Lima, 22 de agosto de 2025 (IICA) – “A inovação, a indústria da biomassa e a biotecnologia oferecem grandes oportunidades para os nossos pequenos agricultores; a possibilidade de ter acesso a elas, aprendendo com as experiências de outros países da região, é um dos benefícios de fazer parte do IICA”, disse o Ministro de Desenvolvimento Agrário e Irrigação do Peru, Ángel Manero Campos.
Manero Campos foi anfitrião da 45ª reunião ordinária do Comitê Executivo do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que convocou, em Lima, ministros da agricultura das Américas e altos funcionários durante duas jornadas de trabalho conjunto. O ministro peruano abriu o encontro com o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, que expôs as realizações de sua gestão e recebeu o apoio dos governos por sua defesa da agricultura como parte da solução aos desafios enfrentados pela população mundial.
“O Peru claramente tem duas agriculturas. Uma é a agricultura empresarial, bastante competitiva e localizada principalmente na costa, que nos permitiu ser os primeiros exportadores mundiais de mirtilo e de uva de mesa, entre primeiros e segundos de aspargos, segundos de abacate e terceiros de manga. Mas, na região andina e na região amazônica, temos uma pequena agricultura que, sem dúvida, não foi bem nas últimas décadas. O nosso grande desafio é proporcionar-lhe competitividade e sustentabilidade”, disse Manero Campos.
O titular do MIDAGRI considerou que a biotecnologia, por meio de produtos como sementes adaptadas e da indústria da biomassa são ferramentas que podem melhorar a situação dos pequenos agricultores: “Um dos benefícios de fazer parte do IICA é que podemos aprender com as experiências de outros países. Por exemplo, vamos à Costa Rica nas próximas semanas para conhecer metodologias de agropecuária regenerativa e venda de bônus de carbono para o mercado. Embora os países das Américas sejam muito diferentes, também temos muitas oportunidades e desafios comuns. Devemos trabalhar em bloco e com senso de unidade em defesa da agricultura, como faremos este ano na COP30, no Brasil, com o IICA”.
Ángel Manero Campos, Ministro de Desenvolvimento Agrário e Irrigação do Peru, entregou um reconhecimento a Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, por suas contribuições para a produtividade e a sustentabilidade da agricultura e para o enraizamento das comunidades rurais, durante a reunião do Comitê Executivo do Instituto, em Lima.
Presença em Lima
Manero Campos destacou a participação significativa na reunião do Comitê Executivo do IICA, que contou com presença de ministros e delegações de 23 países do continente, além de representantes do setor privado, instituições dedicadas à pesquisa agropecuária, delegados de países observadores e membros de outros organismos internacionais e do corpo diplomático credenciado em Lima.
“Há um entusiasmo extraordinário para conduzir o IICA aos próximos passos. Em breve teremos um novo Diretor Geral e, assim como celebramos a bem-sucedida gestão de Manuel Otero, também estamos confiantes com o trabalho de seu sucessor”, afirmou.
Manero Campos também destacou o valor do seminário sobre produção animal realizado no âmbito do Comitê Executivo, que culminou com uma mensagem conjunta dos ministros sobre a importância dessa atividade para o desenvolvimento econômico do continente e a segurança alimentar mundial.
“A pecuária é ocasionalmente questionada de maneira injustificada — afirmou —, pois pode ser perfeitamente sustentável. Queremos uma pecuária que nos permita assegurar a alimentação dos peruanos, além de poder aproveitar as oportunidades dos mercados mundiais. Nossos técnicos têm aprendido bastante com a experiência de países que são potências na pecuária, como o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. O seminário também foi fundamental para ajustar o debate e unificar a voz que devemos levar à COP30. Creio que muito se avançou nesse Comitê Executivo”, afirmou.
Por fim, o ministro peruano mencionou as oportunidades que os setores produtivo e industrial de seu país podem ter em terrenos poucos explorados: “Temos um futuro que pode ser muito interessante. Já consolidamos a produção de frutas e hortaliças, e o que vem a seguir são os biocombustíveis; em nosso caso, o etanol, pois o Peru é um grande produtor de cana-de-açúcar, e com um balanço energético bastante positivo. O segundo é a indústria da biomassa para os pequenos agricultores, que, a partir dos resíduos vegetais, podem produzir bioplásticos, substituindo os produtos derivados do petróleo”.
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