Diana Carolina Urquía García, uma jovem de 19 anos do município de Santa Maria, La Paz (Honduras), tem melhorado seus conhecimentos sobre o cultivo de café graças às capacitações do Programa Centro-Americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA).
Santa Maria, Honduras, 27 de maio de 2021 (IICA). Desde menina, Diana Carolina Urquía García ajudava seus pais nos trabalhos cotidianos da produção de café, no município hondurenho de Santa Maria, La Paz. Agora, com 19 anos, tem melhorado seus conhecimentos sobre o cultivo graças às capacitações do Programa Centro-Americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA).
É formada pelo Instituto Técnico Polivalente San José de Cupertino, uma das instituições educacionais que recebeu apoio do PROCAGICA na instalação de viveiros para a produção de mudas de café resistentes à ferrugem.
“Com o programa fizemos dois viveiros, no primeiro plantamos 25 mil pés de café e no segundo, 60 mil. Com isso geramos ganhos para o colégio e ganhos de 30% para nós, que investimos em tours de aprendizado para o grupo de estudantes para assim ampliar o nosso horizonte de conhecimentos”, afirmou Urquía.
“Fui capacitada pelo programa na produção hortícola, a fim de diversificar as propriedades de café e, assim, os produtores aumentarem suas receitas”, disse.
Graças às capacitações oferecidas pelo programa aos estudantes, foi feito o plantio de verduras e hortaliças, foram instaladas hortas escolares e a comercialização da colheita nas escolas foi facilitada, o que criou um mercado e uma oferta diversificada de produtos.
A jovem contou que quando iniciou o processo de ensino com o PROCAGICA, “nos levaram para conhecer os cultivos com nossos próprios olhos, para podermos vê-los e tocá-los. Trabalhamos muito quanto ao problema da ferrugem nos cafezais, como poder identificá-la, procurando soluções”.
“Depois de que a ferrugem afetou totalmente uma propriedade, tivemos que diversificar com outros cultivos, como o mocambo (um tipo de chuchu) e árvores frutíferas como laranjas, limões e laranjas-azedas, além de mandioca, feijão, rábano, coentro e plantas florais, entre outras”, acrescentou.
Um novo empreendimento
Diana Carolina Urquía manifestou que, na escola onde estudou, foi feita uma sociedade com os pais das famílias, que se converteram em fornecedores de verduras, e se criou um mercado, mas era difícil encontrar legumes como os mocambos, pois não havia muito plantio no setor e não se supria a demanda nesse mercado.
“Decidimos entrar no plantio de mocambos, essa foi uma boa opção, uma vez que, com as escolas, tínhamos mercado. Com o PROCAGICA aprendemos como manejar o mercado com diferentes perfis de negócios. Depois, começamos a criar galinhas poedeiras, vendemos ovos, esse negócio favoreceu muita gente em tempos de pandemia, uma vez que ajudou a suprir muitas famílias com alimentos”, afirmou a empreendedora hondurenha.
O negócio familiar de mocambos permite levar a colheita ao mercado semanalmente ou a cada quinze dias. Agora, ela e a sua família vendem a maior parte na comunidade, uma vez que, por causa da pandemia, não há aulas presenciais e o mercado de produtos não foi habilitado na escola.
A jovem enfatizou que a venda de mocambos permitiu continuar seus estudos na carreira de Medicina Veterinária na Universidade Nacional de Agricultura (UNA), localizada no Departamento de Olancho, e ajuda a sua família a diversificar a propriedade com outros produtos alimentares, como mandioca e inhame, bem como árvores frutíferas, como laranja, limão e laranja-azeda, além de ter galinhas poedeiras
Diana Carolina se transformou em um claro exemplo para a juventude nas áreas de incidência do PROCAGICA.
O PROCAGICA é promovido pela União Europeia (UE) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) nos municípios de Marcala, Chinacla, Santa Maria e São José, no departamento de La Paz, Honduras.
A implementação dos sistemas agroflorestais promovidos pelo programa contribui para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, bem como à remoção de carbono, facilitando também a adaptação aos impactos da mudança e da variabilidade climática na região.
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