Isso aconteceu durante uma reunião da Comissão Consultiva Especial de Assuntos Gerenciais (CCEAG) do IICA, em que funcionários dos ministérios da agricultura de diversas nações do continente clamaram por um maior trabalho conjunto para enfrentar os desafios enfrentados pela humanidade, ressaltando o papel decisivo das Américas no suporte à segurança alimentar mundial e para a conservação dos recursos naturais.
SÃO JOSÉ, 28 de abril de 2023 (IICA) — Países das Américas apoiaram a tarefa do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em seu trabalho de cooperação técnica e ressaltaram o seu apoio a produtores familiares — com ênfase no papel das mulheres e da juventude —, na aposta pela ciência e inovação e na valorização do papel da agricultura como parte da solução para a mudança do clima.
Isso aconteceu durante uma reunião da Comissão Consultiva Especial de Assuntos Gerenciais (CCEAG) do IICA, em que funcionários dos ministérios da agricultura de diversas nações do continente clamaram por um maior trabalho conjunto para enfrentar os desafios enfrentados pela humanidade, ressaltando o papel decisivo das Américas no suporte à segurança alimentar mundial e para a conservação dos recursos naturais.
Participaram Ariel Martínez, Subsecretário de Coordenação Política do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina; Roberto Perosa, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil; Daryl Nearing, Subdiretor, e Aleksandar Jotanovic, Oficial Sênior de Assuntos Multilaterais, ambos do Ministério da Agricultura e Agroalimentação do Canadá; Donald Willar, Encarregado de Assuntos Multilaterais de Serviço Exterior do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA); César Vinicio Arreaga, Vice-Ministro de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério da Agricultura da Guatemala; María de Lourdes Cruz Trinidad, Coordenadora Geral de Assuntos Internacionais da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SADER) do México; Leticia Torres, Diretora Geral de Planejamento do Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai; e Vikash Bhagirath, Coordenador do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do Suriname.
A reunião foi presidida pelo Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, que informou a agenda de prioridades que o organismo tem para o restante do ano.
A Comissão Consultiva tem a função de promover um intercâmbio regular de informações e ideias entre o Diretor Geral do IICA e os Estados membros quanto a iniciativas e assuntos administrativos, financeiros e estratégicos do organismo. Propõe-se ser um canal de diálogo entre o IICA e seus mandantes, os ministérios da Agricultura das Américas.
A Comissão tem nove países membros, seis deles permanentes (Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos, México e Venezuela) e três não permanentes (atualmente, Guatemala, Paraguai e Suriname).
“O nosso compromisso é com o bem-estar dos agricultores, e por isso estamos dispostos a nos esforçar para assegurar o desenvolvimento do IICA”, disse Donald Willar, do USDA. “Agradecemos ao Diretor Geral por sua dedicação para resolver os desafios enfrentados pela agricultura no hemisfério ocidental”, acrescentou.
Alexsandar Jotakovic expressou o apoio do Canadá à tarefa que o IICA vem realizando e ressaltou seu trabalho em prol de um papel mais significativo das mulheres na produção e na vida comunitária das áreas rurais. “Se queremos garantir a disponibilidade de alimentos — disse — devemos apoiar os projetos das mulheres”.
Ariel Martínez, da Argentina, considerou que a atual relação entre mudança do clima e segurança alimentar desafia todos os países para o futuro. “É muito importante que a agricultura das Américas ter estado presente na última Conferência das Nações Unidas de Mudança do Clima (COP27) e devemos nos esforçar para que também esteja na próxima, em Dubai”, afirmou.
“Nossos países precisam de um IICA forte, capaz e inovador diante dos novos desafios que existem na questão agroalimentar”, afirmou, em nome do México, María de Lourdes Cruz, que defendeu que a mudança do clima seja enfrentada com alternativas que assegurem uma produção amigável para com o meio ambiente.
Vinicio Arreaga, por sua vez, disse que a Guatemala considera o trabalho do IICA valioso e convidou o Diretor Geral a seguir pelo mesmo caminho trilhado até o momento.
Em apoio aos produtores
Manuel Otero considerou que, para o IICA, é fundamental receber contribuições e recomendações dos países, para que possa continuar a construir o organismo que os produtores precisam para aprofundar a transformação da agricultura do continente, que tem um papel central no âmbito mundial.
O Diretor Geral explicou que o IICA está redefinindo o seu papel com base em três premissas: o Instituto observa o mundo a partir do continente; trabalha na construção de pontes com o setor público e o setor privado, para estabelecer consensos que mobilizem a ação coletiva; tem suas portas abertas, e, portanto, enfatiza a importância do estabelecimento de parcerias.
“Em um ambiente de crise, precisamos aprofundar a cooperação, tanto no interior do continente como com o restante do mundo. Somos a região exportadora de alimentos mais importante do planeta, e essa tendência se aprofundará no futuro. Somos os avalistas da segurança alimentar e da sustentabilidade ambiental global”, destacou Otero.
O Diretor Geral fez um reexame da tarefa do IICA em busca por consensos com os países das Américas, culminando com os documentos levados pelo continente à Cúpula de Sistemas Alimentares das Nações Unidas, em 2021, e à COP27, no ano passado. Esses consensos ressaltaram o papel indispensável da agricultura e dos agricultores na segurança alimentar mundial.
Nesse sentido, falou sobre os esforços que estão sendo realizados para implantar novamente um pavilhão na COP28, no final de 2023, em Dubai. “Prestaremos apoio aos nossos Estados membros na negociação climática. A agricultura deve ter equipes fortes para defender a importância das transformações agrícolas nos foros de discussão ambiental”, disse Otero.
“Nenhum país pode se salvar sozinho. Precisamos trabalhar cada vez mais juntos, sabendo que a união faz a força. Para mais crises, a resposta deve ser mais cooperação”, finalizou.
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