurso, para ela, são o fortalecimento das capacidades locais, desenvolver tecnologias, combinar matérias primas pra diversificar o uso, incentivas pesquisa e inovação e posicionar-se como setor.

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