Ano passado, Rattan Lal, Embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), foi eleito o melhor cientista do mundo na área de biologia das plantas e agronomia por uma prestigiada plataforma que oferece informações sobre os maiores especialistas em uma ampla gama de disciplinas de estudo.
São José, 22 de maio de 2024 (IICA) — Ano passado, Rattan Lal, Embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), foi eleito o melhor cientista do mundo na área de biologia das plantas e agronomia por uma prestigiada plataforma que oferece informações sobre os maiores especialistas em uma ampla gama de disciplinas de estudo.
Lal, que desde 2020 lidera juntamente com o IICA a iniciativa Solos Vivos das Américas, está no topo do ranking da plataforma Research.com, que examinou o trabalho de cerca de 3.500 cientistas utilizando indicadores como prêmios e citações em outros trabalhos acadêmicos. Research.com é considerada a mais importante plataforma de informações para organizações, acadêmicos e estudantes.
O professor Lal trabalha há quatro anos em conjunto com o IICA em projetos destinados a conscientizar sobre a importância da saúde do solo e o potencial da agricultura como o único setor produtivo que pode sequestrar carbono e, assim, contribuir para a mitigação da mudança do clima.
Em 2022 e 2023, o prestigioso cientista foi o Enviado Especial do IICA às Conferências das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27 e 28), onde ressaltou que a agricultura é um setor-chave para solucionar a crise ambiental e defendeu que os agricultores sejam reconhecidos economicamente por seus serviços à conservação do planeta, pois sequestram carbono no solo mediante boas práticas.
Na semana passada, Lal representou o IICA no encontro de líderes científicos agrícolas (MACS), do G20, o principal foro de cooperação mundial em temas econômicos, sociais e políticos, que aconteceu em Brasília.
“A nossa parceria com o professor Rattan Lal e com o Centro de Gestão e Sequestro de Carbono Rattan Lal (C-MASC), da Universidade do Estado de Ohio, permitiu colocar à disposição da América Latina e do Caribe o conhecimento e a experiência de um dos cientistas mais importantes do mundo, cuja visão da agricultura e da saúde, de uma só saúde, e da relevância da agricultura familiar é completamente convergente, complementar e consonante com a do IICA. Nossa mais calorosa felicitação ao professor Lal por esse reconhecimento”, disse o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero.
Agricultura regenerativa
A plataforma Research.com destacou a contribuição de Rattan Lal para promover mundialmente o conceito de agricultura regenerativa, que foi revolucionário por se basear em boas práticas, como a utilização de cultivos de cobertura, semeadura direta e emprego de adubos orgânicos, o que não só proporciona benefícios produtivos, mas também protege a biodiversidade, reduz a erosão do solo e melhora a retenção de água.
Assim, a agricultura regenerativa é uma ferramenta para um futuro mais sustentável da agricultura e estimula os produtores a produzir mais alimentos ao mesmo tempo que protegem o ambiente. Por seu trabalho, Lal recebeu o Prêmio Mundial da Alimentação em 2020, que é considerado o Nobel na área.
O Programa Solos Vivos, que Lal realiza juntamente com o IICA, tem servido para criar uma robusta coalizão que trabalha contra a degradação de um recurso fundamental para a saúde e a vida, e conquistou realizações concretas desde a sua implementação, em dezembro de 2020.
A iniciativa vincula ciências, políticas públicas, o setor privado e o trabalho de restauração dos solos no continente, cuja deterioração ameaça a posição da América Latina e do Caribe como avalista da segurança alimentar global.
Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, México, Peru e Uruguai são os países onde o projeto está sendo executado, com o apoio dos ministérios de agricultura desses países.
Devido ao êxito nas Américas, este ano, Lal e o IICA anunciaram o lançamento da iniciativa Solos Vivos na África, que se propõe a restaurar terras e melhorar a resiliência climática dos sistemas agroalimentares desse continente, graças a um acordo com a Parceria para uma Revolução Verde na África (AGRA).
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