Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Sanidade agropecuária

A Organização Mundial da Saúde Animal, organismo-chave para a segurança alimentar global, poderá ter seu primeiro Diretor Geral latino-americano

Tiempo de lectura: 3 mins.

Trata-se do veterinário argentino Luis Barcos, que foi apresentado como candidato à direção do organismo pelo governo da Argentina com o apoio regional. A eleição será realizada pelos delegados dos países em maio próximo.

Luis Barcos tiene una amplia experiencia en el campo de la sanidad animal, ya que es desde hace 20 años el Representante Regional para las Américas en la OMSA. En Berlín, compartió encuentros con el Director General del IICA, Manuel Otero, con quien intercambió ideas e información en torno a la realización de una reunión regional sobre salud animal.

São José, 26 de janeiro de 2024 (IICA) – O veterinário argentino Luis Barcos poderá ser o primeiro latino-americano a dirigir a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), entidade fundada em 1924 e que tem sede em Paris.

Barcos tem ampla experiência no campo da sanidade animal, uma vez que há 20 anos é o Representante Regional para as Américas na OMSA e foi apresentado como candidato à direção do organismo pelo governo argentino com o apoio regional. A eleição será realizada pelos delegados dos países em maio próximo.

“Quero ser o Diretor Geral desta organização porque tenho a convicção de que posso contribuir enormemente para seus objetivos, que são facilitar o comércio e aumentar a solidariedade entre os países”, explicou Barcos ao participar da chamada Semana Verde, em cujo âmbito se realizou o Fórum Global sobre Agricultura e Alimentação, prestigiosa conferência convocada pelo governo alemão, da qual o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) participou com um grupo de ministros da região.

“Trata-se – pontualizou – de ajudar os países que precisam melhorar as capacidades de seus serviços veterinários na prevenção, no controle e no tratamento de doenças. Isso facilita o comércio seguro e com uma visão muito integrada, que leva em conta a diversidade de sistemas produtivos e a diversidade social, econômica e cultural dos países”.

As doenças dos animais supõem uma ameaça para a segurança alimentar e o crescimento econômico, pelo que a comunidade mundial deve enfrentá-las de forma coordenada, por meio da OMSA.

A organização e seus membros coordenam unidos a resposta mundial às emergências zoossanitárias, a prevenção e o controle das doenças animais, incluídas as zoonoses, a promoção da sanidade e o bem-estar dos animais e a melhoria do acesso ao atendimento sanitário.

A missão e a visão da OMSA são o exercício da liderança na governança sanitária mundial.

Em Berlim, Barcos participou de encontros com o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, com quem trocou ideias e informações sobre a realização de uma reunião regional sobre saúde animal.

No âmbito das decisões adotadas na última reunião dos ministros da agricultura das Américas, o Diretor Geral do IICA, com o governo do Paraguai, tem o mandato de realizar essa cúpula regional da saúde animal em abril, na qual se ratificaria o apoio à candidatura de Barcos.
 
Realidades diferentes
 
Barcos afirmou que as realidades dos diversos países exigem respostas diferenciadas.
 
“A situação de países da África, da América, da Ásia e do Oriente Médio na produção é totalmente diferente. Há países que têm sua pegada ou seu desejo de ser exportadores, e outros países, que não. Entre os países exportadores há produtores que produzem para o mercado local ou para seus vizinhos, e na elaboração de normas é preciso levar em conta essas realidades. Não se pode fazer normas que sejam restritivas do comércio ou prejudiquem os países em desenvolvimento, que são a maioria dos países do mundo”, explicou.

“Naturalmente – continuou – é preciso aplicar a ciência, que avaliza a segurança do comércio graças à prevenção e ao controle de doenças. Estes são alguns de meus objetivos se for eleito Diretor Geral.”

Barcos disse que os 183 países membros da OMSA votam na eleição e que sua candidatura é apoiada por todos os países da América Latina.

O perito revelou que teve conversas muito positivas com delegados africanos em Berlim. “Eles veem com muito bons olhos a possibilidade de que, depois de 100 anos de diretores gerais franceses, haja uma alternância na organização. Temos falado aqui inclusive com países da Europa e da Ásia que realmente se surpreenderam com essa candidatura. Inclusive alguns acreditavam que o diretor geral tinha que ser sempre francês. Não é assim: pode ser de qualquer país do mundo, e espero que todos os países do mundo me apoiem”, afirmou.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

 

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