Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Agricultura Agricultura familiar Competitividade Desenvolvimento rural Desenvolvimento sustentável Inovação

Pequenos produtores da América Central constroem secadoras solares para conservar e melhorar a qualidade do café

Tiempo de lectura: 3 mins.

Em uma rede de 35 produtores líderes da América Central, os quais, na colheita 2019-2020, melhoraram o processamento do café, a qualidade do grão e suas receitas, por um melhor preço de venda, o que representa uma capacidade total de secagem entre 14 e 15 quintais

El modelo estándar de las estructuras tiene 1,20 metros de ancho por 10 largo, con una capacidad total de secado de 14 a 15 quintales.

Tegucigalpa, 17 de março de 2020 (IICA). – Com o objetivo de oferecer uma alternativa de baixo custo e pouco impacto ambiental aos pequenos produtores, o Programa Centro-Americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA) promove o uso de secadoras solares na região para esse grão, uma alterativa que aproveita recursos naturais como a radiação solar e o ar.

Em conformidade com o PROCAGICA, iniciativa implementada pela União Europeia (UE) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) na América Central, a qualidade do café depende, entre outros fatores, da correta escolha de frutos maduros e saudáveis e de boas práticas em seu processamento.

A secagem é uma etapa que requer a maior atenção para diminuir a umidade no grão até chegar ao ideal requerido (10-12%) para conservar o corpo, o sabor e o aroma do café e para evitar a oxidação.

Essa prática não é generalizada entre os pequenos produtores de café, uma vez que geralmente carecem da infraestrutura necessária para a secagem mecânica ou em pátio, o que representa investimentos que não estão a seu alcance.

“Personalizamos o projeto das secadoras solares com os produtores, pois observamos a área de cultivo que possuem e, então, as projetamos. Isso teve uma boa aceitação com produtores, pesquisadores e compradores estrangeiros, ao notar que o grão é tratado com maior cuidado e limpeza”, explicou Oscar Bonilla, técnico auxiliar de extensão do Instituto Hondurenho do Café (IHCAFÉ), que trabalha em Marcala, Honduras, em coordenação com o PROCAGICA.

As estruturas de secagem são de baixo custo e de fácil uso, não requerem muito espaço e podem ser construídas com mão de obra local. O modelo padrão tem 1,20 metro de largura por 10 metros de comprimento, com capacidade para dois toldos ou padiolas e um corredor ao centro, de 70 centímetros, por onde o produtor se move.

Cada padiola ou toldo tem uma capacidade para sete quintais de café, o que representa uma capacidade total de secagem entre 14 e 15 quintais A duração da estrutura, quando é realizada uma substituição da malha dos toldos, pode ser de até 10 anos.

“Tradicionalmente a secagem costuma ser realizada em pátios de concreto, precisando de sol, mas, na temporada de colheita, há frio, de modo que a tecnologia da secadora solar teve muito boa aceitação. Além disso, é econômica, pois pode ser feita com materiais à mão do cafeicultor, como madeira, tubos de PVC e malhas”, acrescentou Bonilla.

Las secadoras solares son una opción económica para los productores, porque se pueden hacer con materiales a la mano del caficultor, como madera, tubos PVC y mallas. Tienen una duración de 10 años.

Atualmente, esses modelos tecnológicos têm sido instalados em uma rede de 35 produtores líderes da América Central, os quais, na colheita 2019-2020, melhoraram o processamento do café, a qualidade do grão e suas receitas, por um melhor preço de venda.

O PROCAGICA continua investindo em importantes esforços voltados à transformação produtiva e a inovação da cafeicultura de maneira participativa, com 7.000 beneficiários diretos na América Central, mediante a implementação de uma estratégia integral para fortalecer a resiliência dos pequenos produtores.

Dentre as 7.000 pessoas beneficiárias, 38% são mulheres produtoras e 24% são mulheres menores de 30 anos.

O programa da UE e do IICA tem incentivado o uso das secadoras solares entre os pequenos cafeicultores da América Central, que se mostra mais eficiente e barato do que a secagem tradicional e com melhor impacto na qualidade final do produto. Além disso, os padrões climáticos instáveis geraram a necessidade dessa alternativa.

 

Mais informações:

Harold Gamboa, Coordenador do PROCAGICA

harold.gamboa@iica.int

 

 

Compartilhar

Notícias relacionadas

São José, Costa Rica

março 4, 2025

O IICA lança a terceira edição do Challenge Minecraft Education para a Agricultura, direcionado aos jovens com o objetivo de promover a produção de alimentos em entornos urbanos  

O Challenge Minecraft Education 2025 está focado na busca de alternativas criativas nas áreas de agricultura vertical, uso de tecnologia para a produção de alimentos em espaços reduzidos, agricultura em tetos verdes, coberturas e varandas, hidroponia e aeroponia em entornos urbanos, agricultura comunitária e hortas urbanas sustentáveis.

Tiempo de lectura: 3mins

San Jose, Costa Rica

março 3, 2025

Tatiana Vargas Navarro, produtora da Costa Rica que tomou as rendas no cafezal dos seus pais e agora exporta ao Japão, é reconhecida pelo IICA como Líder da Ruralidade das Américas

Tatiana receberá o prêmio “Alma da Ruralidade”, que é parte de uma iniciativa do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural para dar visibilidade a homens e mulheres que deixam pegadas e fazem a diferença no campo do continente americano, essencial para a segurança alimentar e nutricional e a sustentabilidade ambiental do planeta.

Tiempo de lectura: 3mins

San José

fevereiro 28, 2025

A produtora de maças Rosina Rodríguez, que trabalha uma terra que “pertence ao Uruguai e às próximas gerações”, é reconhecida pelo IICA como Líder da Ruralidade das Américas

Por esse reconhecimento do IICA, Rosina receberá o prêmio “Alma da Ruralidade”, parte de uma iniciativa do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e bem-estar rural das Américas, para dar visibilidade a homens e mulheres que deixam pegadas e fazem a diferença nos campos do continente pela sua tarefa essencial para a segurança alimentar e nutricional e a sustentabilidade ambiental e de produção.

Tiempo de lectura: 3mins