Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Agricultura Desenvolvimento rural

Pequenos produtores do Corredor-Seco da América Central são formados pelo IICA e a UE para enfrentar os desafios da mudança climática

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O trabalho com agricultores de pequena e média escala é fundamental para garantir que em suas parcelas e lares exista disponibilidade e acesso aos alimentos, já que, por sua localização geográfica, são altamente vulneráveis aos impactos da mudança climática.

Principal

 

São José, 29 de setembro, 2023 (IICA) – Com o objetivo de fornecer assistência técnica aos pequenos produtores agrícolas no Corredor-Seco da América Central, especialistas em agricultura resiliente e mudança climática do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) fornecem ferramentas para que o agro dessa zona, uma das mais vulneráveis à mudança climática do mundo, se converta em fonte de desenvolvimento e alimentos para a população local.  

Produtores de pequena e média escala de Nandayure, Guanacaste, Costa Rica, que formam parte do projeto Sistemas Agroflorestais Adaptados para o Corredor-Seco da América Central (AGRO-INNOVA), compartilharam em um Dia de campo organizado pelo IICA as experiências das suas parcelas-vitrine com outros agricultores da zona, com o objetivo de divulgar a formação e o acompanhamento técnico que recebem da iniciativa.  

AGRO-INNOVA é um projeto executado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e financiado pela União Europeia que, com um foco na sustentabilidade, procura contribuir à segurança alimentar e nutricional do Corredor-Seco da América Central e valorizar novamente a agricultura como agente de progresso.  Parte das suas atividades são os Dias de campo, onde mostram o trabalho realizado com os pequenos produtores.  

Roberto Ugalde Marchena, agricultor de Nandayure, é um dos participantes que recebeu formação e apoio do projeto AGRO-INNOVA para potencializar o crescimento do seu negócio local.   

Junto com a sua família aprendeu como aproveitar a água de chuva por meio da criação de um reservatório.  O líquido é canalizado e levado para um estanque artificial onde se acumula a água que será utilizada para a irrigação de semeadouros na época seca.  

Em sua fazenda, chamada Star, possui uma fazenda de laticínios de propósito duplo, e realiza um gerenciamento eficiente de purinas (excreções líquidas e sólidas de bovinos leiteiros, água utilizada no processo de limpeza e restos de alimentos) que logo utiliza para a fertilização dos seus campos.   

Também adquiriu conhecimentos para ter bancos de forragem de grama que ensila (conservação de forragem de grama e plantas, como o Botão de Oro, por meio de fermentações) e utiliza em época de escassez de alimentos, como o verão.  

Ugalde compartilhou no Dia de campo as conquistas e os avanços que teve na sua fazenda depois de implementar os modelos de gerenciamento para o desenvolvimento agrário e estratégias de inovação fornecidas pelo projeto AGRO-INNOVA. 

“Da fazenda Star queremos transmitir aos outros produtores os bons resultados e melhorias que tivemos com o projeto ao nos ousar a fazer as coisas de forma diferente e ser guiados por especialistas”, comentou Ugalde.  

De acordo com Mariano Naranjo, técnico especialista da unidade de área para a Costa Rica do projeto AGRO-INNOVA e responsável pelos Dias de campo, essas atividades de fortalecimento de capacidades representam um espaço de interação, cuja importância radica em visibilizar as tecnologias e inovações implementadas nas parcelas-vitrine.   

 

Segunda

“Pretendemos gerar um impacto maior para outros produtores por meio da adoção de boas práticas, conquistando assim uma maior resistência à mudança climática e melhorando seus sistemas de produção”, explicou Naranjo.  

“Também se deve considerar que uma grande porcentagem da produção local está nas mãos de pequenos produtores agropecuários. Eles têm um papel essencial para o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais” adicionou.  

O projeto AGRO-INNOVA começou a trabalhar na resiliência climática e segurança alimentar dos lares altamente vulneráveis dos pequenos produtores da América Central em 2019 e espera ter um impacto nas vidas de 3000 pequenos produtores e 12 organizações em seis países do Corredor-Seco da América Central.  

 

 

 

 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

 

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