No webinar organizado pela Associação Mexicana de Produtores de Leite, a Representação do IICA no México destacou a contribuição da atividade pecuária das Américas para a produção de proteína de alto nível nutricional, e a importância de implementar mecanismos de cooperação para adaptar boas práticas que permitam diminuir as emissões de carbono.
Cidade do México, 10 de maio, 2024 (IICA) – As Américas têm um papel estratégico no suprimento de proteínas animais de alto valor, na redução da pobreza rural e na prevenção da mudança climática, destacou Diego Montenegro, Representante no México do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
No webinar “A sustentabilidade da pecuária nas Américas: parte da solução para a mudança climática”, organizado pela Associação Mexicana de Produtores de Leite (AMLAC), Montenegro enfatizou a importância de realizar mais e melhores práticas de gerenciamento sustentável na pecuária para ser mais eficientes na produção e contribuir para reduzir os efeitos da mudança climática.
Considerou que entre as medidas que podem ser adotadas estão o uso de tecnologias inovadoras em genética, nutrição, saúde animal, energias alternativas, biodigestores, gerenciamento hídrico, gerenciamento de solo, reflorestação, uso de biocombustíveis no maquinário, equipamentos e transporte.
Também mencionou que é importante propiciar, estimular e incentivar maior pesquisa e estudos sobre o equilíbrio de carbono na produção de laticínios em diferentes regiões do México e procurar mecanismos de cooperação entre países e produtores para adaptar boas práticas, estratégias e projetos.
“Com a existência de diferentes sistemas de produção, as medições das emissões de gases de efeito estufa (GEE) devem se adequar a cada um”, disse ao considerar que “é possível capturar dúzias de bilhões anuais de toneladas de carbono e metano para gerar resultados finais positivos”.
Montenegro enfatizou que os países devem assumir compromissos para reduzir as emissões de carbono e estar em conformidade com os acordos internacionais.
Também sinalizou que nos sistemas pastoris extensivos somente as emissões do setor primário e predial se deveriam imputar das cadeias de carne e leite e nos sistemas intensivos de produção, diferenciando as emissões derivadas dos combustíveis fósseis (CO2) das emissões bióticas.
Mais informações:
Rocío Campuzano, especialista em Sanidade Agropecuária e Inocuidade de Alimentos do IICA no México.