Vilella indicou que será solicitado ao IICA e à Rede Latino-Americana de Bioeconomia constituída em 2023 que ajudem a focar na conceitualização da bioeconomia a partir da oportunidade aberta pelo Brasil, propondo-a como um dos temas para o G20 em 2024.
Berlim, 23 de janeiro de 2024 (IICA) — O Secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Fernando Vilella, ponderou sobre o papel desempenhado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) na promoção regional da bioeconomia e comemorou que o Brasil tenha incluído o tema nos documentos do G20, grupo das maiores economias do mundo e do qual é presidente em 2024.
“Os documentos inaugurais da presidência brasileira do G20 incluem o tema da agricultura, como vem ocorrendo há algum tempo. A novidade é que a bioeconomia foi proposta, o que nos permitirá justamente abrir uma discussão conceitual sobre essa questão”, disse Vilella em Berlim, onde participou, com outros ministros latino-americanos e o IICA, do Foro Global sobre Agricultura e Alimentação, organizado pelo Governo da Alemanha e que reuniu ministros e funcionários do mundo inteiro.
“O IICA desempenha um papel relevante em nível de todos os nossos países. Há uma coordenação de temas de bioeconomia em que, até antes de assumir como funcionário, eu participava como especialistas pela Argentina juntamente com outros colegas. O IICA não está submetido às mudanças de governo dos países, que fazem com que possa haver descontinuidades no trabalho. E, desde que tomou a liderança, tudo funcionou muito bem”, disse Vilella.
“Pediremos ao IICA e ao conjunto da Rede Latino-Americana de Bioeconomia constituída no ano passado que ajudem a focar na conceitualização da bioeconomia a partir da oportunidade aberta pelo Brasil, propondo-a como um dos temas para o G20 em 2024”, acrescentou.
Vilella assumiu como Secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina em dezembro passado, mas anunciou a sua intenção de que o nome da pasta seja mudado para Bioeconomia, o que manifesta o seu compromisso com esse modelo produtivo que abre a oportunidade de um aproveitamento integral e sustentável dos recursos naturais.
Vilella explicou que a denominação de Secretaria de Bioeconomia na Argentina marcará a relevância dada a esse conceito.
“Com a bioeconomia — explicou — os temas ambientais e sociais se somam aos temas produtivos habituais. Nesse sentido, vemos que esse conceito está vinculado ao desenvolvimento do território, uma vez que a agregação de valor à biomassa e a incorporação dos principais conhecimentos de ciência e tecnologia acontecem em zonas rurais”.
“Assim, o conhecimento migra para o território, e não ao contrário, como nas visões tradicionais da agricultura, onde a concentração ocorre nas cidades. Essa é a nova visão que queremos incorporar, e nesse ponto o IICA é um ator central”, acrescentou.
Vilella ponderou sobre o papel desempenhado pelo IICA nos foros internacionais de agricultura, comércio e mudança do clima, na defesa dos interesses das Américas e no fortalecimento de sua voz.
“Nas últimas cúpulas ambientais, o IICA conseguiu que, pela primeira vez, todos os países do continente, desde o Canadá até a Argentina, levassem documentos com uma postura unificada. Há uma grande presença do ponto de vista político e comunicacional. Com diversas ações, o IICA está desempenhando um papel de primeiro nível, e celebramos que seja assim, os estou convencido de que o seu papel é central como articulador e promotor de ideias que favorecem uma agricultura mais produtiva e sustentável.”
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