La Semana de la Agricultura del Caribe 2023 comenzó con un fuerte llamado a acelerar y consolidar los esfuerzos para reducir en la región la dependencia de las importaciones de alimentos, objetivo en el que ya se han hecho importantes avances.

Nassau, Bahamas, 11 de outubro de 2023 (IICA) — A Semana da Agricultura do Caribe de 2023 começou com um forte chamado para acelerar e consolidar os esforços para reduzir a dependência das importações de alimentos na região, objetivo no qual já ocorreram importantes avanços.
O evento de quatro dias, que reúne em Nassau, Bahamas, tomadores de decisões dos âmbitos público e privado, além de especialistas, representantes de organismos internacionais e produtores agropecuários, foi aberto pelo Primeiro-Ministro do país anfitrião, Philip Davis; a Secretária Geral da Comunidade do Caribe (CARICOM), Carla Barnett; o novo Ministro da Agricultura e Recursos Marinhos de Bahamas, Jomo Campbell; e o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero.
O IICA é um dos organizadores dessa já tradicional conferência, que é a mais importante do Caribe sobre agricultura e teve a sua primeira edição em 1999, em Trinidad e Tobago. O objetivo é fortalecer o papel da agricultura como motor do desenvolvimento econômico dos países caribenhos e do bem-estar de suas comunidades rurais, que são especialmente vulneráveis à maior frequência e intensidade de fenômenos meteorológicos extremos devido à mudança do clima.
A última edição do evento, em 2021, foi realizada de maneira virtual.
Um dos painéis mais relevantes acontecerá na quinta-feira, dia 12, com organização a cargo do IICA e do Programa Mundial de Alimentos (WFP), agência da ONU que, em 2020, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para erradicar a fome e promover a paz em áreas afetadas por conflitos. “Segurança alimentar e nutricional — Melhorando os sistemas agroalimentares por meio da criação de oportunidades de acesso a mercados para pequenos agricultores”, será o título da sessão, que focará na necessidade de estabelecer vínculos entre os programas alimentares das escolas e os agricultores familiares.
O título desta edição da Semana da Agricultura do Caribe é “Acelerando a Visão 25 para 2025”, que faz referência ao objetivo que a região se fixou em 2018, de reduzir em 25% as importações de alimentos até 2025, caminho no qual já se fizeram notáveis avanços, apesar dos problemas gerados pela pandemia de Covid-19.
“Acelerando a visão 25 para 2025 não é somente um slogan. É a nossa missão compartilhada: uma ambiciosa viagem que reconhece a urgência de nosso presente e o potencial de nosso futuro”, disse Davis.
O chefe de governo das Bahamas revelou que os países caribenhos estão muito bem encaminhados para alcançar a meta que fixaram param 2025: “De fato, coletivamente, já alcançamos 50% desse ambicioso objetivo. Isso representa um enorme passo adiante na tarefa de alimentar nossas próprias populações e criar uma agricultura sustentável”.
Davis se mostrou convencido de que o Caribe verá um forte despertar de sua agricultura nos próximos anos. “Mesmo em um momento difícil, estamos vendo inovações que geram práticas agrícolas sustentáveis, tanto sob a perspectiva da produção de alimentos como de modelos de negócios”, afirmou.
O Primeiro-Ministro assegurou que a região está preparada como nenhuma outra para enfrentar os desafios globais, pois há muito tempo sua agricultura vem enfrentando situações adversas. Deu o exemplo, nesse sentido, da ilha Eleuthera, das Bahamas, que no século XIX exportava abacaxis para o mundo, mas depois sofreu um declínio significativo de sua produção, devido à deterioração dos solos, ao surgimento de pestes e doenças, à concorrência internacional e às regulamentações comerciais.
“Hoje — disse Davis — a ilha Eleuthera está expandindo a sua produção de abacaxis novamente, graças à inovação e à tecnologia, e está abrindo o caminho para o restante da região”.
“Enquanto a comunidade global — afirmou — agora está aprendendo a lutar com a fragilidade dos sistemas agroalimentares, para nós, no Caribe, essa sempre foi a realidade”.
Davis também ressaltou a tarefa realizada pelo IICA e outros organismos internacionais em prol do desenvolvimento agrícola no Caribe, que mostrou a importância da ação coletiva.

Adaptação à mudança do clima
Barnett acentuou que os países do CARICOM — organização que agrupa os países do Caribe e que completa meio século este ano — estão trabalhando para criar um ambiente favorável para que a agricultura seja resiliente e sustentável. Recentemente foram empenhados esforços — ressaltou — para favorecer a digitalização e a inovação, a adaptação à mudança do clima e a chegada de investimentos.
“Estamos agora na metade do caminho em nosso objetivo de redução de importações até 2025. Nesse momento, não podemos nos permitir perder de vista o nosso ponto de chegada. Devemos fortalecer o setor para empoderar os agricultores, especialmente as mulheres e os jovens. Devemos reduzir a conta das importações e garantir a segurança alimentar e nutricional para as futuras gerações no Caribe”, afirmou.
O Ministro Jomo Campbell assegurou que está comprometido em fazer do Caribe uma região com maior segurança alimentar, apesar de desafios como a mudança do clima, e assegurou que a Visão 25 para 2025 indica um roteiro para a construção de uma agricultura resiliente, inovadora e próspera.
“Consideramos que a agricultura pode contribuir para o desenvolvimento social e para o crescimento econômico. Um dos pilares da nossa estratégia para 2025 é a promoção de práticas agrícolas sustentáveis. Precisamos de soluções inovadoras porque estamos enfrentando severas tempestades e temperaturas extremas pela mudança do clima”, disse Campbell.
O Diretor Geral do IICA indicou que a Semana da Agricultura do Caribe é uma oportunidade única para compartilhar experiências e boas práticas entre todos os atores do setor agropecuário, com o objetivo de enfrentar de forma conjunta os desafios da região em termos de segurança alimentar e nutricional.
“Hoje enfrentamos desafios globais sem precedentes — disse Manuel Otero — e ameaças a nossos sistemas agroalimentares, que abrangem desde a pandemia de Covid-19 e fenômenos extremos vinculados à mudança do clima, à guerra na Ucrânia e a recente tragédia em Israel, que transformaram o sustento da segurança alimentar em uma prioridade e reforçam a responsabilidade do IICA”.
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