Esta semana foi realizado outro evento desse tipo, chamado Meninas a voar, em Puntarenas, principal cidade da costa do Pacífico da Costa Rica.
São José, 8 de junho 2023 (IICA) — Em um esforço para reduzir o hiato digital de gênero nas zonas rurais da Costa Rica, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) capacitou, desde 2019, mais de 250 mulheres provenientes de todo o país no uso de tecnologias digitais e geoespaciais, de modo que possam gerar soluções a situações desafiadoras em suas comunidades.
Mediante atividades presenciais, como o rally “Meninas a voar”, executado pelo Laboratório de Fabricação Digital e Inovação Comunitária (FabLab-LINC) do IICA, as mulheres têm recebido formação para a gestão de veículos aéreos não tripulados, ou drones, impressão 3D e protótipos eletrônicos, entre outras áreas.
Um dos mais recentes rallies ocorreu em 27 de maio na sede central do Instituto, em Coronado, São José, com a participação de pouco mais de 80 mulheres, e o 8 de junho, em Puntarenas, em parceria com a Fundação Parque Marinho do Pacífico, e con cerca de 60 inscrições de jovens das comunidades costeiras.
O FabLab, inaugurado em 2019, surgiu após um convênio entre o Ministério de Ciência, Inovação, Tecnologia e Telecomunicações da Costa Rica (MICITT), mediante seu programa Laboratórios de Inovação Comunitária (LINC), e o IICA, com o objetivo de potencializar o acesso a tecnologias digitais nas zonas rurais do país e que essas permitam resolver problemas locais relacionados à gestão da água, à agricultura e à conservação ambiental, entre outros.
Na metodologia de rallies femininos, as participantes recebem capacitação teórica e técnica, desenvolvem protótipos e apresentam suas propostas a uma banca capacitadora.
“Temos recebido muitos pedidos de apoio de grupos de mulheres rurais no tema específico de pilotar drones. Por isso elaboramos um módulo que abrange história, legislação nacional, teoria de voo, simulação e uso de aplicações existentes em agricultura e gestão de recursos naturais”, explicou Jonathan Castro, Coordenador do FabLab do IICA.
A iniciativa seguirá em 2023 até alcançar a meta de 500 mulheres envolvidas e capacitadas, para o que se trabalhará em conjunto com organizações como a UNESCO, a Comissão Costarriquenha de Cooperação, a Associação Educacional da Costa Rica, o Centro de Direito Ambiental e de Recursos Naturais (CEDARENA), o Colégio de Engenheiros Agrônomos da Costa Rica e a Área de Conservação de Guanacaste (SINAC-MINAE).
“A metodologia rally é uma oportunidade única para trabalhar a inclusão tecnológica e a eliminação do hiato digital para as mulheres jovens das zonas rurais. São abordados não apenas o aspecto técnico, como as habilidades interpessoais e a articulação interinstitucional que dá sustentabilidade à proposta no longo prazo”, expressou María José Molina, consultora do IICA e que, desde 2019, propôs e vem desenvolvendo esse conceito no Instituto.
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