Buenos Aires, 9 de dezembro de 2025 (IICA) – O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) participou do Congresso Nacional de Educação Agropecuária da Argentina 2025, organizado pelo governo desse país com o objetivo de atualizar as práticas educativas e fortalecer sua vinculação com os avanços tecnológicos que estão transformando o agro.
Mais de 1.800 diretores, estudantes e docentes de escolas agrotécnicas de todo o país participaram do Congresso, por meio de reuniões em diversas regiões do país ao longo do ano, com o objetivo de promover e potencializar o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas.
O fechamento se realizou com uma jornada de trabalho em Buenos Aires, da qual participaram o Secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Nação, Sergio Iraeta; o Secretário de Educação, Carlos Torrendell; e o Representante do IICA na Argentina, Fernando Camargo, com ministros e vice-ministros da educação de diversas províncias argentinas. Também estiveram presentes Ludovico Grillo, Diretor do Instituto Nacional de Educação Tecnológica (INET), e Tamara Vinacur, Especialista em Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Mário Anastasio, Carolina Pivetta e Sandra Ziegler foram os especialistas do IICA que desenvolveram os seminários de trabalho no Congresso, com peritos convidados.
O Congresso Nacional de Educação Agropecuária foi organizado pelo INET, e alguns de seus eixos foram a inovação tecnológica em produção agropecuária, agroindustrial e de serviços e o fortalecimento da vinculação entre escolas, setores produtivos, científicos e tecnológicos. O INET é o organismo da Secretaria de Educação que cuida da coordenação da aplicação das políticas públicas relativas à educação técnica.
Com o IICA, o INET vem trabalhando em um projeto de fortalecimento das escolas agrotécnicas, que visa impulsionar uma nova visão da realidade rural e construir pontes entre o campo e as cidades por meio de ferramentas como a agricultura digital, a bioeconomia, a agregação de valor à produção agropecuária e a inovação tecnológica.
Conexão entre teoria e prática
Iraeta explicou que, para a Argentina, é fundamental fomentar e modernizar a educação técnica agropecuária, para que o país continue sendo uma potência agroindustrial. “As escolas agrícolas estiveram na vanguarda da conexão da teoria com a prática produtiva; é fundamental promover essa simbiose”, observou.
O IICA desenvolveu seminários nos encontros regionais do Congresso, em que trabalharam mais de 400 docentes, com focos nas AgTechs e na agricultura digital, por um lado, e na formulação de projetos, inclusive financiamento, pelo outro.
Entre as conclusões, o IICA observou que no Congresso ficou claro que existem desafios para que as escolas agrotécnicas possam acompanhar o ritmo de transformação tecnológica do setor agropecuário, tornando-se necessário estimular estratégias de investimento sustentado para as quais confluam o Estado, o setor privado e a cooperação internacional, acompanhadas de formação contínua para docentes e técnicos que assegurem uma oferta educativa atualizada.
“Este é um processo que consideramos estratégico para o desenvolvimento dos países. Significa uma oportunidade inestimável a ser estendida para todos os atores da educação agrotécnica de todo o país. O setor agropecuário precisa acelerar a formação de novos talentos, porque o desafio é assegurar o relevo geracional no campo, evitando-se a perda de capital humano”, explicou Camargo.
O Representante do IICA na Argentina explicou que a velocidade acelerada da mudança tecnológico global deve conectar-se com a velocidade própria das instituições educativas, que requerem a incorporação de infraestrutura, saberes e capacidades para acompanhar essa dinâmica de mudança.
“A educação agrotécnica tem um enorme potencial, mas também, enormes desafios. A digitalização do setor agrícola já está instalada e vai continuar crescendo. Neste contexto, a formação docente é fundamental. O IICA está comprometido em aprofundar o trabalho em apoio técnico para a digitalização, o fortalecimento de capacidades para a elaboração de projetos produtivos, a modernização institucional e o intercâmbio de experiências e boas práticas, convencido de que a educação agrotécnica não é um subsistema isolado, mas uma política estratégica para o desenvolvimento econômico, ambiental e social do país”, disse Camargo.
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