Porém a situação varia nas diferentes regiões e persistem focos com diferentes níveis de seca, as condições climáticas para a produção agropecuária têm melhorado no Cone Sul e hoje oferecem perspectivas positivas em boa parte dos territórios, sinaliza um relatório elaborado por especialistas de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Paris, 29 de maio de 2024 (IICA) – Porém a situação varia nas diferentes regiões e persistem focos com diferentes níveis de seca, as condições climáticas para a produção agropecuária têm melhorado no Cone Sul e hoje oferecem perspectivas positivas em boa parte dos territórios, sinaliza um relatório elaborado por especialistas de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
O relatório, pedido ao Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (PROCISUR), foi apresentado aos ministros e altas autoridades do setor da agricultura dos países-membros do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), durante uma reunião em Paris. O encontro de trabalho ocorreu na capital francesa porque ela esta semana é sede da Assembleia Geral da Saúde Animal (OMSA), instituição crítica para os sistemas produtivos e o comércio alimentar da região.
O CAS, cuja secretária técnica é responsabilidade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), é o fórum de consulta e coordenação de ações regionais integrado pelos Ministros de Agricultura de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Participaram da reunião Fernando Vilella, Secretário de Bioeconomia da Argentina e Presidente pro tempore do CAS; Fernando Mattos, Ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai; Esteban Valenzuela, Ministro de Agricultura do Chile; Carlos Goulart, Secretário de Defensa Agropecuária do Brasil; José Carlos Martin, Presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA) do Paraguai; e Manuel Otero, Diretor Geral do IICA.
Maior disponibilidade hídrica
Depois de condições de seca extrema que afetaram a região centro e sul da América do Sul com severos impactos econômicos e sociais, durante o verão e o outono essas condições têm sido revertidas, em diferentes graus nas diferentes zonas, segundo o relatório preparado por Pablo Mercuri (INTA da Argentina), Giampaolo Pellegrino (EMBRAPA do Brasil), Gustavo Chacón (INIA do Chile), Edgar Mayeregger (MAG do Paraguai) e Guadalupe Tiscornia (INIA do Uruguai).
Assim, em muitas regiões, de janeiro a março começaram a ser registradas chuvas significativas que regularizaram a disponibilidade hídrica no solo e nas diferentes bacias e reservatórios naturais.
O relatório adverte, porém, que persistem focos com diferentes níveis de seca em áreas do Chile e da Argentina limítrofes com a Cordilheira dos Andes, norte da região do Cuyo, áreas do Gran Chaco e Mato Grosso no Brasil.
O texto também refere a catástrofe do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, onde as enchentes provocaram perdas humanas e deixaram a centenas de milhares de pessoas sem lar.
Os especialistas indicam que a repercussão desse imenso impacto durará vários meses, e serão necessários planos de recuperação, prevenção e preparação para reduzir o impacto de futuros desastres.
Na Gran Cuenca del Plata, que abrange o norte e centro-leste da Argentina, Uruguai, Paraguai e o sul do Brasil, o relatório explica que vem ocorrendo um aumento dos conteúdos de água no solo e também recarga de cursos de água e talha-mares. Contudo, as intensas chuvas e enchentes no sul do Brasil provocaram perdas importantes na produção agropecuária.
No Gran Chaco, inclusive o Pantanal brasileiro, já que se espera que a temperatura projetada seja ligeiramente superior ao normal e as precipitações podem estar por baixo da média, é esperável um aumento da probabilidade de secas leves a moderadas.
O relatório também revela que na zona do Altiplano, que abrange o norte cordilheiro do Chile, o leste da Bolívia e sul do Peru, o fenômeno El Niño está enfraquecendo, e poderia haver precipitações mais importantes durante o verão.
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