Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Agricultura Desenvolvimento rural Mulheres

Plataforma virtual hemisférica do IICA contribuirá para o empoderamento das mulheres rurais

Tiempo de lectura: 3 mins.

Trata-se de mulheresrurais.iica.int, que oferece às mulheres um espaço para se conectarem, compartilharem experiências e terem acesso a informações e recursos relevantes para potencializar a sua contribuição ao setor agrícola e à segurança alimentar das Américas.

En el marco del lanzamiento de la plataforma se desarrolló el Foro Mujeres Rurales y Sistemas Agroalimentarios, con el fin de conocer las perspectivas de mujeres líderes rurales de las Américas acerca de estos sistemas y sus prioridades como agentes de cambio.

São José, 23 de agosto, 2021 (IICA). O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) lançou a Plataforma Hemisférica de Mulheres Rurais, um espaço web que facilitará a essa parcela da população criar redes, ter acesso a oportunidades de capacitação e foros, intercambiar experiências bem-sucedidas que contribuam para o seu empoderamento e visibilizar o seu papel fundamental para o desenvolvimento rural e a melhoria da qualidade de vida nos seus territórios.
 
A plataforma está disponível em espanhol, inglês, português e francês em https://mulheresrurais.iica.int/ e dispõe de uma robusta gama de conteúdos exclusivos e categorizados, como indicadores e estatísticas, material audiovisual, informações sobre projetos do IICA e normas dos Estados membros do Instituto sobre o tema.
 
No âmbito do lançamento da plataforma, desenvolveu-se o Fórum Mulheres Rurais e Sistemas Agroalimentares, para se dar a conhecer as perspectivas de mulheres líderes rurais das Américas acerca desses sistemas e das suas prioridades como agentes de mudança.
 
Entre essas prioridades, destacaram-se maiores possibilidades de conexão entre elas, acesso a crédito e financiamento diferenciado, posse de terra e outros recursos, informações, capacitação e assistência técnica, tecnologias da informação e comunicação e ferramentas de inovação e pesquisa.
 
Além disso, como parte das necessidades cruciais para o seu empoderamento, propuseram que o seu trabalho seja mais bem remunerado e que tenham voz e peso na geração de políticas públicas.
 
“É preciso aproveitar a plataforma que nos está sendo oferecida para que continuemos como parceria, apoiando-nos, integrando-nos e compartilhando experiências, sendo mais includentes e seguindo na nossa complementação com o gênero masculino, porque é disso que se trata – de nos unirmos e complementarmos, e não de continuarmos nos dividindo”, afirmou Liliana Jiménez, produtora de cacau e cítricos orgânicos na Colômbia.
 
Tamisha Lee, agricultora e presidente da Rede de Mulheres Produtoras Rurais da Jamaica, enfatizou que é primordial “nos certificarmos de que as vozes das nossas mulheres se façam ouvir e não se mantenham silenciadas”.
 
Elvia Monzón, cafeicultora da Guatemala e presidente da Cooperativa Integral de Cafeicultores de Rancho Velho, remarcou a urgência de se propiciar espaços de capacitação que lhes permitam melhorar a qualidade dos produtos, diversificar-se e buscar acesso a mercados que lhes deem preços justos, e que para isso é imperativo dispor de fundos de financiamento.
 
“Contribuímos bastante para o desenvolvimento das nossas comunidades e países, podemos gerar emprego para a nossa juventude e, dessa maneira, evitar a migração, mas sem dinheiro não podemos fazer nada”, enfatizou.
 
María Sánchez, representante da Rede de Mulheres Zoques Construindo Esperança no México, instou a que “na propriedade da terra sejam incluídas as mulheres indígenas”, as quais, na sua maioria, na região sul do seu país, são as que “conservam a biodiversidade de sementes para se continuar mantendo toda a gama de alimentos naturais consumidos pela família”.
 
Na mesma linha, Griselda Mendieta, vitivinicultora, fruticultora e delegada da Comissão de Fomento Rural do Uruguai, observou que são elas que dispensam “cuidados especiais aos recursos da natureza, obtendo assim uma boa produção”. E refletiu ainda que, “a cada dia no mundo e a qualquer momento, há uma mulher rural à intempérie, ao frio, à geada, à chuva, ao sol escaldante, porque muitas vezes são chefes de família, devem levar o sustento aos seus, de modo que tudo o que se fizer e puder mudar será bem-vindo”.
 
Nas zonas rurais da América Latina e do Caribe, vivem cerca de 60 milhões de mulheres, que respondem por 80% da produção de alimentos, mas o seu trabalho é sub-registrado e apenas 10% delas têm acesso ao crédito e 5% a programas de assistência técnica.
 
“Esperamos que a plataforma mulheresrurais.iica.int seja uma ferramenta eficaz para manter o diálogo e a incidência das mulheres rurais nas políticas públicas. Seguiremos apostando em que as mulheres seguirão à frente da transformação dos sistemas agroalimentares”, afirmou o Diretor Geral Adjunto do IICA, Lloyd Day.

 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int

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